Eleições 2022: como a política afeta o mercado financeiro?

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Anos de eleição costumam vir acompanhados de incertezas no cenário econômico, e no Brasil não poderia ser diferente. Mas, afinal, como exatamente a política afeta o mercado financeiro

Em 2022, com a alta dos juros e a inflação tomando conta das principais economias do mundo, cresce também a preocupação sobre como o presidente do Brasil lidará com as demandas para o próximo ano, já que é papel dos governantes definir uma política sustentável para lidar com as crises.

No Brasil, a gastança feita com cunho eleitoral pode gerar consequências para o próximo orçamento e colocar em risco a sustentabilidade das contas públicas. Entenda como o jogo político pode – e deve – afetar o mercado. 

O que está em jogo nas eleições de 2022?

O mercado financeiro brasileiro sentiu na pele a alta das commodities e a tensão criada na Guerra da Ucrânia durante o primeiro semestre de 2022. 

Agora, a expectativa é de novas incertezas diante da polarização criada para a disputa da Presidência, uma vez que há programas sociais e benefícios em jogo, além de uma série de medidas que rompem o teto constitucional do orçamento público. A principal pauta é o Auxílio Brasil, que deve voltar para R$ 400 em 2023.

Outra temática constantemente debatida é a alta dos preços de alimentos e combustível no país, prática que acompanha a oscilação do dólar e do mercado de commodities global. Independentemente do vencedor, fato é que o presidente em exercício terá grandes problemas econômicos para resolver ao longo do próximo mandato. 

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pessoa contando dólar
Mercado brasileiro vê capital estrangeiro ir embora em meio à incertezas políticas. (Fonte: Divulgação)

Como a política afeta o mercado financeiro?

O mercado financeiro é volátil por si só, mas em períodos de eleição ele tende a ficar ainda mais oscilante, uma vez que há maior cautela entre os investidores. Empresas de capital aberto, por exemplo, vivem a expectativa das novas políticas econômicas implementadas, enquanto outros setores evitam fazer investimentos e empréstimos ao longo da corrida eleitoral. Toda essa incerteza pode causar impacto, com destaque para:

Variações cambiais

Um dos principais reflexos adquiridos pelo mercado financeiro antes de uma eleição é a variação do câmbio. Os investidores estrangeiros se tornam mais cautelosos e retiram capital da bolsa brasileira, enquanto os nacionais tomam medidas parecidas, seja investindo lá fora, seja guardando o montante para um momento mais adiante.

Com isso, o real passa a perder valor frente a outras moedas, o que pode contribuir para a elevação dos juros e uma maior instabilidade política e econômica. À medida que as disputas políticas são encerradas e o fluxo volta a funcionar normalmente, a tendência é de ajuste no mercado. 

Alta dos juros

A alta da inflação não deve ter trégua até 2023, e o cenário de incerteza política também contribui para a sua escalada. Atualmente, a expectativa do mercado é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano na faixa dos 8%, o que deve elevar o preço de diversos serviços e produtos.

A alta dos juros afeta o mercado porque há menos tomada de crédito e investimentos; muitos investidores, inclusive, preferem migrar as aplicações para a renda fixa, já que elas são beneficiadas pela Selic em alta, por exemplo.

De qualquer forma, as oscilações de mercado devem continuar por todo o próximo ano, tendo os novos governantes o desafio de conter o rombo e fortalecer a economia.

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