
Todo ano, o valor do salário mínimo é corrigido para acompanhar a inflação. E junto com ele, benefícios previdenciários também. Porém, todos os benefícios precisam respeitar o teto do INSS.
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Esse teto, como o nome sugere, é o limite a que um benefício pode chegar. Tanto ele, quanto o salário mínimo são corrigidos anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Em 2023, o salário mínimo teve de 5,81% em relação ao valor de 2022, acrescido de um ganho real em torno de 1,5%, o que significa que aumentou R$90 para compensar o reajuste abaixo da inflação.
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Logo, o teto do INSS também terá um aumento com quase o mesmo percentual, só um pouco maior: 5,93%.
Por isso, os aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefícios acima do salário mínimo devem ter reajuste na remuneração.
Qual é o teto do INSS 2023?
No ano passado, o valor era de R$7.087,22. Com o reajuste mencionado acima, o teto do INSS passa a ser de R$7.507,49 em 2023.
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Esse teto vale para os benefícios da Previdência Social acima do salário mínimo, como o auxílio-doença, aposentadorias etc. Todos esses benefícios não poderão ultrapassar o limite.
O teto começa a valer a partir de 1º de fevereiro, quando será paga a folha de janeiro. Porém, ainda será divulgada uma portaria que oficializa o reajuste salarial dos beneficiários do INSS que recebem mais de um salário mínimo.

Como ficam os benefícios acima do salário mínimo?
Sim, o reajuste do teto do INSS e do salário mínimo têm impacto nos valores dos benefícios. Afinal, se tudo aumentou, os valores recebidos pela Previdência também precisam aumentar.
Como dito acima, o teto estabelece o limite até onde um benefício pode chegar. Mas além disso, assim como o próprio teto sofreu reajuste, os benefícios também sofrerão.
Aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefícios acima do salário mínimo devem ter reajuste de até 5,93%. Ou seja, o percentual pode ser menor que esse.
Mas isso vale apenas para quem já recebia pagamento da Previdência em janeiro de 2022. Quem começou a receber depois disso, ao longo do ano passado, terá reajuste proporcional.
Quanto mais recente foi o mês de início de recebimento, menor o percentual de reajuste. Afinal, quem se tornou beneficiário a partir de fevereiro de 2022, não recebeu 12 meses cheios de pagamentos.
Os reajustes proporcionais também serão regulamentados nos próximos dias pelo Ministério do Trabalho e Previdência e pelo INSS.
Mas já é possível estimar como ficarão os valores, a partir da quantia recebida em 2022 e do INPC. Confira a tabela de reajuste dos benefícios previdenciários do INSS, elaborada pelo portal de notícias G1.
Reajuste dos benefícios previdenciários em 2023, até o teto do INSS:
Valor a receber em 2022 | Valor recebido em 2023 |
R$ 1.212 | R$1.302 |
R$ 1.400 | R$1.483 |
R$ 1.500 | R$1.589 |
R$ 1.600 | R$1.695 |
R$ 1.700 | R$1.800 |
R$ 1.800 | R$1.906 |
R$ 1.900 | R$2.012 |
R$ 2.000 | R$2.118 |
R$ 2.100 | R$2.224 |
R$ 2.200 | R$2.330 |
R$ 2.300 | R$2.436 |
R$ 2.400 | R$2.542 |
R$ 2.500 | R$2.648 |
R$ 3.000 | R$3.178 |
R$ 3.500 | R$3.707 |
R$ 4.000 | R$4.237 |
R$ 4.500 | R$4.767 |
R$ 5.000 | R$5.296 |
R$ 5.500 | R$5.826 |
R$ 6.000 | R$6.356 |
R$ 6.500 | R$6.885 |
R$ 7.000 | R$7.415 |
Como conseguir a aposentadoria pelo teto do INSS?
Esta é uma dúvida muito comum: como conseguir a aposentadoria pelo teto do INSS? Ou seja, como conseguir se aposentar recebendo o limite permitido pela lei.
É preciso ser realista e entender que essa é uma possibilidade, mas não para todos os trabalhadores. Além disso, é difícil conseguir alcançar a aposentadoria pelo teto.
Mas vamos lá, para obter esse valor ao se aposentar, o trabalhador primeiro precisaria se enquadrar em dos perfis:
- contribuinte individual
- contribuinte facultativo
- empregado doméstico
- empresário
Além disso, para receber o valor máximo da aposentadoria ele precisaria fazer uma contribuição de 20% sobre o teto (R$1.417,44 em 2022) e também ter um período de contribuição maior que o exigido.
Aí sim, em alguns casos, o percentual de cálculo ultrapassaria 100% da média salarial e a pessoa conseguiria receber o teto. Mas há quem contribua a vida inteira e se assuste na hora de solicitar o benefício, porque não consegue o teto.
Mas por quê?
Acontece que o INSS considera:
- 60% da média de todos os salários
- 2% por ano extra de contribuição
Ano extra de contribuição significa: aquele que ultrapassar 20 anos, no caso dos homens, e 15 anos, no caso das mulheres.
Logo, para receber 100% de sua média salarial e atingir o teto, homens precisariam contribuir durante 40 anos e as mulheres, 35 anos.
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*Colaboração: Mateus Carvalho