O aumento da Selic, que é a taxa básica de juros da economia, afeta uma série de investimentos e operações do mercado. E uma delas são os financiamentos imobiliários.
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A elevação da taxa básica de juros foi anunciada no último dia 8 de dezembro pelo Banco Central. Ela foi de 7,75% para 9,25% ao ano.
O grande impacto de uma alta tão significativa está no cálculo da Taxa Referencial (TR) e é isso que vai trazer impactos para os financiamentos.
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Até o cálculo do rendimento da poupança volta para a regra antiga a correção do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também é afetado.
Mas quer saber como ficam os financiamentos imobiliários? Então continue lendo este artigo!
Por que o aumento da Selic afeta os financiamentos imobiliários?
O aumento da Selic altera o cálculo da Taxa Referencial (TR), que é a taxa usada como indexador para:
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- a correção das aplicações da caderneta de poupança
- as prestações dos empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação
- o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Essa TR é calculada pelo Banco Central a partir dos juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN), que variam seguindo a Selic.
No caso do FGTS, por exemplo, a correção do saldo é a TR mais 3%. E nos empréstimos para a compra da casa própria (financiamentos imobiliários) a taxa corrige as prestações.
Por isso, tanto o aumento quanto a diminuição da Selic (e da Taxa Referencial) afeta esse tipo de crédito. E deve ser levado em consideração para quem deseja recorrer a esse meio de obtenção da casa própria.
Com a Selic em alta, mesmo havendo redução dos preços dos imóveis, os reajustes nos valores dos financiamentos acontecem.
Mas será que esse aumento da Selic vai impactar demais nos financiamentos imobiliários? Para alguns especialistas, não.
É que explica o diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional de Executivos (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira:
“A TR não vai subir para um patamar que inviabilize o pagamento das prestações do financiamento imobiliário, porque estará em um percentual baixo.”
Qual será a Taxa Referencial agora?
E qual será esse percentual? Qual será o valor da Taxa Referencial agora, depois de um bom tempo estando zerada?
Ainda segundo o diretor Executivo da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a estimativa é que a TR fique em torno de 0,05%.
Para se ter um parâmetro, ele lembrou, em reportagem da Agência Brasil, que quando a Selic estava em 9,25% ao ano em julho de 2017, a TR chegou a 0,0623%.
No entanto, isso é apenas uma estimativa. Só será possível conhecer a nova taxa quando o Banco Central divulgar o cálculo mensal da TR referente a dezembro.
Aumento da Selic levou a taxa ao maior patamar desde 2017
A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe um novo aumento da Selic significativo. Passando de 7,75% para 9,25% ano, é o maior patamar desde 2017.
Além disso, esse é o sétimo aumento consecutivo do ano. Mas a alta de 1,5 ponto percentual seguiu o que era esperado pelo mercado financeiro.
O próprio Banco Central já havia informado que o aumento da taxa Selic seria inevitável nesta última reunião. E que o reajuste seria da mesma magnitude que o anterior.
Em 2022 esse aumento deve continuar. A previsão do mercado é que a taxa continue subindo nos próximos meses, podendo chegar a 11,25% em dezembro do próximo ano.
Para quem investe, isso pode significar lucros mais altos. Mas no cenário geral da economia, o aumento da Selic é negativo e representa um aumento da inflação.
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