O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou durante o evento Rio Innovation Week a criação da Rio Crypto. A moeda digital é o primeiro passo para o município se tornar um hub nacional no mercado de moedas digitais.
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Paes que incentivar a criação de ativos e moedas digitais que podem ajudar a impulsionar a economia e finança de cidades como o Rio de Janeiro, que busca ampliar sua inovação e mercado financeiro.
Uma das ideias do governante é aplicar 1% do Tesouro em criptomoedas e dar desconto para IPTU pago em Bitcoin. “Vamos estudar o arcabouço jurídico para que a gente possa fazer isso”, afirmou o secretário Pedro Paulo, da Fazenda, em entrevista ao jornal O Globo.
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A estratégia é semelhante à de Miami, nos Estados Unidos. A cidade adotou iniciativas semelhantes para atrair empresas do Vale do Silício para sua cidade.
O atual prefeito local, Francis Suarez, entusiasta do bitcoin, criou a MiamiCoin e reduziu impostos para fomentar a inovação na região.
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Rio Crypto, Porto Maravalley e incentivos fiscais para fintechs
Além da criação da Rio Crypto, Paes também citou durante o evento, o Portomara Valley, área do Porto Maravilha que tem isenção fiscal para empresas do segmento tech.
Para isso, assinou um decreto que cria um Grupo de Trabalho para propor ações relacionadas ao desenvolvimento deste mercado com o objetivo de impulsionar a economia carioca no universo cripto.
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O Grupo de Trabalho será coordenado pela Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação.
Maricá já se destacam no setor
Quem acha que a Rio Crypto é uma novidade no estado do Rio de Janeiro, não conhece as iniciativas de Maricá.
No início do ano, a cidade, que fica próximo a Niterói, passou a oferecer um regime de tributação com taxas reduzidas para empresas ligadas a criptomoedas vinculadas a projetos sustentáveis e também para gestoras de fundos verdes.
Na prática, o novo regime diminui para 2% a alíquota dos impostos pagos por empresas que prestem serviços na área, como plataformas digitais de operações.
Incluindo ativos ambientais, fintechs, startups prestadoras desses serviços. Além de atividades de administração e gestão de fundos que se enquadrem nessa área de atuação.
Embora não seja citada diretamente na proposta, a medida deve estimular o uso da Mumbuca, uma espécie criptomoeda local distribuída para moradores de baixa renda da cidade.
A Mumbuca circula na região desde 2013 e é aceita na grande maioria dos comércios locais, como mercados e farmácias.
Países estudam a implementação de suas próprias moedas digitais
O Rio de Janeiro deseja entrar em uma seleta lista com a criação da Rio Crypto. Afinal, diversos países ao redor do mundo já trabalham para criar seu ativo digital. Os EUA, por exemplo, tem trabalhado ativamente em conjunto com outros bancos para lançar o dólar digital.
Com o planejamento, o objetivo é que cada americano tenha sua própria conta digital no FED podendo realizar transações por meio do sistema do banco.
A União Europeia também quer ir pelo mesmo caminho. Todos os países que utilizam o Euro poderão ter acesso à sua versão digital daqui uns anos. O Banco Central Europeu tem desenvolvido estudos e testes para adoção do Euro Digital e a previsão é que em 2021 estes ensaios sejam mais frequentes.
Desde 2016, a China planeja implementar sua própria moeda digital. O país possui grande interesse em lançar uma versão digital do yuan e por isso a potência está mais à frente neste projeto do que os EUA.
Mesmo com poucas informações detalhadas a respeito do cronograma de lançamento, a China poderá ter sua moeda mais cedo do que esperado, podendo ser utilizada oficialmente durante as Olímpiadas de Inverno, em 2022.
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