A partir desta sexta-feira, 22, entra em vigor o reajuste na conta de luz em quatro estados brasileiros. A medida foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça, 19.
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Os reajustes tarifários na conta de energia elétrica serão aplicados em distribuidoras que atendem aos seguintes estados: Ceará, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte.
Dentre os itens que impactaram nessa correção, estão os encargos setoriais, os custos de distribuição e a retirada de financeiros anteriores.
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Apesar do reajuste, o impacto tarifário para o consumidor final é minimizado por conta do fim da cobrança da bandeira tarifária de escassez hídrica. A antecipação do fim da cobrança de taxa extra só foi possível, com o aumento nos reservatórios em março.
Continue lendo este artigo para entender como ficou o reajuste na conta de luz em cada um dos estados e qual é o impacto tarifário para o consumidor final.
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Confira como ficou o reajuste na conta de luz nos estados
Segundo informações veiculadas pela Agência Brasil, o Ceará, a Enel Distribuição é a responsável por cerca de 3,8 milhões das unidades consumidoras de energia do estado. As contas administradas pela empresa sofrem um reajuste de 24,85%, em média.
De acordo com informações da Aneel, o reajuste terá como resultado um efeito tarifário para o consumidor B1 residencial convencional de 0,09%.
Já na Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, Neoenergia Coelba, que atende cerca de 6,3 milhões de unidades consumidoras no estado, o aumento é de 20,73% para o consumidor residencial.
O efeito tarifário para o consumidor B1 residencial convencional, neste caso, fica em -1,58%.
Outro estado que também teve reajuste tarifário anual aprovado pela Aneel foi o Rio Grande do Norte. Por lá, a Neoenergia Cosern é a responsável pela distribuição de energia a 1,5 milhão de unidades consumidoras do estado.
O reajuste é de 19,87% para o consumidor residencial. Já o impacto tarifário para o consumidor B1 residencial convencional fica em -4,11%.
Por fim, em Sergipe, a Energisa Sergipe – Distribuidora de Energia S.A (ESE) aplicará um aumento de 16,46% na tarifa para o consumidor residencial. A empresa é a responsável por cerca de 825 mil unidades consumidoras no estado.
Assim como nas demais localidades, o fim da cobrança da bandeira tarifária de escassez hídrica atenua o reajuste na conta, cujo impacto tarifário para o consumidor B1 residencial convencional é de -6,15%.
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Reservatório da usina de Furnas encerrou março acima de 80% do volume útil
Vale lembrar que dias antes à aprovação, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a antecipação do fim da cobrança extra na conta de luz. Esse adicional é referente à bandeira tarifária de escassez hídrica.
De acordo com o Governo Federal, o fim da cobrança extra representaria uma redução de 20% no valor das contas de luz.
O anúncio foi feito no último dia 6. Na ocasião, o Ministério de Minas e Energia justificou que os reservatórios estão mais cheios que no ano passado. Dessa forma, “o risco de falta de energia foi totalmente afastado”.
De acordo com as informações oficiais do governo, o reservatório da usina de Furnas terminou março acima de 80% do volume útil. Além disso, a operação da hidrovia Tietê-Paraná foi retomada.
Diante desse cenário, o Governo Federal decidiu antecipar o fim da bandeira de escassez hídrica. A taxa, criada em setembro de 2021 — quando o país sofria a pior crise hídrica em 90 anos — , tinha um valor de R$ 14,20, por 100 kWh.
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