
Falem bem ou falem mal, mas fato é que o NFT está na boca do povo. O seu conceito um tanto abstrato, aliado aos preços exorbitantes, fazem com que esse tipo de produto digital tenha uma gama de dúvidas a serem esgotadas. A principal delas: por que é tão caro?
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Os principais veículos de informação noticiaram amplamente a nova aquisição de Justin Bieber. A “imagem de macaco”, adquirida pelo cantor, custou cerca de R$6,9 milhões e faz parte da coleção Bored Ape Yatch Club.
Outro famoso entusiasta dos NFT’s é Neymar, que adquiriu um exemplar da mesma coleção pela bagatela de R$6 milhões.
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E como não lembrar da polêmica compra do primeiro tweet do mundo? O milionário Sina Estavi, CEO da Bridge Oracle, comprou o post de Jack Dorsey, fundador da rede social, por cerca de R$15 milhões.
A partir disso, é possível notar que além da atenção, o NFT está concentrando bastante valor. Nesse artigo, o FinanceOne te ajuda a entender o que é, de fato, esse ativo e quais são as variáveis que impactam a sua valorização.
O que é NFT?
Para início de conversa, é necessário entender o que, de fato, é um NFT. Trata-se de um non-fungible (token não fungível, em tradução livre). Foi criado a partir da tecnologia de blockchain e opera como uma identidade digital para determinado produto.
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Sendo assim, esse ativo garante uma questão bastante importante para os seus compradores: exclusividade. Ou seja, assim como uma obra de arte, o NFT consiste em um produto digital que é único, protegido por um certificado virtual que legitima a propriedade.
Uma dúvida bastante comum que surge ao nos depararmos com esse conceito é sobre a reprodução do NFT. Pensemos nos casos das imagens compradas por Justin Bieber e Neymar. Um simples ‘print’ pode torná-la pública – assim como todos que tiveram contato com o assunto viram a foto.
Mas é o mesmo caso de uma pintura ou escultura. Por exemplo, existe o famoso quadro da Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci. Podem existir diversas réplicas, completamente fidedignas ao original, mas só existe uma Mona Lisa – e que pertence exclusivamente ao governo da França.
Logo, entende-se que apesar de todos poderem ter acesso ao conteúdo de um NFT, apenas uma pessoa (ou um conjunto de pessoas) detém a propriedade. Essa característica permite que comecemos a entender o que, de fato, há de especial nesse ativo.
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NFT: por que tão caros?
Certamente, a coisa que mais chama atenção quando falamos sobre NFT são os altos preços que esses produtos agregam.
Antes de tudo, vale a pena ressaltar que existem NFT’s que não custam grandes fortunas. A sacada, nesse caso, é encontrar projetos iniciais e comprar um exemplar antes que ele valorize.
Porém, voltando à questão inicial, por que algo que não é físico custa tão caro? Para responder essa pergunta, é preciso olhar para três frentes: a exclusividade, o benefício e a valorização do ativo.
Exclusividade
Como já foi dito acima, o NFT é um produto exclusivo, que detém um proprietário – seja ele uma pessoa ou um grupo. Sua reprodução pode acontecer, mas relembre do exemplo das artes: a original possui um dono específico.
Inclusive, algumas empresas já estão se movimentando para adquirir obras renomadas e transformá-las em NFT. Assim, ao invés de comprar um quadro para decorar a sua fala, você teria um produto digital com um certificado em seu nome.
Benefícios
Talvez, à primeira vista, o exemplo da pintura se transformando em NFT não pareça tão entusiasmante. Mas costuma existir uma segunda aquisição quando se compra um ativo desse tipo: uma série de benefícios relacionados àquele produto.
Um dos benefícios do Bored Ape Yatch Club, por exemplo, é o The Bathroom. Nesse caso, os holders (detentores dos exemplares) podem pintar um pixel a cada quinze minutos em uma parede de um banheiro virtual.
A intenção desses benefícios é estimular que os colecionadores continuem interessados no projeto.
Valorização
Esse é o ponto que mais explica os altos preços – ou, pelo menos, apresenta uma justificativa mais animadora.
Imagina comprar um produto por um preço e vendê-lo, tempos depois, por três vezes o valor da compra? Isso acontece muito nas plataformas de ações, por exemplo. Ou até mesmo em negociações mais corriqueiras.
Com o NFT não é diferente, muita gente acredita que haverá uma crescente valorização desse ativo. Essa alternativa não é infundada, veja o caso do Bitcoin (BTC), por exemplo.
Há alguns anos, esse ativo era quase uma piada no mundo dos investimentos e agora notamos altas impressionantes e lucros invejáveis para quem resolver dar uma chance para essa criptomoeda.
Porém, como todo investimento, é preciso ser cuidadosamente analisado. O NFT apresenta alto risco e não é recomendado para investidores com perfis mais conservadores.
E aí, gostou de aprender um pouco mais sobre NFT? Veja também como funcionam os fundos de NFT.