
O termo “laranjas” voltou a ser popular depois de vários escândalos de corrupção. Mas não são todos que compreendem o que isso significa, afinal, a palavra em si não diz muita coisa sobre o ato praticado.
De acordo com o Dicionário Online de Português, laranja é a pessoa cujo nome é utilizado por outra para fraudar um sistema financeiro ou comercial, para escapar ao fisco ou para aplicar dinheiro obtido ilegalmente.
No entanto, ser um laranja quer dizer que você está emprestando sua conta para alguém cometer algo ilícito. Ao fazer parte dessa prática, mesmo que de forma ingênua para uma pessoa próxima, significa que você concorda e está sendo conivente a um tipo de crime.
Normalmente, as pessoas que aceitam ser laranja fazem isso em troca de um valor em dinheiro.
Nesse sentido, a pessoa que comete o crime pede a uma outra pessoa para realizar um depósito em dinheiro em sua conta. Em troca, a pessoa repassa uma parte do valor como uma moeda de troca.
Por que você não deve aceitar ser um laranja?
Antes de mais nada, vale lembrar que mesmo de forma inocente, ao concordar em ser um laranja, você estará fazendo parte de um esquema criminoso e contribuindo para isso.
Mesmo que a pessoa que pediu isso seja um amigo ou familiar, a sua conta é exclusivamente sua e ninguém mais deve mexer. Ainda que as intenções sejam boas, isso pode gerar consequências.
E isso não vale apenas para a conta, como também para seus dados pessoais. Isso porque, para ser um laranja, há um empréstimo de dados importantes como o CPF, nome e conta bancária para que o ato ilícito aconteça.
E, neste caso, o problema está principalmente no ato de ocultação de bens. Ou seja, para que alguém transfira um valor ou um bem, significa que possivelmente há uma prática criminosa por trás. E essas práticas vão desde esquemas de corrupção, bem como lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.
Ao utilizarem os “laranjas”, esses criminosos conseguem esconder as transações através de outras pessoas, o que dificulta as chances de levantarem evidências e também interfere no processo de investigação.
Como consequência, pessoas que não têm conhecimento do esquema podem ser incriminadas.
Existem dois tipos de laranja:
Antes de mais nada, apesar de existirem esquemas criminosos em que a pessoa possui total consciência de que ela está envolvida, existem outros em que a pessoa não sabe. E essa é uma possibilidade real, através do roubo de dados, por exemplo. Veja agora os dois tipos de laranja que existem.
- Os que sabem que participam: em primeiro lugar, essas são as pessoas que passam seus dados de forma voluntária. Nesse sentido, essas pessoas aceitam participar desse esquema em troca de dinheiro ou de favores;
- Os que não não sabem que participam: nessa possibilidade, as pessoas que participam desse esquema são vítimas de algum tipo de fraude. Ou seja, elas não sabem que terceiros utilizam seus dados e suas contas ilegalmente. Caso haja provas de que essas pessoas não sabiam, elas são inocentadas do crime.
Pessoas jurídicas também podem ser laranjas?
Sim, elas podem. Nesse caso, a laranja jurídica funciona de forma parecida com a pessoa física que é laranja. Entretanto, as pessoas jurídicas laranja usam a empresa para a emissão de notas fiscais frias e contratos falsos.
Essa categoria é utilizada com inúmeras finalidades, principalmente para ocultação de dinheiro obtido por meio de atividades criminosas, como o tráfico de armas e drogas até licitações públicas.
Por fim, dependendo do caso, tais atividades podem ou não ser do conhecimento do laranja. Se ele está ciente, geralmente recebe uma bonificação por isso; caso contrário, os criminosos fazem uso de documentos perdidos ou roubados, o que faz do laranja uma vítima.
Gostou do nosso conteúdo? Confira agora os 6 golpes financeiros mais comuns da internet.
Eu quero