
A maior vantagem de investir no exterior é a valorização de outras moedas comparadas ao Real. Essas aplicações costumam ser estáveis, mas depende do país de origem.
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Uma boa parte dos países que recebem investidores brasileiros é reconhecida pelo incentivo fiscal ou por políticas de suporte ao capital – que protege o capital contra a inflação e o câmbio.
Até pouco tempo atrás, investir no exterior era coisa para poucos. Ou era uma opção restrita aos mais endinheirados, que podiam arcar com os custos de abrir uma conta em outro país ou uma alternativa para guardar os rendimentos de negócios suspeitos.
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Por que investir no exterior?
Um dos principais motivos para se investir no exterior é a possibilidade de diversificação. Isso ajuda a diminuir o risco do portfólio, uma vez que o investidor terá menos ativos atrelados ao Brasil e recursos aplicados em economias mais estáveis, como EUA, Japão e países europeus.
Além disso, tem a alta possibilidade de ganhos com a valorização os rendimentos em dólar ou outra moeda com valor de mercado superior ao do Brasil, por exemplo.
Também vale citar a variedade de ativos disponíveis no exterior, como ações, ativos imobiliários, fundos de gestão ativa ou passiva e até mesmo fundos de renda fixa internacional.
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A Bolsa de Valores brasileira, por exemplo, a B3 tem negociação de ações de cerca de 1% das existentes no mercado global, com pouco mais de 300 empresas. Já as bolsas norte-americanas reúnem ações de mais de cinco mil empresas.
Como investir no exterior?
Investir no exterior é uma opção para conseguir bons rendimentos. Para isso, a primeira coisa a se fazer é abrir conta em uma corretora de valores internacional.
Nesta etapa é necessário prestar atenção na documentação que é exigida pela corretora para abertura da conta. Geralmente, são exigidos, entre outros documentos, o passaporte e um documento que comprove a sua residência.
Nos Estados Unidos, a quantidade de documentos solicitados pode ser maior. Uma vez que a legislação é bastante rigorosa e as corretoras buscam informações que lhe ajudem a entender o perfil dos seus investidores.
Após a entrega de toda documentação e havendo aprovação, a sua conta é aberta e você recebe um contrato de abertura da conta.
O que você deve levar em consideração na hora de investir no exterior?
Antes de você investir no exterior, precisa entender que existem alguns quesitos que devem ser levados em consideração. É claro que hoje em dia, é muito mais fácil de se aplicar em investimentos lá de fora, mas ainda assim é necessário fazer algumas avaliações.
A primeira delas é que você precisa fazer um estudo sobre o mercado financeiro e de investimentos do exterior. Até porque ele não funciona como o do Brasil e, pode sim ter diferenças.

Outro ponto a ser avaliado são os custos envolvidos com esse tipo de investimento, já que você poderá ter que arcar com algumas taxas. Lembre-se de também avaliar quanto você estaria disposto em aplicar no exterior.
Além disso, o que poucas pessoas sabem é que é necessário registrar todas as transações que são realizadas no exterior. Isso porque você também deverá informar todos os investimentos realizados ao declarar o seu Imposto de Renda.
Por isso, uma dica é buscar por aplicações que sejam isentas do IR.
Cuidados ao investir fora do Brasil
Assim como você deve ter certos cuidados ao investir no Brasil, também é necessário ter cautela ao investir no exterior.
O primeiro ponto diz respeito à liquidez desses investimentos. Como o seu dinheiro estará no exterior, não será tão rápido e prático resgatá-lo em caso de uma emergência.
Por isso, o recomendado é que seja destinado ao exterior aquele dinheiro que você tem menos chances de precisar em uma emergência. Caso contrário, você pode acabar com dívidas pela falta de liquidez.
O segundo cuidado está no momento da remessa do dinheiro ao exterior. Você precisa se certificar de que o seu banco ou a sua casa de câmbio está informando corretamente à Receita Federal do Brasil que aquele dinheiro é destinado a investimento em ações.
Por fim, você deve fazer corretamente a declaração dos investimentos no exterior no seu Imposto de Renda.
+ Investir no exterior vale a pena? Entenda os riscos e como fazer
Especialista dá dicas de como investir no exterior
O diretor de estratégia da Remessa Online, Alexandre Liuzzi, ressalta que o primeiro passo para investir no exterior é descobrir seu perfil de investidor. Depois pesquisar corretoras no país do investimento e depois abrir uma conta na selecionada.
Para isso, Liuzzi destaca que é necessário ter atenção aos termos, taxas e os pacotes de corretagem da instituição na qual depositará seus recursos financeiros para não ser pego de surpresa com cobranças.
Após essa análise, o especialista afirma que é preciso conhecer os tipos de investimento. De acordo com ele, após saber qual é o seu perfil de investidor, você pode selecionar o investimento mais adequado.
Onde investir no exterior?
1 – ETFs
Os ETFs (Exchange Traded Funds) são uma forma prática de investir no mercado de capitais.
Nesse tipo de aplicação, basta comprar um ETF de um determinado índice como o BOVA11, IBrX-100 e IBrX-50. Isso permite a criação de uma carteira diversificada e rentável.
2 – Fundos de investimento
Os fundos de investimento podem ser comparados com a dinâmica de um condomínio. Eles reúnem os recursos de diversos investidores para que eles sejam aplicados no mercado financeiro.
A soma investida forma o patrimônio do fundo, que é aplicado por um profissional ou instituição especializada.
Contudo, as decisões sobre a forma como os recursos serão aplicados devem seguir políticas e objetivos previamente definidos pelos investidores do fundo.
Todos os ganhos obtidos são divididos entre os participantes de maneira proporcional ao valor depositado por cada integrante.
“Nesta modalidade, com poucos recursos é possível aplicar em ativos de grandes empresas que não seriam possíveis caso fosse um único investidor, por conta de seu valor”, frisa Alexandre Liuzzi.
3 – BDR
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) nada mais são do que certificados de ações emitidos por empresas estrangeiras, mas negociadas na B3 no Brasil.
Ao investir em um BDR, você adquire apenas os títulos representativos e não a ação em si. Os títulos ficam depositados e bloqueados por um custodiante.
4 – COE
Os COE’s ou Certificados de Operações Estruturadas são uma forma de investimento que tem características da renda fixa e da variável. Além disso, esse tipo de aplicação envolve o pagamento de juros e derivativos.
Esses certificados são considerados uma boa opção para quem deseja investir no exterior. Especialmente por causa da sua flexibilidade, que permite combinações de diversos tipos como índices de ações, ouro e moedas de vários países.
5 – Imóveis
Comprar imóveis em outro país é uma forma tradicional de investir no exterior com segurança. Existem três principais formas de fazer esse tipo de investimento:
- compra direta de imóveis,
- REITs (Real Estate Investment Trust),
- compra de ações de construtoras.
Opções para investir no exterior não faltam
Podemos perceber que há excelentes opções para aqueles investidores que desejam ter uma exposição internacional em sua carteira, de forma simples e sem precisar tirar o dinheiro do Brasil.
As modalidades de investimentos no exterior possuem características bastante diversas entre si, por isso, antes de decidir, estude e pesquise as opções e fique atento a que melhor atende sua necessidade.
Além disso, fique alerta aos riscos, custos e ao retorno esperado do investimento.
Gostou do artigo? Descubra como abrir conta no exterior morando no Brasil? Descubra!
Colaboração: Letícia de Jesus e Juliana Favorito