Taxa Selic chega ao maior patamar desde 2017: 9,25%; entenda

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Moedas empilhadas em cima de um gráfico
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A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe um novo aumento da taxa Selic.  O novo percentual passou 7,75% de para 9,25% ano, vale ressaltar ainda que este é o sétimo aumento consecutivo.

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Essa alta representa 1,5 ponto percentual e seguiu o que era esperado pelo mercado financeiro. Vale ressaltar ainda que este já é o maior patamar alcançado pela taxa Selic desde 2017, quando a taxa chegou a 10,25% ao ano. O que faz um pouco mais de quatro anos.

Além disso, o próprio Banco Central já havia informado que o aumento da taxa Selic seria inevitável nesta última reunião. E que o reajuste seria da mesma magnitude que o anterior.

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E se você está esperando que em 2022 a Selic volte a recuar, as notícias não são nada animadoras. Isso porque a previsão do mercado é que a taxa continue subindo nos próximos meses, podendo chegar a 11,25% em dezembro de 2022.

Inflação segue influenciando a alta da taxa Selic

O que tem levado o Copom a realizar aumentos constantes na Selic é o objetivo de tentar frear a inflação que não para de subir no Brasil. O Comitê ressalta que, no cenário básico, permanecem fatores de riscos em ambas as direções. 

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O Copom ainda afirmou que por mais que ocorra uma possível reversão ainda que ela seja parcial do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico.

Porém, as medidas das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionam a demanda agregada podem piorar a trajetória fiscal. E como consequência isso pode elevar os prêmios de risco no Brasil.

Gráfico de inflação
Elevação da taxa Selic é uma tentativa de frear a inflação do Brasil

E mesmo com o bom desempenho positivo das contas públicas, o Comitê ainda avaliou que os questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. 

Vale ressaltar ainda que a decisão do Copom foi unânime em elevar a taxa Selic para 9,25% ao ano.

243ª reunião da Copom levou em consideração o cenário básico

Além da inflação, o Copom levou em consideração outros fatores do cenário básico, tendo como observação os seguintes pontos: 

  • No cenário externo, o ambiente se tornou menos favorável. Alguns bancos centrais das principais economias expressaram claramente a necessidade de cautela frente à maior persistência da inflação, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para economias emergentes. Além disso, a possibilidade de nova onda da Covid-19 durante o inverno e o aparecimento da variante Ômicron adicionam incerteza quanto ao ritmo de recuperação nas economias centrais;
  • Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores divulgados desde a última reunião mostram novamente uma evolução moderadamente abaixo da esperada;
  • A inflação ao consumidor continua elevada. A alta dos preços foi acima da esperada, tanto nos componentes mais voláteis como também nos itens associados à inflação subjacente;
  • As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação;
  • As expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 10,2%, 5,0% e 3,5%, respectivamente; e
  • No cenário básico, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio partindo de USD/BRL 5,65*, e evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC), as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 10,2% para 2021, 4,7% para 2022 e 3,2% para 2023. Esse cenário supõe uma trajetória de juros que se eleva para 9,25% a.a. neste ano e para 11,75% a.a. durante 2022, terminando o ano em 11,25%, e reduz-se para 8,00% a.a. em 2023. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 16,7% para 2021, 3,8% para 2022 e 5,2% para 2023. Adotam-se bandeiras tarifárias “escassez hídrica” em dezembro de 2021 e a hipótese de bandeira tarifária “vermelha patamar 2” em dezembro de 2022 e dezembro de 2023.

Copom prevê uma alta da mesma magnitude para a Taxa Selic em 2022

A próxima reunião acontece em fevereiro de 2022, mas o Comitê já comunicou que o próximo reajuste da Taxa Selic deverá ter a mesma magnitude deste, de 1,5 ponto percentual. 

De acordo com o anúncio, os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados. Isso pode acontecer para assegurar a convergência da inflação.

Você já esperava esse novo aumento ou tinha esperança de uma queda? Deixe o seu comentário aqui embaixo e não se esqueça de compartilhar o conteúdo com outras pessoas!

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