ETF: descubra o que é e como funciona o investimento

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homem investindo com prédios no fundo
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Quer encontrar uma maneira de investir na Bolsa de Valores, mas sem arriscar muito? Se isso é o que você está buscando, o ETF (sigla derivada da expressão em inglês Exchange Traded Fund) pode ser uma boa alternativa.

Também conhecido como fundo de índice, o ETF é um fundo de investimento que tem como referência índices da bolsa de valores, reconhecidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como Ibovespa e Índice Brasil.

O investimento pode estar atrelado aos fundos de ações ou de renda fixa.

Assim como outros fundos de investimentos, os ETFs são administrados por uma gestora especializada. Vários pessoas podem investir em um mesmo ETF. Para isso, basta comprar uma cota de participação.

A principal diferença entre os ETFs e os fundos de investimento tradicionais é em relação a gestão desses investimentos. Na prática, nos fundos tradicionais, a gestão é ativa.

Ou seja, os gestores buscam pelas melhores oportunidades de aplicação para garantir que os investidores tenham retorno acima do índice de referência. Os ETFs têm uma gestão passiva. Os gestores apenas buscam replicar a composição e o desempenho de um índice de referência.

Ainda está na dúvida sobre como funciona o ETF, suas vantagens e como investir? Fique tranquilo que vamos te explicar todos os detalhes neste artigo.

+ O que são e como funcionam os Fundos de Ações? Vale a pena investir?

Como funciona o ETF?

Os ETFs foram criados para facilitar a vida dos investidores que queriam fazer aplicações em empresas atreladas a um índice, seja ele de renda fixa ou variável. Para compreender melhor esse conceito, primeiro você precisa saber o que é um índice.

Um índice tem em sua composição ações de diversas empresas, que juntas formam a chamada carteira teórica. Por exemplo, o Índice Bovespa é uma carteira teórica das ações mais negociadas na B3, bolsa de valores brasileira.

Se um investidor quiser investir nas empresas do Índice Bovespa, ele pode adquirir cada papel que faz parte do índice individualmente. No entanto, além de ser mais caro, o processo é mais trabalhoso.

Por isso, é possível comprar um ETF com uma gestora, que adquire essas ações e negocia cotas do fundo. Assim, quem quiser investir em todas as ações do Ibovespa pode comprar cotas do ETF do índice.

O gestor especializado acompanha o mercado diariamente e analisa a performance dos índices. O patrimônio é distribuído igualmente em cotas, dessa forma, o preço de um ETF varia de acordo com os valores dos ativos ou ações que compõem o fundo.

homem olhando a tela de um computador com as ações
Os investimentos em ETF devem ser feitos por meio de uma administradora (Foto: Divulgação)

Quais são os tipos de ETF?

Atualmente, existe uma grande variedade de ETFs no mercado brasileiro e global. Para se ter uma ideia, há 79 ETFs listados na Bolsa de Valores brasileira atualmente, de acordo com dados da própria B3.

Só os fundos de índices de ações, que são os mais conhecidos, contam com diversas opções, como os ETFs segmentados, amplos, setoriais, nacionais ou internacionais. Além disso, é possível encontrar ETFs de moedas, criptomoedas, commodities e, conforme já citado, de renda fixa.

Os fundos de índice de renda fixa também são negociados na bolsa, mas refletem a rentabilidade de títulos públicos ou privados. No Brasil, o ETF mais conhecido é o que acompanha o Ibovespa (BOVA11).

+ Saiba como investir no exterior com 8 dicas de aplicações

Como investir em um ETF?

O processo para investir em um ETF é bem simples. Todo o procedimento pode ser feito diretamente no aplicativo da sua corretora de investimentos. Veja:

Transfira a quantia que deseja investir para sua conta na corretora;
Na plataforma de investimentos, escolha a opção Home Broker, onde você terá acesso a todos os investimentos de renda variável;
Digite o nome do ETF que deseja investir. Por exemplo “BOVA11”;
Insira a quantidade de cotas que deseja comprar e finalize a aquisição do investimento.

Ao finalizar a compra, o fundo adquirido vai ser colocado sob custódia até que o preço seja atingido. Assim como ocorre com os investimentos em ações, a liquidação ocorre dentro de três dias úteis.

Quanto custa investir em ETFs?

Desde setembro de 2020 é possível negociar apenas uma cota de ETF variável na B3. Antes desse prazo, a quantidade mínima era de 10 cotas. O investimento em ETFs é acessível, mas envolve alguns custos, como:

Taxa de administração

A taxa de administração varia de acordo com a corretora e o índice de referência. A boa notícia é que essa taxa costuma ser menor do que a de fundos tradicionais, variando entre 0,20% e 0,80%.

Taxa de corretagem

O investidor também pode ter que pagar uma taxa de corretagem pela intermediação das operações. Mas isso varia de corretora para corretora.

Taxa de emolumentos

Por fim, ainda existe a taxa de emolumentos, cobrada pela B3 e pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia pela realização de uma operação.

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Preciso declarar os investimentos em ETFs no imposto de renda?

A resposta é sim e as alíquotas são as mesmas dos investimentos em ações. Ou seja, 15% sobre os lucros. Mas, diferentemente das ações, os investimentos em ETFs não garantem a isenção para vendas dos fundos por até R$20 mil por mês.

Além disso, o ETF não tem imposto retido na fonte. Dessa forma, o próprio investidor deve recolhê-lo. Para isso, basta fazer o cálculo do valor do tributo e efetuar o pagamento do imposto por meio de por meio do Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF).

+ Pagar as dívidas ou investir dinheiro: saiba o que priorizar

Vale a pena investir em ETF?

Agora que você já conhece esse tipo de investimento, deve estar se perguntando se vale a pena ou não fazer aplicações em ETF. A resposta é: depende dos seus objetivos e perfil de investidor.

Para quem está iniciando na Bolsa de Valores, investir em ETF pode ser uma boa alternativa, visto que o investimento tem uma gestão passiva.

Ou seja, sua composição é ajustada para trazer resultado similar ou maior que o índice referencial. Dessa forma, há menos variações se comparado aos papéis avulsos.

Outra vantagem é a diversificação em um único produto, uma vez que com o ETF o dinheiro do investidor é aplicado em diversos ativos de uma só vez. Além disso, os lucros das cotas são reaplicados, para aumentar ainda mais o capital do investidor.

O ETF ainda tem uma volatilidade mais baixa do que as ações. Isso porque como há diversas ações reunidas em um único fundo, ainda que haja uma ação com alta volatilidade, há a presença de outras mais estáveis para equilibrar o fundo de índice.

Isso não significa, no entanto, que não há riscos nesse tipo de investimento. Ao contrário, os fundos de índice podem sofrer com valorizações ou desvalorizações diárias. Além disso, quando o nível geral das ações cai, o índice acompanha essa queda.

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Cuidados ao investir em ETF

Um dos principais cuidados na hora de investir em ETF é verificar qual é a gestora por trás desse fundo de índice. O ideal é buscar por empresas confiáveis e verificar a reputação da administradora antes de investir.

Outra dica é que mesmo que não tenha um conhecimento aprofundado sobre o assunto, pesquise informações sobre o índice no qual está investindo. Verifique quais são as ações que compõem essa teórica e avalie se esse índice atende aos seus objetivos como investidor.

Por fim, calcule quanto essa aplicação vai lhe custar na hora da negociação. Investimentos em ações, carteira recomendadas e fundos de ações como comparativo.

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