Uma nova projeção da inflação para 2021 foi divulgada na última segunda-feira, 25. A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é que ele deve subir para 8,96%.
A estimativa está no Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).
O percentual já é bem acima do previsto em agosto, quando a projeção apontava para 6,88% este ano. Além disso, está acima da meta que deve ser perseguida pelo BC.
Essa meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
Em junho, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Ainda assim, com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77%, no ano, e 8,45%, nos últimos 12 meses.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 4,18%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
Com inflação, taxa Selic deve superar 8% até o fim de 2021
Como mencionado, a inflação está acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. Por isso, para alcançar a meta, o Banco Central deve elevar novamente a taxa Selic, que é um dos mecanismos para controlar a alta do IPCA.
Portanto, a Selic, que já foi elevada a 7,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), deverá subir ainda mais até o fim do ano.
A última alta da Selic foi uma das maiores dos últimos anos, desde 2017. A elevação foi de 1,5 percentual, passando de de 6,25% passa para 7,75% ao ano. E a expectativa da Copom é de que esse aumento se repita.
Isso mesmo, ainda está prevista para este ano uma última reunião do comitê, que ocorrerá em dezembro. A promessa é de um aumento na mesma proporção. Sendo assim, a taxa pode fechar o ano com 9,25%.
O objetivo de aumentar a Selic é conter a demanda aquecida. E isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia, conforme explica a Agência Brasil.
Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
A alta da Selic é boa para os investimentos?
A alta da Taxa Selic é reflexo da elevação da inflação. Portanto, não representa um bom sinal para a economia brasileira de modo geral.
No entanto, investidores podem se valer dessa elevação no IPCA. Isso porque o aumento da Selic tende a melhorar a rentabilidade de aplicações financeiras em renda fixa.
Como, por exemplo, investimentos em títulos públicos vendidos por meio do Tesouro Direto, além de Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Mas atenção: lembre-se sempre de investir em aplicações que possuem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege investidores caso a instituição financeira seja liquidada.
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