Com certeza você já ouviu falar sobre a inflação em alta, principalmente agora que os jornais estão falando sobre a economia do Brasil. E aí uma dúvida que surge é: esse é um bom momento para investir?
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Entender índices econômicos é muito importante para tomar decisões mais acertadas, com resultados dentro daquilo que você espera na hora de investir o seu dinheiro ou para realizar o pagamento de dívidas, por exemplo.
Quer saber mais sobre a inflação e entender como ela pode impactar a sua vida? Então continue a leitura deste texto!
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O que é inflação?
Antes de tudo, é necessário compreender o que é esse fenômeno e de que forma ele atinge a sociedade nos mais variados setores da economia.
A inflação é o termo econômico geralmente usado para nomear o aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços da economia de um país.
O fato do preço da gasolina atualmente ser mais caro do que era há 20 anos justifica-se, inclusive, pelo fenômeno inflacionário.
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É importante entender que, dentro de uma economia nacional, a inflação atinge todos os setores. Ou seja, ela não afeta apenas um bem ou serviço específico, mas praticamente todos os produtos comercializados.
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No Brasil, existem quatro tipos de índices para medir. São eles:
1 – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
2 – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
3 – Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M)
4 – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)
Inflação em alta: é o momento de investir ou pagar dívidas?
Essa pergunta precisa levar em consideração cada item apresentado no orçamento das famílias. Ou seja, é importante entender a importância que a elevação de preço tem no consumo da população.
Na avaliação da educadora financeira Janaina Ornelas, a elevação gera incertezas na economia, desestimula investimentos e prejudica o crescimento econômico do nosso país.
O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que é o índice que mede a variação dos preços da metade do mês anterior à metade do mês de referência, ficou acima do que o mercado esperava.
Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual registrado foi de 0,95%, maior alta para o mês de março desde 2015.
Já no acumulado do primeiro trimestre deste ano, o chamado IPCA-E, a inflação chega a 2,54%, enquanto nos últimos 12 meses, são 10,79% de alta.
De acordo com a educadora financeira, com o índice em alta, produtos e serviços ficam mais caros e, com isso, a população perde o seu poder de compra.
“Com a alta da inflação, os preços ficam distorcidos, ou seja, hoje você paga um valor por um produto e, amanhã, acaba pagando outro valor pelo mesmo produto, o que gera uma ineficiência na economia. Deste modo, as pessoas perdem a noção dos preços, o que torna difícil avaliar se aquele produto desejado está ou não mais barato ou mais caro do que em dias anteriores”, destaca a especialista em finanças pessoais.
É possível proteger o dinheiro da inflação?
Embora a inflação tenha um impacto direto na vida dos consumidores, é possível proteger parte do dinheiro.
Janaina Ornelas ressalta que um meio simples de fazer isso é investindo parte do montante em alguns ativos específicos com rendimento atrelado à inflação.
“O Tesouro IPCA+ pode ser uma ótima opção para quem quer investir e proteger o dinheiro. É um tipo de título que paga uma taxa pré-fixada de juros mais a variação medida pelo IPCA para os investidores que deixarem o dinheiro aplicado até o seu vencimento”, avalia a educadora financeira.
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Com a alta da inflação, é um bom momento para quitar uma dívida?
Muitos brasileiros sonham em sair das dívidas e colocar sua vida financeira nos trilhos. Mas, para conseguir driblar o alto preço diante da taxa básica de juros da economia, principalmente ao que diz respeito aos empréstimos e cartões de crédito, por exemplo, será necessário aprender a renegociar as dívidas.
“O consumidor quer pagar a dívida e é de interesse da instituição financeira receber o dinheiro que é devido. Por isso, é preciso entrar em contato (com a instituição) e fazer uma renegociação. Antes, porém, tem que fazer uma simulação em casa para ver se aquela proposta cabe no orçamento da família. Mesmo com a inflação em alta, uma dívida renegociada não deve ter uma taxa de juros acima de 2,5% ao mês”, orienta Janaina Ornelas.
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