
Já parou para pensar sobre como a dívida pública afeta seus investimentos? Em junho, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu significativamente e ultrapassou a barreira de R$5,3 trilhões.
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De acordo com números divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira, 28, a DPF passou de R$5,171 em maio para R$5,329 trilhões em junho. Ou seja, uma alta de 3,07%.
E a previsão é que ela continuará subindo nos próximos meses. A nova versão do Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentada no fim de junho, aponta que o estoque da dívida deve encerrar 2021 entre R$5,5 trilhões e R$5,8 trilhões.
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Mas como isso impacta nas taxas de juros das aplicações financeiras? Como os investidores podem usar esse conhecimento para se prevenir e não perder ou deixar de ganhar dinheiro? É o que explicaremos a seguir!
Antes de qualquer coisa, vale lembrar que dívida pública basicamente é a dívida que o governo contrai para financiar as despesas que não consegue pagar somente com o dinheiro arrecadado dos impostos e outras fontes de receita.
E para entender o que acontece com os investimentos quando a DPF está alta, precisamos entender também como isso afeta a economia do país e o bolso dos brasileiros.
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Como a dívida pública impacta a economia?
Para começar a entender como a DPF afeta a economia e, portanto, os investimentos, podemos começar a partir de um raciocínio simples: se um país está muito endividado ou demonstra fragilidade fiscal, o resto do mundo tende a identificá-lo como um mau pagador.
É algo semelhante ao que acontece quando alguém vai solicitar crédito, mas está inadimplente, por exemplo. Ou quando uma pessoa com fama de caloteira tenta pedir dinheiro a um amigo.
Por que alguém emprestaria dinheiro para quem não tem um bom histórico de pagar?
Da mesma forma, se um país está com a dívida pública muito elevada, o mercado exterior não terá uma aceitação tão grande acerca dos papéis que está emitindo. E, com isso, o dólar inevitavelmente vai subir.
O resultado é que os produtos importados inflacionam (como o arroz, por exemplo), impactando diretamente no bolso dos brasileiros.

Como a dívida pública afeta os investimentos?
Basicamente, se a inflação sobe, o Banco Central precisa subir a Taxa Selic para controlar a alta dos preços. Afinal ela é a taxa básica de juros da economia e o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação.
Com a Selic subindo, aumenta não só a dificuldade do governo de pegar dinheiro emprestado e se financiar, mas também a dificuldade para pessoas e empresas emprestarem dinheiro.
E esse cenário, assim como quase tudo que acontece na economia, vai levando a outras. Se a curva de juros piora, os investidores que têm títulos do tesouro pré-fixados ou atrelados à inflação veem seus papéis se desvalorizarem.
A dívida pública também reflete no preço das ações, que recuam em situações como essa. Afinal, o valor presente das empresas na Bolsa é uma antecipação dos fluxos de caixa futuros dela.
Então se a curva de juros piora, o custo de capital dessas empresas cresce e isso faz diminuir o seu valor futuro ajustado ao presente.
Para os investidores o que é importante saber é: onde pode ser mais vantajoso aplicar o dinheiro nesses momentos em que a dívida pública está alta. Veja as dicas:
1 Faça investimentos pós-fixados
2 Compre títulos com um prazo médio
3 Comece a olhar para o mercado externo, invista em moedas e papéis estrangeiros
Algumas possíveis opções de investimentos para proteger o capital são os Fundos cambiais, Minicontratos de dólar futuro, Ativos em bolsa (ETFs), por exemplo.
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