
Você já escutou falar no termo “cruz da morte” do Bitcoin? Quem já conhece o mercado de investimentos deve ter acompanhado nos últimos meses o sobe e desce da criptomoeda.
E é justamente por conta disso que começou a ser falado em “cruz da morte” do Bitcoin e, como o próprio nome já diz, é uma mensagem pessimista, principalmente para quem investe em criptomoedas.
Para quem ainda não conhece, esse termo significa: que uma forte desvalorização está se aproximando, de acordo com alguns analistas. A frase voltou à tona após os altos e baixos que o Bitcoin teve durante o primeiro semestre deste ano.
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Por exemplo, no dia 22 de junho de 2021 a criptomoeda chegou a valer menos de US$30 mil. Essa é a mesma cotação do final do ano de 2020 e menos da metade dos quase US$65 mil em abril do ano passado. Na época, o valor foi um recorde histórico, que acabou caindo bruscamente.
Foi justamente esta queda que fez com que o Bitcoin acabasse registrando a “cruz da morte” e, consequentemente, o que deixou muitos investidores preocupados e atentos ao mercado.
Descubra o que significa “cruz da morte” do Bitcoin?
Para quem ainda não conhece o termo “cruz da morte”, ele é utilizado pelos analistas financeiros como forma de identificar uma tendência de forte desvalorização de um ativo no futuro, como já foi dito acima.
Mas como isso funciona na prática? Bem, a “cruz da morte” acontece sempre que o valor médio dos últimos 50 dias fica abaixo do valor médio dos últimos 200. Isso acaba indicando uma queda e faz com que os investidores fiquem em alerta nesta aplicação.
Como ninguém gosta de perder dinheiro, ao se deparar com a “cruz da morte” do Bitcoin, o que muitos investidores começaram a fazer foi vender a criptomoeda antes que ela desvalorizasse ainda mais.

E quanto mais vendas acontecem, maior é a oferta e o preço da moeda virtual começa a cair. É claro que com a “cruz da morte” mais investidores tendem a vender as criptomoedas para que o prejuízo não seja grande.
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Entretanto, é preciso ressaltar que existem diversos fatores que acabam impactando o valor de uma criptomoeda. Um exemplo disso foi o início da pandemia da Covid-19, em 2020, que fez com que muitos investimentos tivessem queda e também aumentassem.
O que mais causou a queda do Bitcoin nos últimos meses?
Além da pandemia da Covid-19, que trouxe impactos em todas as áreas, outros fatores contribuíram para a queda da principal moeda digital nos últimos meses. O alto impacto foi o anúncio de medidas restritivas da China em relação à criptomoeda.
Por exemplo, em meados do ano passado, o Banco Popular da China proibiu que bancos e plataformas de pagamentos realizem transações e outras atividades comerciais com a criptomoeda.
No mesmo período, o governo chinês exigiu o fechamento de diversos centros de “mineração” de Bitcoin, que são localizados no país.
Para quem não sabe, esses lugares ‘abrigam’ computadores super potentes que fazem milhares de cálculos para criar criptomoedas. Além disso, a “mineração” na China é responsável por cerca de 80% do comércio de cripto no mundo.
Aliado a isso, neste ano, especialistas indicam que há um derretimento mais amplo do mercado de criptomoedas sendo impulsionado pelo aumento das taxas de juros, inflação e incerteza econômica estimulada pela guerra na Ucrânia.
Diante disso, pode se afirmar que o preço do Bitcoin é impactado por diversos fatores, tanto socioeconômicos, como socioculturais, mas não é possível precisar o que vai de fato acontecer com a criptomoeda.
Assim como também não é possível cravar que todas as tendências de quedas que são projetadas pela cruz da morte do Bitcoin vão se concretizar. É preciso analisar e avaliar uma série de fatores e esperar para ver como eles vão reagir.
O que é cruz dourada
Agora que você já sabe o que é a cruz da morte do Bitcoin, saiba que existe o nome para o movimento contrário: é a cruz dourada.
Esse movimento acontece quando a média móvel de 50 rompe a de 200 para cima. Ou seja, indica que o mercado está animado.
A última vez que foi vista, em setembro do ano passado, foi seguida por uma valorização de 50%, fazendo o bitcoin chegar aos 69 mil dólares.
Apesar disso, a cruz dourada que mais teve impacto aconteceu em maio de 2020. Após sua formação, o Bitcoin entrou em um mercado de alta que durou cerca de um ano, valorizando mais de 600% no período.
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