
Se você já é um investidor ou se está estudando sobre o assunto para começar a investir, provavelmente ouviu falar sobre a Taxa DI. Essa taxa é um dos indicadores mais importantes para quem investe.
Por isso, é muito importante entender como ela funciona, o que representa e, claro, como usar a Taxa DI. A primeira informação que você precisa saber é: a taxa é vinculada à Selic!
Vamos saber mais sobre a Taxa DI? Boa leitura!
O que é Taxa DI?
A Taxa DI é uma das taxas de juros praticadas para os empréstimos entre instituições financeiras. Esse empréstimo acontece porque os bancos emprestam dinheiro entre si, pois há o Acordo de Basiléia, o qual foi criado para evitar que os bancos “quebrem”.
No Acordo está previsto que as instituições financeiras não podem fechar as atividades diárias com saldo negativo e, para que esse equilíbrio aconteça, há um balanceamento entre aqueles que possuem verba excedente e aqueles que estão negativos.
A taxa DI provém do que conhecemos como Certificado de Depósito Interbancário (CDI) justamente por ser praticada entre os bancos.
Por acompanhar a Selic, a Taxa DI é um dos principais indicadores do mercado. Ela também é chamada apenas de CDI, como já ficou conhecida.
+ CDB ou CDI: saiba qual é a diferença entre eles
+ CDI 2022: confira o guia completo sobre a taxa e seus rendimentos
Como a taxa DI é calculada?
Como falamos acima, no Brasil há um acordo para que os bancos não terminem o dia com o caixa negativo. Essa é uma medida de segurança definida pelo Banco Central.
Por isso, todos os dias, bancos que ficam com o caixa negativo podem recorrer ao mercado interbancário para fazer empréstimos com os bancos com sobra de caixa.
Com isso, a taxa é calculada diariamente pela B3 – empresa de infraestrutura de mercado que surgiu a partir da integração entre Cetip e BM&BOVESPA.
Por estrar atrelada à Selic, naturalmente o DI acaba ficando próximo da Selic. Isto é, a referência de cobrança de juros entre os bancos acaba sendo parecida com a Taxa Selic.
No site da B3 é possível não só consultar a taxa DI no dia, mas também verificar a mínima, a máxima e também comparar com a taxa Selic.
Qual a relação da DI com a taxa Selic?
Os índices da taxa DI, de modo geral, seguem próximos aos da Selic. Isso porque, como já destacamos, a taxa DI é a média dos juros cobrados pelos bancos nos depósitos interfinanceiros; e essas transações acompanham a Selic.
Por isso, muitos investimentos de renda fixa acabam tendo um rendimento menor quando a Selic está baixa.
Além disso, se DI estiver muito abaixo da Selic, os depósitos interfinanceiros não funcionam. Isso acontece porque os bancos podem acabar preferindo emprestar o dinheiro para o governo e, consequentemente, causando um desequilíbro no sistema financeiro.
Em contrapartida, se a taxa DI estiver acima da Selic, a rentabilidade dos títulos compensados a ele ficarão altas. Desse modo, também não é interessante para as instituições financeiras.

Como a Taxa DI pode afetar os investidores?
É bom lembrarmos que a DI não é interessante somente para os bancos. Isso porque ela também tem importância para quem investe em renda fixa. Ademais, até os fundos de investimento podem entrar nessa!
Entre as opções do mercado financeiro, os títulos privados de renda fixa geralmente remuneram um percentual da taxa CDI quando são pós-fixados. Além disso, muitos tipos de fundos procuram acompanhar ou superar esse indicador.
O rendimento no caso dos investimentos de renda fixa é dado em porcentagem. Então, uma LCI que paga 90% do CDI tem como rentabilidade o percentual designado da taxa DI diária. Se um CDB render 105% do CDI, é sinal que ele rende um valor maior que o próprio CDI.
Agora que você já sabe sobre a Taxa DI, que tal continuar nos acompanhando para receber conteúdos sobre investimentos? Assine a nossa newsletter para receber primeiro os conteúdos!