
No último domingo, 1, o preço da matéria-prima do GNV e gás encanado aumentou 19% para as distribuidoras. O gás natural também é fonte de energia para diversos outros setores da indústria.
Mas o que o consumidor quer saber é se o preço do GNV e do gás encanado vai aumentar, considerando o reajuste implementado pela Petrobras. E, infelizmente, a população sentirá sim o impacto nas contas de gás a partir deste mês.
Vale lembrar que o reajuste não se aplica aos botijões de gás. Estes têm como referência o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Quer saber tudo sobre o aumento no preço do GNV e gás encanado? Continue lendo este artigo.
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Por que o preço do GNV e do gás encanado vai aumentar?
De acordo com a Petrobras, o aumento em 19% no valor do gás natural para as distribuidoras leva em consideração as variações do petróleo brent e da taxa de câmbio. Assim, segue-se o preço de paridade de importação (PPI).
O modelo foi adotado pela Petrobras durante a gestão de Pedro Parente, em 2017.
Em nota emitida na última sexta-feira, 29, a estatal afirma que o ajuste foi feito em relação ao trimestre fevereiro-março-abril. Os preços atualizados ficarão vigentes até 31 de julho.
“A atualização trimestral para o gás e anual para o transporte atenua volatilidades momentâneas e assegura previsibilidade e transparência”, afirmou a Petrobras em nota.
A empresa ainda esclareceu que o preço final do gás natural para o consumidor, ou seja: do GNV e do gás encanado, não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia.
Também contribuem as margens das distribuidoras — e, no caso do GNV, dos postos de revenda — e os tributos federais e estaduais.
“Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, concluiu a Petrobras.

Preços da conta de gás e nos postos GNV sobem no RJ
A Naturgy, que opera nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, já informou que as tarifas sofrerão reajuste. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o aumento ficará em torno de 6,80%, no segmento residencial, cujo consumo seja de até 7 metros cúbicos por mês.
Para o segmento comercial, o reajuste ficou em 7,05% para o comercial, com consumo de até 400 metros cúbicos por mês.
Já para quem abastece o veículo com gás GNV, sentirá uma alta de 19,58%. Nas indústrias, o aumento é de 18,52%, para o consumo de 3 milhões de metros cúbicos por mês.
O reajuste é ainda maior para moradores no interior do estado. No segmento residencial, o valor será 8,78% maior e no comercial, o aumento é de 10,16%. Já para os postos GNV e indústrias, o reajuste é de 19,76% e 19,25%, respectivamente.
A empresa ainda afirmou que estes “são custos não gerenciáveis pela Naturgy e, portanto, o aumento do preço não traz nenhum ganho para a distribuidora”.
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Novo acordo da Petrobras proposto às concessionárias foi caso de justiça no fim de 2021
Lembrando que esses aumentos estão relacionados ao reajuste trimestral implementado pela Petrobras, conforme mencionado acima. Assim, estão previstos nos contratos firmados entre a empresa e a Petrobras, cuja vigência encerrou em 31 de dezembro de 2021.
A Petrobras até tentou reformular esse modelo de contrato no fim do ano passado. A proposta era de um reajuste médio de 50%, a partir de janeiro de 2022.
No entanto, as distribuidoras recorreram à Justiça para manter o regime anterior, de reajuste trimestral. A liminar favorável à Naturgy foi concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), em dezembro do ano passado.
Na época, a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e o Governo do Estado também questionaram a mudança no modelo contratual e receberam liminares com o mesmo teor. Ou seja, mantendo o reajuste trimestral.
Além do Rio, liminares semelhantes foram concedidas em Santa Catarina, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Sergipe e Minas Gerais.
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