O cenário macroeconômico deve impactar o setor imobiliário e os fundos imobiliários para 2021. Dois fatores são preponderantes: os desafios que a pandemia do coronavírus ainda impõe ao Brasil e a taxa Selic.
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A segunda onda da covid-19 voltou a exigir dos governos medidas de restrição à circulação das pessoas e ao funcionamento das empresas, afetando o setor imobiliário.
Com shopping centers e prédios de escritórios fechados em algumas das principais cidades do país, os fundos de investimento imobiliários que aplicam nesses ativos voltaram a ter a renda afetada.
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Isso fez com que o Ifix – índice das cotas dos fundos imobiliários negociados na Bolsa – acumulassem baixa de 2,5% em março.
Aliado a isso, a Selic, que foi o principal propulsor para o sucesso do mercado imobiliário em 2020, aumentou. E a tendência é de mais crescimento, conforme já anunciado pelo Banco Central.
Essa previsão é uma preocupação para o setor imobiliário e a maior dúvida é se os financiamentos de imóveis vão encarecer daqui para frente.
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Análise de especialistas para os fundos imobiliários para 2021
Para Bruno Gama, CEO da CrediHome, mesmo com uma flutuação, o mercado imobiliário não deve ser impactado e os preços de imóveis não irão sofrer grandes reajustes. Segundo ele, apesar de uma previsão de flutuação, a Selic deve ficar no patamar baixo.
“Isso permite que toda a base da cadeia imobiliária nacional continue sendo beneficiada, incluindo o incorporador e construtor que consegue tomar um crédito mais acessível para iniciar uma obra, trazendo impacto direto no custo geral da construção”, explica Gama.
Gama ressalta ainda que a mudança do comportamento das pessoas em relação à moradia vai continuar contribuindo para o aquecimento do mercado imobiliário.
“A gente vê um movimento muito claro quando a taxa de juros está baixa, que é a migração de locação para compra, porque cada vez mais os clientes percebem o valor que ele paga em um aluguel, hoje é possível pagar uma parcela de financiamento”, destaca o especialista.
O diretor executivo da Ourinvest Real Estate, Rossano Nonino, também tem uma perspectiva positiva para os fundos imobiliários para 2021. Para ele, o Ifix deve chegar ao patamar pré-covid-19 até o final deste ano.
“Se isso se confirmar, quem entra agora no mercado pode esperar uma rentabilidade entre 7% e 8%, mais ganho de capital [pela valorização da cota] de 5% a 10%. Isso ainda é muito mais que o CDI”, observa Rossano Nonino.
Onde investir?
Como pode-se perceber, o interesse em fundos imobiliários para 2021 deve crescer, em meio ao cenário de juros baixos, com investidores buscando alternativas à renda fixa. Portanto, veja quais tipos de fundos podem se destacar e suas características.
A carteira recomendada pelos agências e especialistas é composta por quase os mesmos fundos:
- CSHG Renda Urbana (HGRU11);
- Vinci Logística (VILG11);
- RBR Properties (RBRP11);
- HSI Logística (HSLG11);
- Kinea Índice de Preços (KNIP11); e
- CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11).
Contudo, lembre-se que a escolha das aplicações dependerá do seu perfil de investidor e dos seus objetivos. Afinal, os tipos de Fundo Imobiliário variam em nível de risco e no objeto do investimento.
Ou seja, analise bem cada um desses tipos para saber qual se adapta melhor ao seu perfil e sua necessidade atual. E, claro, não esqueça que a diversificação é uma boa maneira de investir com mais segurança.
Ficou interessado em investir em fundos imobiliários? Veja aqui tudo que você precisa saber sobre a modalidade