
Desde o último domingo, 27, muito se fala sobre o Swift, sistema financeiro que expulsou bancos da Rússia. Enquanto o país trava uma guerra contra sua vizinha, Ucrânia, essa é uma das principais sanções que sofreu até o momento.
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O G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, anunciou que aliados ocidentais decidiram cortar esses bancos do Swift, que é o sistema mundial de comunicação interbancária.
Até a tarde desta quinta-feira, 3, um total de sete bancos foram excluídos do sistema e a União Europeia já considera excluir também as instituições financeiras de Belarus, país que vem apoiando as invasões russas.
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O que é Swift?
O Swift nada mais é que a Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais. Trata-se de um sistema de comunicação que permite pagamentos e transferências entre empresas de diferentes países.
Na prática, é um sistema de mensagens em tempo real que permite que os bancos e as empresas informem uns aos outros sobre essas transações. Ou seja, é como se fosse um consórcio que permite padronizar as informações financeiras entre os países.
O Swift foi criado por americanos e europeus em 1973 e é sediado na Bélgica. Ele reúne 11 mil instituições financeiras em mais de 200 países. Só em 2021, mais de 42 milhões de mensagens foram trocadas por dia.
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O objetivo é garantir que os usuários em todo o mundo se comuniquem de forma rápida e segura. Como disse o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, “Swift é a arma nuclear financeira.”
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Bancos Russos foram excluídos do Swift
Os sete bancos desconectados do sistema financeiro internacional terão sua capacidade de operar globalmente prejudicada. Por isso o Swift é uma arma poderosa nessa guerra.
A sanção ao país foi anunciada no domingo, 27, por meio de uma declaração publicada pela presidência da França. O comunicado, no entanto, não especificou quais bancos russos foram afetados pela decisão.
Além disso, uma força-tarefa transatlântica também será criada para coordenar as sanções contra a Rússia.
Em comunicado, a Casa Branca disse que a medida “garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudiquem sua capacidade de operar globalmente”.
Ou seja, essas instituições financeiras russas fora do Swift terão que negociar diretamente com o parceiro comercial. Para importar carne do Brasil, por exemplo, o país precisará realizar cada transação financeira de maneira individual.
Além disso,os pagamentos também deverão ser feitos individualmente a cada banco. Isso dificulta e atrasa as transações comerciais.

Quais são as consequências da exclusão dos bancos russos?
Como mencionado acima, as transações comerciais da Rússia serão dificultadas. Mas um dos pontos principais é que o país é um grande exportador de petróleo e gás natural para a União Europeia.
Portanto, muitos países que dependem desse fornecimento serão impactados.
Além disso, o impedimento das transações é uma via de mão dupla. Ou seja, as empresas de outros países também ficam impedidas de fazer negócios com as instituições da Rússia, afetando o sistema financeiro global.
Foi por isso que alguns países relutaram em cortar o acesso da Rússia ao Swift, preocupados sobre como os pagamentos das importações de energia russa seriam feitos e se os credores da União Europeia seriam pagos.
O governo alemão, por exemplo, disse que a expulsão terá um enorme impacto nas transações para a Alemanha e para empresas alemãs na Rússia.
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