Muitos brasileiros estão indo morar fora do país por inúmeros motivos. Alguns deles: a violência no Brasil, a busca de novas oportunidades e até mesmo a crise econômica. E o destino de grande parte dos cidadãos é o Japão. Mas você sabe quanto é o custo de vida no país? E, principalmente, qual é o salário mínimo no Japão?
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Para começar é necessário entender como o salário mínimo no Japão é calculado, é bem diferente do Brasil. Isso porque no país os trabalhadores não têm uma remuneração fixa. Eles ganham por hora trabalhada. Além disso, no Japão cada cidade tem um valor de salário mínimo diferente. Já no Brasil, é um valor para o país inteiro.
Outro fator que faz a remuneração variar é o setor do mercado de trabalho que a pessoa irá trabalhar. Por exemplo, se for um emprego que exige uma maior qualificação profissional, maior será o valor por hora. Porém, se for uma função que não exija tanto, o salário será menor.
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Valor da hora trabalhada em cidades do Japão
De um modo geral, o valor médio do salário no país é de 848 ienes por hora. Mas, como já falamos, o salário mínimo vai depender da cidade. A seguir, confira o valor da hora em algumas cidades:
- Tóquio: 958 ienes;
- Kyoto: 856 ienes;
- Osaka: 909 ienes;
- Chiba: 868 ienes;
- Tottori: 738 ienes;
- Wakayama: 777 ienes;
- Okayama: 781 ienes;
- Hyogo: 884 ienes;
- Saga: 737 ienes;
- Hiroshima: 818 ienes;
- Nagasaki: 737 ienes;
- Kumamoto: 737 ienes.
O iene (¥) é a moeda japonesa e ¥1 (um iene) vale, atualmente, R$0,04. Ou seja, R$1 vale ¥27,64. Os dados são referentes ao dia 9 de setembro de 2022.
Durante a média de 22 dias trabalhados em um mês, no Japão ganha-se 149.248 ienes. Atualmente, transformando para real, o valor do salário mínimo no Japão é de aproximadamente R$5.393,82.
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No Japão, o mercado de trabalho é apertado devido falta de mão de obra em razão do envelhecimento populacional, mas, ainda assim, os efeitos da pandemia afetaram praticamente todos os setores, principalmente de serviços, com a disponibilidade de emprego no país registrando a maior queda em 45 anos no ano de 2020.
Mesmo com a forte queda, o índice da oferta de empregos situou-se em 1,18. A proporção significa que havia, em média, 118 vagas de emprego para cada 100 candidatos em 2020, segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão.
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Salário no Japão pode variar conforme a idade e sexo da população
O salário no Japão também pode variar de acordo com a idade e o sexo dos trabalhadores. E mesmo para aqueles que têm a mesma faixa etária ou uma idade média parecida, o valor do salário pode sofrer mudanças.
- 20 anos: ¥3.540 (geral), para homens o valor é de ¥3.740 enquanto para mulheres é ¥3.240;
- 30 anos: ¥4.670 (geral), para homens o valor é de ¥5.010 enquanto para mulheres é ¥3.900;
- a partir dos 40: ¥5.640 (geral), para homens o valor é de ¥6.160 enquanto para mulheres é ¥4.250;
- 50 anos: ¥7.010 (geral), para homens o valor é de ¥7.440 enquanto para mulheres é ¥4.610.
Ainda assim, o salário mínimo do Japão é baixo em comparação com outras grandes economias mundiais. De acordo com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o salário japonês está abaixo dos US$12,2 da França, US$12,0 da Alemanha e US$11,1 da Grã-Bretanha. No entanto, é superior aos US$7,3 dos Estados Unidos.
Quem pode trabalhar no Japão?
É importante lembrar que não é qualquer pessoa que pode trabalhar no país. Primeiro é preciso ter um visto de trabalho já que o de passeio não serve para isso. Porém, o documento só é concedido para aqueles sendo descendentes de até a terceira geração, mais conhecidos como sansei.
Para aqueles que não têm parentes no Japão ou não são da terceira geração, há outro meio de conseguir trabalhar no país. Para isso, é necessário ter uma contratação, e ela precisa ser proveniente de alguma empresa japonesa.
Para te ajudar a encontrar uma função no Japão, confira essa lista de sites de busca de empregos no país:
Vale a pena trabalhar no Japão?
O salário mínimo no Japão pode parecer mais alto quando comparado com o do Brasil, mas é importante frisar que a jornada de trabalho no país é maior que a dos brasileiros.
Além disso, o custo de vida no país asiático é alto, o que também deve ser considerado na hora de escolher. Assim como em qualquer lugar, o Japão também tem as vantagens e desvantagens para se trabalhar.
No primeiro caso podem ser incluídos os fatores de segurança, educação e saúde. Já no segundo caso, é preciso considerar a exaustiva rotina de trabalho e a cultura local, que é bastante diferente em relação à brasileira.
Portanto, é necessário avaliar os prós e contras antes de tomar qualquer decisão. Se você tem facilidade em se adaptar, por exemplo, essa pode ser uma boa oportunidade.
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*Colaboração: Camila Miranda