A moeda única na América Latina é algo que já vem sendo falado desde o ministro da Economia Paulo Guedes, mas que também é defendida pela gestão do presidente eleito Lula. Mas o que seria essa proposta que ambos os governos concordam ser necessária visando o futuro?
Anúncios
Primeiro, é necessário entender que são propostas semelhantes mas com pontos diferentes.
Pela proposta de Guedes, essa moeda única se chamaria “Peso Real” ou “SUR”. No entanto, a ideia sequer foi votada durante a gestão de Bolsonaro. Além disso, é algo que demanda uma conversada longa com outros países.
Anúncios
Para a gestão de Lula, a ideia é criar apenas uma moeda comercial entre Brasil e Argentina. Portanto, ela NÃO substituiria o Real nas transações diárias.
Moeda única: entenda a proposta que une os dois governos
Pode parecer estranho que os dois governos tenham uma mesma opinião, já que eles são opostos e também rivais. Porém, a ideia da moeda única é defendida tanto pelo governo passado quanto o atual.
Primeiro, esse é um assunto de política macroeconômica, já que não é só o Brasil que estaria envolvido. Mas também todos os outros países da América Latina que usariam a moeda ou, no desenho mais recentemente comentado na mídia, Brasil e Argentina.
Anúncios
O objetivo seria criar uma moeda única para aumentar o crescimento dos mercados envolvidos. Além disso, essa proposta poderia resultar em uma maior eficiência para a economia dos países.
Porém, a proposta não é bem aceita pelos especialistas que afirmam que a diferença entre as economias da Argentina e do Brasil podem dificultar o processo, devido a discrepância existente.
Euro x moeda única
Quando tenta-se criar uma explicação em torno da moeda única, o Euro é o exemplo menos distante. Afinal, a moeda funciona há mais de 20 anos e tem praticamente todas as características consideradas pelo SUR. Ela é utilizada em 19 países da Europa.
Inicialmente, o objetivo do euro era basicamente unificar e fortalecer a região, já que, por bastante tempo, os países da zona européia eram bem divididos e fragilizados. Tudo isso por conta de conflitos políticos, econômicos e de guerras.
Como consequência de se criar um bloco ainda mais forte e representativo mundialmente, o euro foi se tornando ainda mais destaque.
No entanto, embora a moeda passe uma imagem sem defeitos e de que funciona muito bem, a zona do euro também tem bastantes divergências e oscilações.
Mas, no saldo geral é algo que deu certo e funciona. Ela trouxe uma melhora significativa para as relações entre os países, além de promover alianças.
A moeda única de Paulo Guedes seria uma proposta mais próxima a esta. Mas a ideia da gestão atual é que ela seja utilizada somente para transações comerciais entre os países.
Como fica a inflação com a moeda SUR?
Se por um lado pode aproximar os países, formar alianças e fortalecer o crescimento do mercado, a chegada da moeda única traz um grande prejuízo para uma parte importante do mercado: a inflação.
+ Real Digital: confira o que já se sabe sobre a moeda digital brasileira
Inclusive, é importante que todos fiquem atentos para a criação da moeda, pois ela trará prontamente um convite para o aumento da inflação e causará prejuízos.
Para quem não sabe, a zona do euro possui recordes inflacionais constantes. E isso tende a se repetir com a moeda da América Latina. Esse é mais um motivo que divide a opinião de especialistas.
Por esse motivo, é necessário avaliar bem antes de tomar qualquer decisão para que a economia não sofra com uma possível implementação da moeda única. Além disso, quais seriam os benefícios dessa medida para a população? Será que não seriam prejudicados?
É preciso avaliar o que pesa mais nessa questão, tanto para a economia quanto para a população.
Gostou de saber sobre este assunto? Comente a sua opinião sobre a criação da moeda única e compartilhe o artigo com um amigo!
Fique por dentro de mais conteúdos e notícias seguindo o FinanceOne no Instagram: @financeone!
*Colaboração: Tamires Silva.