Pesquisa mostra que compras parceladas podem ser cilada

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Mulher sorridente ao lado de pacotes de compras, segurando um cartão de crédito e celular
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Compras parceladas no cartão de crédito podem comprometer o orçamento doméstico. De acordo com pesquisa feita pelo aplicativo Guiabolso, um terço das pessoas tinha mais de 51% da renda comprometida com as parcelas.

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O levantamento foi feito este ano com 278 mil usuários do app. Cerca de 20% deles tinham, ao menos, uma parcela para pagar no mês.

Essa é mesma porcentagem de pessoas que teriam parte do orçamento comprometido também nos próximos meses para pagar as compras parceladas.

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Há um dado ainda mais representativo. Para 17% dos consumidores as prestações apenas terminariam após mais de 50 meses.

Ou seja, durante todo esse período, a pessoa teria que reservar parte da renda para cobrir as despesas com o cartão.

Compras parcelas podem tornar a renda mensal comprometida
Compras parceladas podem tornar a renda mensal comprometida

Os motivos para tal cenário podem ser muitos. Por exemplo, a falta de dinheiro em espécie ou na conta corrente para pagamento no débito.

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Por mais que traga a sensação de bem-estar momentâneo, comprar parcelado no cartão de crédito nem sempre é a melhor opção.

É necessário pensar se terá condições de arcar com todas as parcelas e o quanto isso pesará no seu orçamento.

Caso não consiga pagar as parcelas, os juros do cartão de crédito são altos. A situação pode virar uma bola de neve.

Compras como reflexo comportamental

Há uma falsa impressão de que as compras parceladas sempre cabem na renda mensal. Isso somente por oferecerem prestações com menor valor do que o produto em si.

É uma questão comportamental. Ao analisar o valor das parcelas mensais, os indivíduos acham que o orçamento é elástico e capaz de cumprir com mais essa despesa.

O valor abaixo do esperado chama a atenção. Você pode não ter R$1.000 para comprar um produto à vista, mas pagar R$100 por mês parece uma opção mais palpável e que cabe no bolso.

As aparências, porém, enganam. É preciso entender que o parcelamento significa dívidas nos próximos meses.

Por outro lado, é difícil encontrar alguém que nunca tenha parcelado uma compra.

Em geral, as pessoas com alguma compra parcelada demoram até cinco meses para quitar as prestações.

Para empréstimos e financiamentos, o tempo quase dobra. São 11 e 12 meses, respectivamente, em média.

Compras parceladas: orçamento comprometido

Nos dados levantados pelo aplicativo Guiabolso, 16,72% dos entrevistados tinha a totalidade do orçamento comprometido com as compras parceladas.

Já na pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cerca de 82 milhões de brasileiros estão com o orçamento comprometido para o pagamento de compras a prazo.

Nessas situações, uma alternativa para liquidar os valores pode ser a busca por fontes extras de renda.

Como por exemplo, se tornar um freelancer, motorista de aplicativo, vender suas roupas pouco usadas.

O que não faltam são opções para conseguir uma graninha extra.

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Conhecimento prévio da situação

Ainda de acordo com a CNDL e o SPC Brasil, 13% dos entrevistados não acham necessário realizar qualquer análise. Ou avaliar o contexto antes de contratar um serviço de crédito.

Entre os consumidores que têm esse cuidado prévio, 35% acreditam ser importante o conhecimento sobre a própria verba.

Para, assim, ter certeza que será possível viabilizar o pagamento das prestações.

Já 35% dos consumidores procuram se informar a respeito dos juros e 28% demonstram preocupação com o valor de todas as tarifas cobradas.

Ao fechar uma compra parcelada, 39% dos indivíduos preferem o menor número de prestações.

Enquanto 34% optam sempre pela maior quantidade de parcelas, se não houver a cobrança de juros.

O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, definiu que os instrumentos de crédito podem ser aliados ao consumidor.

A problemática está na falta de uma educação financeira para o uso.

“O crédito permite às pessoas ampliarem seu poder de compra adquirindo produtos que levariam anos para serem comprados à vista. O problema é que se ele for utilizado sem responsabilidade e planejamento, essa dívida pode ser nociva para a vida financeira do consumidor”, afirmou Vignoli ao portal R7.

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