Nas últimas semanas não se fala em outra coisa: a possível invasão da Ucrânia pela Rússia tomou as manchetes das páginas de política e economia em todo o mundo. Até parece que eventos como o calote da empresa chinesa de construção, Evergrande, com seus credores e até mesmo novas variantes do coronavírus nem existem mais ou jamais aconteceram.
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Desde a criação do Bitcoin em 2009, tivemos diversas guerras acontecendo em paralelo, porém até o momento as guerras não chegavam a assustar os investidores, pois se concentravam em territórios de menor interesse e envolvimento global político-econômico.
A invasão da Ucrânia pela Rússia traria à tona a primeira grande guerra envolvendo diversos agentes internacionais e grandes economias. Além disso, o território ucraniano se encontra na Europa, continente que já sofreu duas grandes guerras na história recente e teme de fato uma nova guerra que envolva o continente.
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O premiê britânico Boris Johnson afirmou nesta semana que a invasão Russa à Ucrânia de fato seria a pior guerra que podemos enfrentar desde 1945, data em que a segunda guerra mundial teve seu fim.
Mas e o Bitcoin com tudo isso?
Uma possível guerra gera um sentimento forte de incerteza no mundo e principalmente no mercado financeiro. Incerteza no mercado normalmente faz os investidores saírem correndo de ativos de risco, e correrem para ativos seguros.
Essa história já vimos algumas vezes, mais recentemente com o início da pandemia de Covid-19, quando o preço do Bitcoin caiu de 9.000 para 5.000 dólares com a fuga dos investidores para ativos de menor risco e depois subiu novamente para 32.000 dólares ao final de 2020.
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No curto prazo, uma certeza: o Bitcoin vai sofrer. Não importa qual seja o risco global, o histórico mostra que em tempos de incerteza o preço da moeda cai drasticamente.
Ao acalmar dos ânimos, o preço volta a subir e em muitos casos os investidores entendem que cada vez que o ativo cai por conta de decisões geopolíticas, mais o ativo deveria ganhar valor ao invés de perder.
Ainda não é certo que a guerra acontecerá e qual será a duração dela. Muitos analistas estavam prevendo o Bitcoin a 100.000 dólares ao fim de 2021, não aconteceu, eu acredito que também não acontecerá até o fim de 2022, especialmente se o mundo tiver que lidar com esta guerra.
Esse é um bom momento para o investidor não fazer nada! Esta é a parte mais difícil de ser investidor, no meio do caos, manter a calma, pois qualquer movimento sem um raciocínio mais apurado e dando “tempo ao tempo” tende a ser equivocado.
Eu neste momento estou assistindo do camarote, vendo a banda e os foliões passarem.
+ Guerra da Ucrânia: veja investimentos para ficar de olho
Conheça Renato Carvalho, colunista do FinanceOne
Com vasto conhecimento sobre o mercado de moedas digitais, Renato Carvalho é colunista do FinanceOne. Semanalmente, ele traz informações importantes sobre criptomoedas. Fique de olho!
Renato é administrador com experiência como executivo do setor de educação internacional e empresas de consultoria empresarial e auditoria “BIG 4”.
Investidor de renda variável desde sua adolescência, produz conteúdo de educação financeira, mostrando o que faz com o seu próprio dinheiro “skin in the game”. Especialista em criptoativos e negócios disruptivos.
É Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Université Libre de Bruxelles (Bélgica) e mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
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