O que esperar da economia brasileira em 2023?

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montagem de metade de uma moeda em cima do mapa do Brasil
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A projeção da economia brasileira para 2023 não é animadora e teve uma queda. A baixa foi de 0,79% para 0,76%, segundo o mais recente boletim Focus.

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Esta é uma pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) que projeta os principais indicadores econômicos.

Veja, a seguir, como era projetada a economia brasileira em 2023 antes da virada do ano.

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É importante dizer que a previsão para 2023 ficou acima do teto da meta de inflação, que será de 3,25%. O indicador foi definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), havendo intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Dessa forma, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Além disso, o mercado também já trabalha com a projeção da inflacão para 2024, novamente acima da meta prevista. O intervalo de tolerância será de 1,5 ponto percentual.

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Economia brasileira x PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é sempre um quesito importante a ser avaliado e monitorado, pois o seu desempenho sempre deixa a desejar.

De acordo com o BC, para 2024 a expectativa é de crescimento de 1,5%, o que vem se mantendo por mais de cinco semanas consecutivas. Já para os anos seguintes, em 2025 e 2023, o mercado já imagina uma expansão do PIB em 1,85% e 2%, respectivamente.

Recentemente, o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), Marcel Balassian, fez uma comparação entre as projeções do mercado e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e constatou que o tombo da economia brasileira tem sidop grande em todos os casos.

“O Brasil, assim como a maior parte do mundo, sofrerá uma forte redução da atividade econômica neste ano, em função da crise do coronavírus e seus impactos na economia. Somado á isso, o Brasil é um dos países do mundo cuja moeda mais se desvalorizou”, ressalta Marcel Balassiano.

Inflação da economia brasileira deve regularizar a partir de 2024

A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2020 subiu de 4,35% para 4,39%. Para 2021, ficou acima da meta, de 4%, mas o valor ainda sim seguia dentro da margem de de 1,5 ponto porcentual.

Essa meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic

No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano. Para 2023, seguiu em 6%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.

Ainda de acordo com o Banco Central, a inflação deve voltar a ficar dentro da meta a partir de 2024. Será quando vai se situar em 3%. Para 2025, é esperada para ficar em 2,8%. O CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA nesses dois anos (2024 e 2025).

moedas em cima de uma nota de vinte reais
Economia brasileira depende das metas de inflação e de uma baixa da Selic para avançar em patamar positivo.

Vale lembrar que, pela quarta vez consecutiva, o Copom mantece a taxa Selic a 13,75% ao ano.

A Selic é quem influencia todo o mercado, dos preços até a rentabilidade dos investimentos. Ela serve como parâmetro e regulação em vários aspectos, guiando a economia brasileira.

Como a cotação do dólar deve ficar em 2021?

Outro índice importante para a economia brasileira é a cotação do dólar. A moeda norte-americana que chegou aos R$5,97, em 2020, deve ter uma queda na sua cotação em 2023, novamente.

Para o fim de 2023, a expectativa subiu de R$5,27 para R$5,28, mas mesmo assim se mantém inferior aos anos anteriores. Já para 2024, a projeção foi de R$5,26 para R$5,30.

Apesar da tendência de queda, o cenário ainda é bastante nebuloso, externa e internamente.

Afinal, a insegurança fiscal no Brasil é grande. Isso impede que o real tenha uma valorização mais forte, mesmo diante das boas notícias que a vacina contra o coronavírus traz consigo.

Economia Brasileira em 2023 pode ter juros mais altos

Os investidores, economistas e empresários terão muitos trabalho para lidar com as taxas de juros. Isso porque, pensando em alcançar a meta da inflação, o Banco Central usa a taxa básica (Selic) como principal referência.

Com a Selic a 13,75% após mais uma reunião do Copom, sendo o maior patamar desde janeiro de 2017, as projeções estão bem acima.

Por este motivo, o Banco Central prevê que os juros devem ficar neste patamar, elevados, por mais tempo do que oprevisto. Isso porque a inflação deve ficar acima da meta em 2023 e em 2024.

Além disso, não está descartada a chance de novas elevações nessas metas e projeções, principalmente enquanto a Selic se mantiver neste patamar.

A boa notícia é que o mercado financeiro prevê uma queda gradativa da taxa básica de juros (Selic), que deve ir para 12,75% ao ano até o final de 2023, podendo chegar a:

  • 10% ao ano até o final de 2024; e
  • 9% ao ano até o final de 2025.

*Este artigo contém informações da Agência Brasil

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