Crise no Afeganistão pode afetar economia brasileira? Confira!

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Bandeira do Afeganistão, país em crise
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Desde o dia 15 de agosto, quando Cabul, a capital do país foi invadida pelo Talibã, instaurou-se uma crise no Afeganistão. Essa foi uma retomada de poder do grupo, que governou o país de 1996 a 2001.

Como resultado a invasão, países ocidentais como os Estados Unidos aceleraram a saída de funcionários e cidadãos do Afeganistão, além de o próprio presidente, Ashraf Ghani, também deixou o país.

Essas notícias viraram uma rotina para quem acompanha os noticiários. Por isso, é comum que surja o questionamento sobre como a crise no Afeganistão afeta ou afetaria a economia do Brasil.

No entanto, faz-se necessário compreender um pouco mais sobre a geopolítica e sobre o que vem de fato ocorrendo no país. Para compreender melhor o assunto, continue a leitura deste artigo!

homens armados com a bandeira do Talibã ao fundo
O Afeganistão é um país localizado no centro da Ásia, que recentemente voltou a ser ocupado pelo regime Talibã

Como surgiu o Talibã?

O Talibã surgiu juntamente com a guerra civil que ocorreu após a retirada da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), antigo bloco político composto por países localizados entre o leste da Europa e a Ásia, de seu território.

Dentro do contexto da Guerra Fria, onde os Estados Unidos e a União Soviética, as duas maiores potências do mundo eram inimigas numa competição por avanço tecnológico.

Existem especulações de que a origem do nome Talibã seria o fato de muitos de seus membros serem estudantes de madrassas (escolas religiosas) afegãs e paquistanesas.

Inicialmente, o Talibã era apenas mais um entre centenas de grupos que lutavam nessa guerra civil que eclodiu após a retirada da União Soviética de seu território.

Ao final dessa saída da URSS, o fundador do Talibã afegão, ficou desapontado por a lei islâmica não ter sido instaurada em seu país. Por isso, ele reuniu 50 estudantes que juraram livrar o Afeganistão de senhores da guerra e criminosos.

O movimento surgiu com a premissa de restaurar a ordem, a paz e a segurança no país assolado pela guerra. Esse grupo cresceu de forma rápida, com apoio dos serviços de inteligência do Paquistão, e começou a tomar cidades e províncias.

Inicialmente o grupo era popular entre a população, por combater os senhores da guerra, reabrir rotas de comércio e por proibir práticas tribais difundidas no interior do Afeganistão.

Por fim, em 1996, os talibãs ocuparam a capital Cabul e derrubaram o governo. Também executaram brutalmente um ex-presidente do país que governou com apoio soviético. E, dois anos mais tarde, em 1998, o Talibã já tinha controle de 90% do Afeganistão.

O regime foi cessado em 2001, após uma expulsão realizada pelos Estados Unidos depois dos ataques de 11 de setembro do mesmo ano.

A crise do Afeganistão afeta a economia brasileira?

Logo após essa introdução histórica, é possível perceber que a crise do Afeganistão não afetará a economia brasileira. Isso porque, o Brasil quase não possui relações comerciais com o país.

Além disso, o país também não possui relações de grande impacto que afetem países que possuam relações comerciais com o Brasil.

De acordo com o professor Leonardo Paz, do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional (NPII) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os efeitos da crise no Afeganistão serão quase que imperceptíveis.

Em momentos de instabilidade política, também é comum que surja um fluxo migratório de pessoas que buscam por abrigo ou por refúgio, como ocorreu há alguns anos com a Guerra da Síria.

Ainda assim, segundo o especialista, se isso acontecer, o Brasil terá um fluxo migratório muito pequeno. Afinal, o Brasil não é um país que não está no “roteiro” de refugiados dessa região. É mais comum que essas pessoas busquem abrigo em países da Europa.

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