Em cinco anos, o número de brasileiros inadimplentes passou de 59,3 milhões, em janeiro de 2018, para 70,1 milhões, em janeiro de 2023, um recorde na série histórica. É o que mostra estudo inédito da Serasa Experian.
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Não só a inadimplência cresceu, como o valor das dívidas também. Em média, cada inadimplente deve R$4.612,30. Em janeiro de 2018, era R$3.926,40. Houve um crescimento de 19% no período.
Ainda segundo o estudo, o perfil dos inadimplentes é composto por pessoas entre 26 e 40 anos, que representam 34,8% dos endividados. As mulheres estão com mais dívidas a pagar em relação aos homens. Entre elas, a alta foi de 18% no valor das dívidas; e entre eles, 16%. As dívidas que mais subiram foram as financeiras, com elevação de 71%.
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Cartão de crédito é o primeiro na lista das dívidas
Entre as modalidades de dívidas das famílias brasileiras, os dados mostram que o cartão de crédito ocupa o primeiro lugar.
Ele foi apontado por 28,9% das famílias endividadas, seguido por contas básicas como luz, água e gás com 22,1% e setor financeiro com 13,8%.
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Além disso, o tempo de comprometimento com as dívidas ficou em 6,9 meses. Enquanto a parcela da renda comprometida com as dívidas ficou na média dos 29,8%.
Um dos fatores que pode ter acarretado o aumento da inadimplência é o alto número de brasileiros que seguem desempregados, sendo no total 10,1 milhões de pessoas.
Outros motivos de aumento no número de endividados
Segundo a Serasa, a inflação e os juros altos são os fatores que também impulsionaram o aumento da inadimplência no país no período analisado.
As contas de telefone, TV por assinatura e internet concentraram o maior número de dívidas. Em seguida, outro motivo de aumento no número de endividados no Brasil são as dívidas bancárias.
Quando uma pessoa fica negativada, ela passa a ter restrições no CPF para realizar compras, fazer empréstimos e financiamentos, por exemplo.
Brasileiros poupam pouco
Dados apurados também pelo SPC Brasil e pela CNDL apontam os consumidores brasileiros poupam pouco. A dificuldade para poupar é considerada baixa até mesmo entre os brasileiros de renda mais elevada.
Considerando os consumidores que possuem rendimentos compatíveis às classes A e B, pouco mais de um terço (36%) conseguiu guardar dinheiro no mês de fevereiro. Nas classes C, D e E, o percentual de poupadores foi ainda menor, de apenas 11%.
Quando indagados sobre o motivo de não terem poupado, 42% justificam ter uma baixa renda. Segundo eles, o que dificulta ter sobras nos rendimentos.
Os que admitem ter perdido o controle do orçamento com gastos excessivos em fevereiro somam 11% da amostra.
Como conseguir economizar dinheiro?
Todo mundo sabe que economizar dinheiro não é uma tarefa fácil, principalmente para quem ganha pouco. Para quem estiver endividado, até mesmo pensar em guardar uma parcela do salário se torna uma tarefa desafiadora que deve ser superada.
Mesmo que sua renda não possua muitos dígitos, é possível economizar. No entanto, para conseguir cumprir essa tarefa, é preciso saber fazer escolhas e tomar algumas atitudes.
Controle das despesas
O primeiro passo é saber exatamente para onde vai o dinheiro. Some todas as suas contas.
Reveja seus hábitos
Após conhecer seus gastos e ganhos, o próximo passo é ver onde você pode diminuir ou cortar despesas. Muitas vezes, mudar alguns costumes diários já ajuda a reduzir os gastos do mês.
Use aplicativo de gestão financeira
A tecnologia pode te ajudar nesse controle. Saber as entradas e saídas de dinheiro é o meio mais fácil de saber quais são os seus maiores gastos e evitar despesas desnecessárias.
Crie metas
Conseguiu cortar todos os gastos desnecessários possíveis e imagináveis? É o momento de estabelecer metas de gastos referentes a cada uma das categorias de despesas.
Você pode definir, por exemplo, que vai usar metade da renda líquida, isto é, seu salário menos os descontos, para gastos essenciais, tais como:
- água
- luz
- moradia
- alimentação
Reserve um valor todo mês
Veja uma quantidade acessível para guardar e reserve esse valor logo que receber o seu salário. O ideal seria poupar entre 10 e 15% da sua renda líquida. Mas você pode começar com menos que isso e ir aumentando à medida que sua situação financeira for melhorando.
Conseguiu guardar um pouco do seu dinheiro? Então comece a pesquisar em que lugar você pode aplicá-lo! Existem diversos tipos de investimentos. Saiba aqui como começar a investir no mercado financeiro.
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