Cada vez mais aumenta o número de brasileiros que sonham em fazer um mestrado no exterior. Todos em busca de uma melhor qualificação para a disputa de uma oportunidade no cada vez mais competitivo mercado de trabalho.
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Há, ainda, a oportunidade de ganhar fluência em um idioma estrangeiro. Outro fator que aumenta muito as chances de conseguir uma vaga no mercado de trabalho no Brasil.
Contudo, estes não são os únicos motivos. As empresas entendem que o funcionário que já teve a vivência em um outro país, tendo que se adaptar a uma cultura diferente, terá, com certeza, uma maior resiliência.
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Ou seja, uma maior capacidade de resolução de conflitos e uma visão de mundo ampliada.
No entanto, além de ganhar reconhecimento profissional, fazer um mestrado no exterior, em alguns casos, abre as portas para quem deseja permanecer no exterior.
Assim, muitas vezes o mestrado é a porta de entrada para um trabalho qualificado em terras estrangeiras.
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Onde fazer?
Você ainda não sabe em qual país estudar? Procure de acordo com sua formação e foque na sua carreira. Não adianta fazer um mestrado no exterior se ele não trouxer bons frutos para a sua vida profissional.
Países como a Noruega, Alemanha, Finlândia e Luxemburgo são ótimas opções para quem procura por um mestrado na área de negócios.
Na maioria desses lugares você encontrará universidades que oferecem bolsas e/ou valores baixíssimos de mensalidades.
Nos Estados Unidos, as oportunidades são abrangentes e podem incluir desde cursos focados nas ciências humanas até exatas.
Atenção a um ponto: nem sempre as universidades famosas e conhecidas por filmes e séries são as que trarão o curso perfeito. Por isso, pesquise!
O Ranking Mundial das Universidades e da Empregabilidade aponta as universidades que mais garantem empregos no mundo.
Segundo a pesquisa, as instituições que oferecem as melhores condições de empregabilidade estão em países como Estados Unidos, Japão, China e Alemanha, entre outros.
O que avaliar?
O curso de mestrado no exterior dura 2 ou 3 anos. É um tempo considerável a ser passado fora do Brasil.
Portanto, além do valor do próprio mestrado, outros pontos devem ser observados com atenção.
Por isso, a escolha do país e da universidade deve ser muito bem feita. Ela deve envolver toda a noção do custo de vida que você terá.
Confira, por exemplo, se você terá acomodações dentro da própria universidade ou se será preciso alugar um quarto ou alojamento fora.
Se este for o caso, é importante calcular o transporte necessário e quanto ele custa.
Avalie também se as refeições podem ser feitas dentro da instituição e quais delas são oferecidas. Caso tenha de se alimentar fora, há gastos com mercado e restaurantes.
Ainda que seu principal objetivo nesta experiência seja mesmo estudar, é claro que você fará passeios e conhecerá pontos turísticos.
Quem sabe, terá a oportunidade de ir para outras cidades, participar de cursos extracurriculares e visitar estabelecimentos famosos.
Todas essas possibilidades podem ser pagas, então seja precavido. Use a internet para pesquisar muito e verifique cada item que o seu programa de estudos disponibiliza dentro de seu valor total.
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+ Faculdade no exterior: quanto custa para estudar fora
Universidades públicas ou privadas?
Você pode cursar mestrado no exterior em universidades públicas ou privadas. Contudo, nos Estados Unidos, por exemplo, ambas são pagas.
A diferença é apenas o valor. As instituições públicas são, obviamente, mais baratas.
Contudo, seja qual for a escolha, existem formas de diminuir os gastos e torná-los mais acessíveis à sua realidade.
Inscrever-se para bolsas de estudo é a principal delas, mas você pode pesquisar a respeito de financiamentos, bolsas parciais e descontos especiais para alunos internacionais.
Verifique também a carga horária determinada por sua grade curricular e se informe sobre seus direitos e sobre as leis do país em que você estudará para saber se você pode trabalhar.
Caso isso seja permitido, esta é uma forma de conseguir se manter ou até mesmo guardar dinheiro para o retorno ao Brasil.
Não faça nada por conta própria e não burle questões legais ou regras da própria instituição de ensino. Do contrário, as consequências são sérias e todo o plano de estudo pode ser perdido.
Mestrado na Europa
Os cursos na Europa se iniciam em setembro ou outubro, com raras exceções de opções em abril. A duração dos mestrados é, em geral, de dois anos, mas são módulos independentes.
Em alguns países, os brasileiros conseguem entrar diretamente no segundo ano. Em muitas instituições não há limites de vagas: elas aceitam quem estiver de acordo com os requisitos do curso.
Portanto, é comum haver turmas com mais de 200 alunos.
Nas faculdades públicas, o valor costuma ser subsidiado, mesmo para estrangeiros, o que torna o estudo mais barato do que um semelhante nos Estados Unidos.
Estar na Europa atrai ainda aqueles que gostam de viajar, pois é barato, rápido e sem burocracias viajar pelo continente todo.
Quem deseja ir ao Velho Continente se especializar precisa se preparar com antecedência média de seis meses a um ano, recomendam consultores da área.
Além de ter o passaporte em dia, com validade excedendo o período da estadia, será necessário organizar documentos:
- diploma e histórico com traduções juramentadas (ou com Apostila de Haia, um tipo de reconhecimento em cartório exigido por Portugal);
- cartas de recomendação;
- carta de motivação;
- certificados de língua estrangeira;
- seguro saúde.
E nos Estados Unidos?
Algumas das universidades de maior prestígio do mundo estão nos Estados Unidos. Lá, a lista inclui Harvard, Yale e Purdue.
Lembre-se que os vistos para estudante são necessários e devem ser atualizados no momento de chegada. Descubra se é obrigado a ter um visa F-1 ou um visto M-1.
Isso depende do curso específico de estudo. A embaixada dos EUA é o melhor ponto de contato para obter essa informação.
Geralmente, há também informações no site da escola que explicam os detalhes sobre vistos para estudantes.
O ano letivo nos EUA normalmente começa no outono, no final de agosto, mas alguns semestres podem começar mais cedo.
Alguns anos acadêmicos são divididos em dois semestres, alguns em quatro quartos, e alguns em três trimestres.
É importante para os alunos que vão aos EUA terem tudo preparado antes das datas de início das aulas. Por isso, é indicado consultar junto à faculdade onde pretende matricular-se o calendário escolar e horários correspondentes.
No entanto, antes de se empolgar de fazer o mestrado no exterior, a primeira coisa que você deve fazer é aprender inglês. Além de tirar uma boa nota no TOEFL, prova de proficiência da língua.
China também é uma opção
O país asiático também é uma opção para quem deseja fazer mestrado no exterior. As recentes reformas do governo e os investimentos colocaram três escolas chinesas no top 200 do Ranking Acadêmico de Universidades Mundiais (ARWU).
São elas: Universidade de Pequim, Shanghai Jiao Tong University e Universidade de Zhejiang. A boa notícia é que o custo de um mestrado lá é muito menor do que na Europa, nos Estados Unidos e até mesmo na maioria dos países asiáticos.
A China tem programas de mestrado em disciplinas de engenharia, ciência, economia e administração de empresas.
Bem como programas exclusivos em áreas como a língua chinesa e artes marciais.
Embora alguns programas exijam proficiência em chinês, muitos programas são oferecidos em inglês.
Veja as opções de bolsas de estudo
Para ajudar os estudantes a bancar os custos de um mestrado no exterior, o governo brasileiro e algumas instituições privadas oferecem bolsas de estudo.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) são duas opções.
Também existem programas que dispõem de bolsas para o estudante se manter no país.
Conheça algumas delas:
– Fundação Lemann: bolsas específicas para grandes universidades americanas para alunos do MIT, Yale e Harvard, entre outras;
– Fundação Fullbright: para alunos interessados em fazer uma pós-graduação nos Estados Unidos, a Fullbright oferece bolsas durante o ano todo;
– Erasmus Mundus: programa financiado pela União Europeia, oferece bolsas de mestrado e doutorado em diferentes universidades do continente.
Além disso, há diversos eventos destinados aos candidatos a mestrado. Neles, os interessados podem tirar dúvidas e também se candidatar para receber bolsas.
Validação do diploma
Um detalhe importante, independentemente do mestrado no exterior que você faça, é não deixar de reconhecer a validade do diploma, por meio de apostilamento.
Caso não faça isso, você corre o risco de ter um certificado inválido no Brasil.
Certifique-se, junto a sua instituição de ensino, onde as autoridades que assinam seu diploma têm firma reconhecida e o apostile nesse mesmo local.
E aí, o guia para um mestrado no exterior te ajudou? Deixe o seu comentário com um feedback e, se possível, conte como foi a sua experiência depois.