A pandemia da Covid-19 nos mostrou que uma reserva de emergência é importante. é o que mostra um levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
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De acordo com a pesquisa, realizada em novembro e dezembro do ano passado, 27% dos brasileiros relataram que montar a reserva de emergência era uma prioridade. Em 2019, o montante estava em 17%.
Muito provavelmente por causa do cenário atual, de crise econômica. Afinal, muitas famílias acabaram enfrentando situações de perda do emprego, corte de salário ou queda acentuada na renda.
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No entanto, por pior que seja esse momento, é possível encontrar alternativas para minimizar os impactos desses problemas, por meio de uma melhor gestão do dinheiro.
Pensando nisso, ter uma reserva de emergência é fundamental para todas as pessoas. Afinal, não podemos prever o futuro.
Neste conteúdo, vamos listar qual o melhor investimento para você montar sua reserva de emergência. Continue a leitura para saber mais!
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O que é a reserva de emergência?
Ter uma reserva de emergência é importante para qualquer brasileiro que quer estar pronto para qualquer imprevisto. Por isso, ter um dinheiro guardado pode ajudar a passar por momentos difíceis, caso eles ocorram.
Mas afinal, o que é uma reserva de emergência? Ela nada mais é do que um valor que é equivalente ao número de meses do seu custo de vida que deve ser guardado em uma aplicação segura.
E de quanto deveria ser esse tempo de dinheiro? O que você acha ideal, algumas pessoas acreditam que deve ser um ano de valor guardado, enquanto outras dizem ser de seis meses.
Vale ressaltar ainda que o investimento deve ser conservador e de fácil retirada. Isso é importante para você ter acesso ao dinheiro de forma rápida, já que ele será utilizado em momentos de necessidades ou imprevistos.
Como montar uma reserva financeira de emergência?
Uma reserva financeira pode ser criada a partir de uma parte do lucro do negócio ou de economias estratégicas como, por exemplo, corte de gastos e diminuição de despesas.
Com isso em mente, podemos começar a fazer um planejamento financeiro para montar uma reserva financeira de emergência. Vamos começar pelo controle de contas.
Nesse momento, você precisa reavaliar todos seus gastos e identificar quais podem ser eliminados ou, pelo menos, diminuídos, isto vale para as despesas também.
Outro ponto importante é a definição de metas. Isso vai fazer com que saiba quais ações tomar. Contudo, é preciso estabelecer metas financeiras que estão de acordo com a realidade econômica do negócio.
Isso porque se elas não apresentarem essa característica você corre o risco de implementar metas financeiras que não são possíveis e com isso se frustrar.
E, por fim, começar a investir. Após organizar e planejar as finanças, definir as metas é o momento de saber onde guardar esse dinheiro para começar a reserva financeira.
Com um investimento bem escolhido, o empreendedor consegue separar o dinheiro e ganhar um retorno maior que o da poupança.
É importante que o investimento escolhido para montar a reserva financeira de emergência seja de liquidez diária, em outras palavras, que seja possível sacá-lo a qualquer momento, já que o principal objetivo é cobrir despesas inesperadas e situações emergenciais.
Como escolher o melhor investimento?
Antes de sair investindo por aí, o primeiro passo que você precisa levar em conta é: a aplicação para reserva emergencial deve ter liquidez diária.
Mas o que isso significa? Quer dizer que você pode sacar o seu dinheiro a qualquer momento. Afinal de contas, estamos falando de situações atípicas.
O segundo aspecto que você precisa avaliar é sobre a rentabilidade. Isto é, a quantia que você terá de volta em relação ao valor que foi aplicado.
Por exemplo: vamos supor que você separou R$1 mil para a sua reserva emergencial. Após um tempo, seu saldo foi para R$1.250. Com isso, seu investimento rendeu R$250. Portanto, a rentabilidade foi de 25% em cima da quantia investida.
O último fator que você precisa levar em consideração antes de escolher qual o melhor investimento é a segurança. Afinal, é imprescindível que haja uma garantia de que o dinheiro estará na conta quando você precisar.
Agora que você já sabe os fatores necessários antes de escolher o investimento, chegou a hora de conhecer as opções para guardar o seu dinheiro.
Qual a melhor aplicação para reserva de emergência?
Guardar o dinheiro na poupança é uma boa opção? Existem outras alternativas? Vamos responder essas perguntas agora mesmo! A seguir, confira os seis tipos de investimentos e escolha o seu.
Poupança
A poupança é a alternativa mais comum entre os brasileiros e também é o investimento mais simples, embora ela tenha uma baixa rentabilidade.
Atualmente, o cálculo de rendimento da poupança é feito da seguinte maneira:
-> Quando a Selic for menor que 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 70% da taxa, mais a Taxa Referencial (TR);
-> Se a Selic estiver maior que 8,5%, então a poupança terá um rendimento de 0,5% ao mês, além da TR.
Fundos de renda fixa
Essa é uma boa possibilidade para pessoas que não têm muito dinheiro na hora de investir em uma reserva emergencial. O valor inicial para aplicar em fundos é, na maioria das vezes, de R$50.
Todavia, é importante ter cautela com a taxa de administração — valor que as empresas cobram para “cuidar” do seu dinheiro —, uma vez que costuma ser alta.
Outra questão para ter atenção é o pagamento de cotas. Ou seja, o pagamento do Imposto de Renda a cada semestre.
CDB
Já o Certificado de Depósitos Bancários (CDB), são títulos emitidos pelos bancos a fim de captar dinheiro das pessoas e fazer empréstimos para outras com juros maiores.
Ou seja, os bancos emitem o título para quem está aplicando e o investidor recebe os juros — que podem ser prefixados ou pós-fixados.
Entretanto, nem todo CDB oferece uma liquidez diária. Por isso, preste atenção na hora de investir no Certificado de Depósitos Bancários.
E lembre-se do que já falamos: a liquidez diária é um elemento fundamental para a reserva de emergência.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic pode ser considerado mais seguro que o CDB, visto que é um título público com renda fixa emitido pelo governo federal.
Essa opção consiste no empréstimo do seu dinheiro para o financiamento das seguintes áreas:
- educação;
- saúde;
- infraestrutura.
Em troca, você obtém uma taxa de rentabilidade por emprestar o seu dinheiro. Neste caso, a taxa é a própria Selic anual.
Além da rentabilidade, o Tesouro Selic também possui liquidez diária. Portanto, é ótimo para compor a sua reserva para alguma emergência que venha acontecer.
LCI e LCA com liquidez diária
Outras duas boas opções são a LCI (Letra de Crédito Imobiliária) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio). Ambos são títulos de renda fixa do setor privado.
O funcionamento e rentabilidade são parecidos com o CDB, mas esses investimentos contam com isenção de tributos. Ou seja, os rendimentos bruto e líquido são iguais.
No entanto, para ter certeza de que é uma boa opção, é preciso avaliar as opções de investimentos. É comum a rentabilidade de ativos não isentos ser superior que a LCI ou LCA, mesmo com as taxas.
Fundos DI
Por fim, os fundos DI são um fundo de investimento referenciado na taxa DI, ou seja, o próprio CDI.
A desvantagem é que esses fundos não têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Por isso, é importante analisar o rating da instituição emissora antes de investir.
Além disso, esse investimento requer uma taxa de administração e, as vezes, taxa de performance quando a rentabilidade é maior que o previsto.
Como turbinar a reserva de emergência?
Muita gente começa uma reserva de emergência, mas não vê ela tendo muitos resultados. Se você deseja turbinar o seu fundo, comece retirando ele da poupança.
Embora ela seja uma boa opção para guardar a reserva de emergência, não é o mais recomendado para quem deseja turbinar ou ter algo expressivo em curto prazo. Além disso, tente sempre escolher os investimentos com liquidez alta.
Por exemplo, atualmente você consegue encontrar aplicações que pagam mais de 100% do CDI e com liquidez diária. Este seria o ideal para ajudar a turbinar a sua reserva. Outra dica é fatiá-la para que possa ser dividida em diferentes aplicações e, logo, dar mais resultados.
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Colaboração: Letícia de Jesus e Juliana Favorito