Na última semana, a Petrobrás anunciou uma redução que impacta diretamente no preço do gás de cozinha. Trata-se de uma diminuição de 9,8% no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
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A queda foi de R$3,5837/kg para R$3,2337/kg . Assim, o valor para as distribuidoras passa a ser R$42,04. O novo valor já entrou em vigor.
Quer entender melhor os motivos que levaram ao reajuste no preço do gás de cozinha? Então, continue lendo este artigo!
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Entenda os fatores que contribuíram para a redução no preço do gás de cozinha
Segundo informações da Petrobrás, veiculadas pela Agência Brasil, a atual redução acompanha os preços internacionais e a taxa de câmbio.
Ambos se estabilizaram em patamar inferior ao GLP, permitindo o ajuste dos preços de venda do combustível às distribuidoras.
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“A redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, informou a companhia.
Além disso, também houve recuo nos preços do Petróleo por conta da guerra na Ucrânia.
Gás de cozinha tinha sofrido aumento em março deste ano
Na prática, três itens compõem o valor do botijão de gás: o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços); valor de distribuição e revenda; e o preço cobrado pela Petrobrás.
Outros custos que incidem sobre o preço do gás de cozinha são as margens de comercialização das distribuidoras e dos pontos de revenda. Com a redução no valor do GLP, a expectativa é de que o valor do botijão no varejo também diminua.
Até então, um botijão de 13 kg custava cerca de R$113, em média, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A média é referente aos preços praticados no período entre os dias 27 de março e 2 de abril.
Lembrando que o reajuste mais recente no preço do gás de cozinha havia sido anunciado há um mês, no dia 11 de março, quando ficou definido um aumento de 16,1% no preço de venda às distribuidoras.
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Reajustes anunciados em março resultaram na troca de comando da Petrobrás
A estratégia que está sendo adotada pela Petrobrás é reverter parte dos aumentos dos combustíveis anunciados no início de março, numa tentativa de compensar os impactos negativos da guerra. Só o GLP sofreu um aumento de 16% no início do último mês.
Além disso, o preço da gasolina subiu 18,7% e do Diesel, 24,9%. A decisão não foi vista com bons olhos pelo presidente Jair Bolsonaro.
Vale lembrar que tais reajustes provocaram uma crise na estatal, após Bolsonaro determinar a demissão do general Joaquim Silva e Luna, até então presidente da Petrobrás.
O nome do escolhido do Governo para substituir o cargo já foi anunciado. É o presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (PPSA),José Mauro Ferreira Coelho.
A assembleia com acionistas da empresa, que confirmará se Coelho assumirá ou não a função, está marcada para o dia 13 de abril.
Abegás pede redução no preço do gás natural
A Associação Brasileira de Gás Canalizado (Abegás) apelou à Petrobrás para que a empresa também avalie reavalie o preço do gás natural, que, segundo a associação, vem tendo reajustes elevados nos últimos meses.
“O anúncio feito nesta sexta-feira pela Petrobras é um indicador da capacidade da empresa de ofertar combustível a preços mais competitivos.”
DISSE A ABEGÁS EM UM COMUNICADO PUBLICADO EM SEU SITE
Ainda de acordo com a Abegás, a redução do preço do combustível é “fundamental para beneficiar diretamente os mais de 4 milhões de clientes residenciais, comerciais, industriais e usuários de Gás Natural Veicular (GNV)”.
Além disso, pode trazer reflexos indiretos positivos para todos os que consomem produtos e serviços impulsionados pelo gás natural. Vale lembrar que no início do ano o preço do gás natural teve um aumento de 50% e a expectativa é de que o valor suba mais 30% até agosto.
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