É evidente o quanto a figura feminina se destaca dentro dos lares em vários quesitos, inclusive o financeiro. Inclusive, uma boa parte das mulheres do país são a principal fonte de renda dos seus lares.
Este poderia ser um dado alarmante ou inédito, porém está se tornando cada vez mais comum em função de vários cenários.
Além disso, enquanto para uns pode ser um fator preocupante não ter o homem como centro do lar, para muitas este é um ponto de conquista.
E diz, também, muito sobre como elas estão cada vez mais inseridas no universo das finanças e conseguem se destacar ganhando muito ou ganhando pouco.
Mais de 70% das mulheres são a principal fonte de renda da casa
No mês de celebração ao Dia Internacional da Mulher, a Provu realizou um levantamento e constatou que 71% das mulheres que utilizam a sua plataforma afirmam ser a principal fonte de renda das suas residências.
O objetivo da pesquisa foi justamente traçar um panorama de como as mulheres, atualmente, têm se relacionado com as finanças.
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A pesquisa demonstrou que muitas mulheres estão assumindo as despesas da casa, mas também estão preocupadas em fugir da inadimplência. E, não à toa, a maioria tem como foco manter as despesas e contas em ordem.
Questionadas sobre as prioridades financeiras, o levantamento constata que:
- 72,6% das entrevistadas estão focadas em manter as contas em dia;
- 10,3% das entrevistadas estão trabalhando para evitar dívidas;
- 6,9% das entrevistadas estão em busca de aumentar a renda;
- 6,5% das entrevistadas estão à procura e caminhando rumo à independência financeira; e
- 3,7% das entrevistadas estão querendo investir ou juntar dinheiro.
A pesquisa da Provu, que é uma das maiores fintechs de empréstimo pessoal do país, revela que a figura masculina tem deixado de sobressair e virar o papel principal dentro do lar.
Além disso, revela que não se sustenta mais a premissa de que será sempre o homem o provedor.
“Apesar das dificuldades ainda enfrentadas pelas mulheres, percebemos que seu papel com dinheiro é de altíssima responsabilidade, já que uma fatia muito grande cuida das contas de casa. A busca da independência financeira é o primeiro passo para que ela se torne provedora da casa e, depois, consiga administrar as finanças para poupar e pensar no futuro financeiro de sua família. Ainda há muito caminho a ser percorrido, que ultrapassa a análise comportamental da mulher em relação ao dinheiro, como questões sociais, empregabilidade, maternidade, jornadas de trabalho, por exemplo. Então, saber lidar com o dinheiro é uma variável importantíssima para considerar o avanço da luta da mulher por um lugar de equidade na sociedade” foi o que disse Cristiana Nunes, gerente de Política de Crédito da Provu.
Sendo a principal fonte de renda, como elas têm lidado com o dinheiro?
Já que, tradicionalmente, este papel sempre foi imposto ao homem pela sociedade, como será que as mulheres têm lidado com este novo cenário em que são destaque e quase sempre ocupam o papel de provedora do lar?
E tem mais, ocupando esta posição, acaba ficando ainda mais difícil se organizar financeiramente.
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Quando questionadas sobre como se organizam financiamentos, a maioria das entrevistadas respondeu que optam por anotar todos os gastos em cadernos ou planilhas.
As demais fazem uso de aplicativos para gerir suas finanças (13,5%) ou não se organizam financeiramente de jeito nenhum (6,8%).
Mulheres que são a principal fonte de renda estão investindo?
Pelo fato de estarem sendo a principal fonte de renda dos seus lares, muitas mulheres não têm conseguido se organizar financeiramente para conseguir poupar dinheiro e investir.
No levantamento da Provu, quase 70% das mulheres responderam que não realizam investimento. As que conseguem, estão aplicando em:
- Poupança (43,8%);
- Certificado de Depósito Bancário – CDB (17,4%); e
- Fundos de Renda Fixa (11,9%).
E tem mais: mais de 65% das mulheres dizem não possuir uma reserva financeira para emergências. Neste cenário, mais de 60% disseram que já tiveram um dia, mas precisaram utilizar.
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