
As transferências bancárias via TED e DOC vão acabar? Esse questionamento tem sido feito cada vez mais pelos usuários. E o motivo é a chegada do PIX.
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Com o método de transferência instantâneo, é normal pensar que os meios mais tradicionais vão ceder espaço. Afinal, eles podem ser cobrados, enquanto a ferramenta nova é gratuita.
Mas não, as transferências bancárias via TED e DOC não vão acabar. E quem garantiu isso foi o próprio Banco Central:
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“Assim como a TED e o DOC, o Pix é um meio de pagamento à disposição da população. Trata-se de uma forma adicional de realizar pagamentos e transferências. Não há intenção do BC em extinguir outros meios de pagamento”.
Ou seja, o Pix não vai extinguir nenhum outro meio de pagamento. Porém, é claro que com um método mais fácil, ágil e gratuito surgindo, a tendência é que ele ganhe cada vez mais a preferência do público.
Sendo assim, a tendência (que já está se concretizando) é que as pessoas passem a usar cada vez mais o Pix e que TED e DOC, bem como outros métodos menos práticos de transação, sejam menos realizados ou até caiam em desuso depois de um tempo.
+ É possível fazer um Pix offline?
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TED e DOC ainda estão entre os 10 meios de pagamentos preferidos
Lançado em novembro de 2020, o PIX é gratuito para pessoas físicas, está disponível 24 horas por dia, sete dias da semana, além de ser instantâneo e não ter limites de valor. Por isso, está cada vez mais perto de ocupar a posição de método de pagamento favorito.
Uma pesquisa da empresa de tecnologia Fiserv, divulgada pela CNN Brasil, mostrou o ranking dos métodos mais utilizados para pagar no país. E o PIX ficou em 2º lugar na lista, sendo apontado como preferência de 22% dos respondentes da pesquisa.
O meio instantâneo de pagamento digital perdeu somente para cartão de crédito e débito (28%). Já o TED e DOC, nos quais os usuários podem ser cobrados por transferências e elas só podem ser feitas em horário comercial, ficou em 7º lugar (5%).
Confira o ranking dos métodos de pagamento preferidos dos brasileiros, segundo a Fiserv:
- Cartão de crédito e débito (28%)
- PIX (22%)
- Carteiras digitais (11%)
- Código de barras (9%)
- Dinheiro em espécie (8%)
- Débito automático (6%)
- TED ou DOC (5%)
- Assinatura (3%)
- Pagamento cadastrado (3%)
- QR Code (2%)
- Aproximação de celular (2%)
- Pagamento por link (1%)

Como ficam os bancos com o aumento das transações gratuitas?
Desde a chegada do PIX, um ponto discutido é qual será o impacto financeiro dessas transações para os bancos. Afinal, eles também lucram com as taxas cobradas para realização de transferências como TED e DOC.
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, em declaração ao Valor Econômico, explicou que essa é uma nova ferramenta que vai coexistir com outras.
Portanto, assim como o cheque não desapareceu totalmente com o surgimento de outras tecnologias de pagamento, TED e DOC também não deverão.
Além disso, ele afirmou que 60% das contas já têm isenção para realizar esse tipo de transferência, fora que uma parte significativa da parcela restante também não paga essas taxas por causa de pacotes de serviços, tempo de relacionamento com o banco e outros fatores.
Sidney destacou que a chegada dos pagamentos digitais instantâneos é um passo histórico, levando a uma nova era na indústria de meios de pagamentos. E isso traz diversos benefícios para a economia brasileira.
Para começar, se instala uma nova lógica para atividades comerciais, diminui-se os custos de transação, reduz-se o custo com manejo do dinheiro físico — que é de quase R$10 bilhões por ano — e aumenta-se a liquidez.
Ou seja, o PIX veio para ficar e tende a ganhar um espaço cada vez maior na cultura de pagamentos dos brasileiros. Mas nem por isso outras ferramentas, como TED e DOC deixarão de existir.
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