
Quem achou que só o Bitcoin passaria por uma atualização, se enganou. O Ethereum também passará por um processo parecido. Batizada de London Fork, a mudança para a criptomoeda promete reduzir taxas e torná-la deflacionária.
No entanto, para que essa mudança entre em vigor, os usuários da moeda precisam entrar em consenso para ver se a mudança segue adiante ou não. Essa consulta à rede de usuários é um passo semelhante ao que acontece com o Bitcoin, que atualmente passa pela mesma situação.
A princípio, a atualização London Fork é vista com bons olhos no mercado financeiro e espera-se que o Ethereum suba até 40% em relação ao Bitcoin, de acordo com analistas. E não para por aí: JP Morgan, famosa entidade do mercado financeiro acredita que essa atualização trará um avanço para a Quarta Revolução Industrial.
A London Fork traz bastante novidade para o mercado de Ethereum, segunda criptomoeda mais valiosa do mercado, entre elas a estabilização de taxas, a limitação da criptomoeda e até uma atualização geral na moeda, a Ethereum 2.0.
Para entender como a London Fork impactará a Ethereum na prática? Continue lendo. Vamos te explicar os principais pontos que vão sofrer com a atualização da criptomoeda.

London Fork e a estabilização de taxas
Antes de mais nada, com a negociação de tokens não-fungíveis (NFT) que usam o blockchain da Ethereum, a criptomoeda passou por uma onda de popularização. Isso fez com que ela se tornasse o principal meio de negociação, vivendo uma forte alta no mercado.
Com isso, as taxas de transação chegaram perto dos US$ 50, mas voltaram a cair para US$4,50, de acordo com o The Block Data Dashboard.
A volatilidade do Ethereum foi vista de forma muito negativa, afinal, essa oscilação é ruim tanto para os mineradores, quanto para os usuários. Já que essa medida afeta quem recebe as taxas e quem paga pelas transações.
Com a London Fork, o blockchain do Ethereum terá um mecanismo que aumenta ou diminui o valor das negociações de acordo com a variação do mercado.
Ethereum limitado
Um dos fatores que fazem com que o Bitcoin seja a criptomoeda mais valorizada do mercado é a sua limitação. Seu criador, o Satoshi Nakamoto, determinou que só existem 21 milhões de bitcoins disponíveis. Após a mineração de todas elas, não haverá mais Bitcoin disponível para mineração. Apenas por compra e venda de quem já possui.
Essa limitação da criptomoeda tem muito a ver com a Lei de Oferta e Procura. Então, quanto mais procura, mais alto o seu valor. Levando em consideração que a moeda possui uma certa “exclusividade“, seu preço de mercado também é afetado.
Nessa atualização, o Ethereum também passará por uma espécie de “queima“ para que a moeda seja deflacionária. Ou seja, seu estoque de criptomoedas também será limitado como o do Bitcoin.
Essa medida envolve a estabilidade do Ethereum e trará outros investidores para o mercado, já que um dos principais receios de investir nesse mercado é a alta volatilidade da moeda.
A expectativa é que alcançando a estabilidade, o Ethereum se torne uma moeda de reserva de valor, assim como o Dólar é hoje.
O que acontece com quem não aceitar a mudança?
Essa é uma dúvida que surge, já que para implementar a mudança, a rede que faz parte do Ethereum precisa aceitar. Então, o que acontece, de fato, com quem não aceita?
Ao lançar uma atualização, é realizada a votação. Quem não aceita a mudança, fica com a parte antiga da criptomoeda. Entretanto, o que acontece é que a moeda sem a atualização acaba por cair em desuso depois de certo tempo.
Isso já aconteceu uma vez com a Ethereum, dividindo em ETH (Ethereum corrente) e a ETC (Ethereum Classic). Nesse caso, a Ethereum Classic caiu em desuso.
Gostou do nosso conteúdo? Confira agora quais os benefícios do Taproot para o Bitcoin.