Como funciona a dinâmica de preço do combustível no Brasil? Entenda!

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Com as altas frequentes no preço do combustível, pode ser interessante para o consumidor entender como funciona essa precificação.

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O cenário da Guerra entre Ucrânia e Rússia e as tensões políticas, econômicas e sociais que surgem como uma explicação para as oscilações no preço do combustível. Mas seria esse o único motivo? Confira abaixo!

Como é o processo de comercialização e de preço do combustível?

Em primeiro lugar, é preciso entender quais são as etapas de comercialização que o combustível passa até chegar em seu consumidor final.

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Assim, de início, esse produto vem de uma produção interna ou do mercado externo, por meio da importação. Em todo caso, o combustível passa pela refinaria. Portanto, é nessa etapa em que o petróleo é processado e gera uma série de derivados que compõem diferentes tipos de combustíveis.

posto de bandeira petrobras
Não é só a Petrobras quem define o preço final do combustível

Após essa parte, o produto é distribuído para os postos e, enfim, o consumidor final cumpre a ciclo de comercialização ao abastecer seu veículo.

Com essas informações em mente, vale dizer que empresas com a Petrobras, por exemplo, não determinam o preço do combustível. Isso porque elas estão responsável por uma das etapas que compõem todo o processo.

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Assim, entende-se que a fórmula para o preço do combustível é baseada na fórmula:

Produção (interna ou externa) + carga tributária + distribuição + etanol anidro (no caso da gasolina) ou biodiesel (no caso do diesel) obrigatório + revenda = preço final do combustível (Fonte: Petrobras)

Dessa forma, a mudança no preço do combustível pode ocorrer por conta da influência dos lucros de quem produz ou de quem importa. Além disso, existem os impostos que incidem no valor, que são: ICMS, PIS/Pasep, Cofins e Cide. Ademais, como vemos na fórmula, também existem custos de distribuição e das vendas nos postos.

Quais são as dinâmicas do preço do combustível?

Além da questão da Ucrânia, existe outro fator que influenciou bastante na alta no preço do petróleo: a retomada das atividades sociais e econômicas.

Por conta da epidemia de Covid-19, presenciamos diversas quedas no preço do barril de petróleo. No final de 2020, o Petróleo Brent apresentava o valor de US$ 51,80. Já o Petróleo WTI (EUA) custava US$ 48,52.

Em março de 2022, após a redução dos casos de Covid-19 e o afrouxamento das medidas sanitárias, vemos o seguinte cenário: o barril do petróleo Brent custando U$ 120,65 e o petróleo WTI sendo comercializado por um valor de U$ 113,90.

Assim, considerando que o petróleo é a matéria-prima desses combustíveis, é possível entender o peso desses valores na quantia final passada para o consumidor.

Agora que entendemos como acontece o processo de comercialização, é possível olhar, de forma mais profunda, para a composição individual da gasolina, do diesel e do etanol.

Gasolina

De acordo com a Lei 8.723, a composição desse combustível é de 73% de gasolina e 27% de etanol anidro. No que se refere ao preço, a maior parte do valor é de impostos, ocupando 44% do valor final. A fatia que fica para a produção é de 29%.

Por outro lado, o etanol anidro custa 15% dessa conta e o lucro das distribuidoras e revendedoras é de 12%.

+ Etanol ou gasolina: saiba qual combustível é mais econômico

Diesel

No caso do diesel, a maior parte do valor fica para o produtor, que leva 47% do preço final. Dessa maneira, 23% fica com a carga tributária e os vendedores e distribuidores ficam com 16%.

No caso do diesel, assim como o da gasolina, ainda há o custo adicional de outro componente: o biodiesel. Atualmente, a adição desse componente ocupa 12% do valor final do preço do combustível.

Etanol

O etanol é o que mais sobre com a volatilidade dos preços. Isso porque a sua matéria-prima é um produto agrícola, então fica sujeito às dinâmicas desse tipo de mercado.

Um exemplo disso são os períodos de entressafra, por exemplo, em que a disponibilidade da matéria-prima costuma reduzir e, consequentemente, o preço aumenta.

Outrossim, o preço do etanol é regulado pelo preço do petróleo, que é uma referência. Então, se o preço do petróleo aumenta, o etanol também sofre esse impacto mesmo que não esteja ligado ao produto.

Por outro lado, vale dizer também que diferente da gasolina e do diesel, no etanol só incide as taxas do PIS, Cofins e ICMS. Contudo, a legislação brasileira determina que o valor cobrado no preço desse combustível não pode ser maior que 9,25% do valor médio de venda varejo nos últimos 12 meses.

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