O ouro fechou o mês de agosto em alta. É o ativo de maior valorização no mercado financeiro.
O crescimento em relação a julho foi de 17,95%. Portanto, bem acima do segundo colocado, o dólar, que subiu 8,46% no período.
No acumulado do ano, o ouro segue na liderança. A alta foi de 34,13%.
A subida acompanhou o mercado internacional, onde o ativo atingiu a maior cotação desde 2013.
Por que o ouro valorizou tanto?
O ouro teve essa valorização por causa do medo de recessão global. Aliado a isso tem também a guerra comercial e a crise na Argentina.
O crescimento econômico no mundo dá sinais de desaceleração. Contudo, os juros em diferentes países estão em baixas históricas, inclusive no Brasil.
Tudo isso levou grandes investidores ao redor do mundo e no Brasil a tirar seu dinheiro de ações e a colocá-lo em ouro. O investimento mais antigo do mundo.
Portanto, investidores estão em busca de diversificação de ativos para tentar alçar voos mais altos. Principalmente com a queda do rendimento da renda fixa.
O que eles levam em consideração?
O metal precioso é considerado um ativo seguro em tempos de turbulência. Além disso, pode se movimentar em sentido oposto às ações de empresas listadas em bolsas e a títulos de dívida, como títulos públicos.
Portanto, se a bolsa e os títulos caem, o ouro sobe e vice-versa.
Além disso, o ouro não paga juros. A valorização do metal acontece em situações nas quais sua exploração se torna mais difícil.
O preço do metal depende mais de questões como clima e o preço de combustíveis, que influenciam diretamente na extração.
Vale a pena investir em ouro?
No médio prazo, mas no curtíssimo prazo nada muda. Diz o professor Ricardo Teixeira, dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas.
O que favorece quem já tem aplicações em ouro e chegou antes da guinada. Por outro lado, quem não dispõe do ativo e agora está interessado na chance de ganhos rápidos perdeu o timing, diz o professor.
Os interessandos em apostar devem procurar fundos de investimentos lastreados em ouro e COEs atrelados e alavancados no metal.
No entanto, a forma mais acessível de se investir, e com maior liquidez, é adquirir contratos de ouro negociados na B3.
Vale lembrar que quem aplica em ouro tem isenção de Imposto de Renda. Exceto se o ganho da operação ultrapassar 20 mil reais por mês.
Nesse caso, a alíquota sobre o ganho de capital é de 15%.