
Muitos aplicadores em busca de diversificar sua carteira estão recorrendo para investir no agronegócio. E essa é uma ótima alternativa para quem tem interesse por esse setor da economia.
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O agronegócio foi um dos poucos a passar pela pandemia do novo coronavírus sem nenhum tipo de abalo em sua conjuntura. Tanto é que muitos economistas têm chamado de “ciclo vicioso” e, por isso, existem cada vez mais opções de investimentos relacionados ao agronegócio aqui no país.
De acordo com dados da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil, o país já é o segundo maior exportador do agronegócio global, o que faz do setor um dos propulsores da economia nacional.
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Além disso, essa indústria tem se aliado a causas. Por isso, está criando metas e compromissos ligados à redução das emissões de gases de efeito estufa. Ela também deixa de produzir em terras provenientes de desmatamento.
Essa é uma tentativa de despertar o interesse de investidores atentos às práticas de proteção ambiental, social e de governança corporativa (ESG) dessas companhias brasileiras.
Crescimento do investimento no agro
Conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a quantidade de emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio, investimento conhecido pela sigla CRA, avançou quase 40% nos 12 meses de 2021. Cerca de 8,73 bilhões de reais.
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Para se ter uma ideia, no mesmo período do ano passado, a emissão de CRAs chegou a apenas R$6,65 milhões.
Um dos possíveis aumentos nesse tipo de investimento é que o CRA é isento de declaração no imposto de renda para pessoas físicas. O que fez com que esse título caísse na popularidade dos investidores.
Ainda assim, investir em agronegócio está sendo uma ótima opção para quem deseja diversificar. E isso vai além dos títulos. As opções também avançaram na Bolsa, nas emissões internacionais e em fundos com ativos só de empresas do agro.
Só em 2021, três Ofertas Iniciais de Ações (IPO) e uma oferta subsequente na B3, superaram R$2 bilhões em ações absorvidas pelos investidores.
Considerando esses dados e a elevada busca dos investidores pelos ativos, não se descarta a possibilidade da criação de novos fundos só com papéis do setor.
Fundos de investimento voltados para o agronegócio
Desde o dia 1º de agosto deste ano, o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) passou a ser uma modalidade isenta de Imposto de Renda liberada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
E, de acordo com analistas desse mercado, o Fiagro tem potencial de se tornar tão relevante quanto outros fundos de investimento isentos de imposto. Entre eles temos os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), que já somam mais de R$123 bilhões em patrimônio líquido.
Ou seja, o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) é uma das muitas opções para quem deseja investir no agronegócio.
No entanto, vale lembrar que o investidor está cada vez mais exigente e não é qualquer título ou papel do setor que será absorvido pelo mercado. É necessário que esse mercado se adapte e mostre sua diferença e as medidas que estão tomando para conter o avanço das mudanças climáticas.

Opção sustentável para investir no agronegócio
Neste ano, a 051 Capital irá lançar um fundo imobiliário agrícola voltado para investidores que procurar a diversificação de seu portfólio de investimentos com foco em empresas sustentáveis.
A gestora irá comprar propriedades rurais em áreas com grande potencial de valorização. Principalmente no oeste da Bahia e Tocantins, além de Mato Grosso, Minas Gerais e Piauí e irá arrendá-las.
O objetivo do fundo é gerar uma renda anual ao investidor através da receita de arrendamento de propriedades, com valorização real do preço da soja e das áreas agrícolas, além de funcionar como um hedge cambial, uma vez que o preço da commodity está atrelado à variação do dólar.
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