Renegociar as dívidas é o primeiro passo para terminar este ano com o nome limpo. O endividamento das famílias bateu recorde em 2022, quase 78% dos lares ficaram no vermelho, e mais do que nunca é necessário alterar essa realidade.
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O dado é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), levantamento anual divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O principal vilão do endividamento, de acordo com a entidade, é o cartão de crédito, responsável por 86,6% das dívidas. Em seguida, estão os carnês (19%) e os financiamentos de carros (10,4%).
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Por que negociar a sua dívida
O quanto antes as dívidas forem negociadas, melhor. Isso porque existem algumas consequências para quem mantém as cobranças em aberto.
A primeira delas é a negativação do CPF, o que acarreta em restrições de crédito junto às instituições financeiras, impossibilidade de ter acesso ao crédito e realizar compras parceladas.
Além disso, o orçamento familiar terá um desequilíbrio financeiro. Afinal, será necessário passar a gastar grande parte da renda no pagamento de juros, enquanto a dívida só aumenta.
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Quando isso acontece, fica impossível investir para aumentar o patrimônio e realizar os sonhos. E quanto mais o tempo passa, maiores ficam os valores devidos.
Como fazer a renegociação de dívidas?
Para iniciar o processo de renegociação de dívidas é necessário entrar em contato com o credor e fazer a solicitação.
Normalmente, os próprios credores procuram quem deve e oferecem propostas de renegociação dos valores. Você pode aproveitar essa oportunidade para regularizar sua situação, se estiver preparado.
Alguns bancos e instituições financeiras também oferecem a opção de fazer a renegociação online.
Essas empresas simulam as melhores condições de pagamento do débito e evitam que você tenha que se deslocar até uma agência pessoalmente.
Um exemplo desse tipo de empresa é a Acordo Certo, que possibilita a negociação de dívidas com até 99% de desconto e pagamento em 24 vezes.
Como conseguir o melhor acordo?
Ao se preparar para renegociar dívidas com seus credores, você poderá seguir três passos básicos que te ajudarão a garantir o melhor acordo:
1 – Saiba mais sobre suas dívidas
Sem saber exatamente o valor total de suas dívidas, você não conseguirá colocar um fim nesses débitos.
Por isso, junte todas as suas declarações mensais dos credores e faça uma lista de quem você deve e quanto custará para quitar as cobranças.
2 – Planeje fazer uma proposta realista
De nada adianta sair da renegociação de dívidas com um acordo que você, de novo, não poderá cumprir.
Portanto, faça seu planejamento financeiro e entenda quanto poderá destinar ao pagamento da dívida para fazer uma proposta realista.
3 – Não se deixe levar pelas emoções
Na hora de negociar seu refinanciamento de dívida é preciso atenção. Não assine nada no calor do momento e leve o contrato para ler com calma em casa.
Uma boa dica é pedir para que algum amigo advogado leia tudo antes que você assine.
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Como obter descontos com a renegociação?
Além da vontade do devedor em quitar sua dívida, está em jogo também o interesse do credor em receber o dinheiro.
Para quem detém o direito de receber, a pior perspectiva é sempre aquela em que o devedor não consegue pagar e arrasta a dívida por tempo indefinido.
Essa pode até lhe parecer uma situação incomum, mas uma boa forma de obter bons descontos é apresentando sua própria proposta à empresa.
É preciso expor de maneira clara quais são suas condições financeiras atuais e quanto pode pagar. É possível até mesmo retirar completamente os juros e obter bons prazos de pagamento.
Contudo, não pense que o credor aceitará qualquer oferta. Ela precisa ser realista. Afinal, quem vai receber o dinheiro também não quer sair prejudicado da situação.
Outros bancos podem oferecer condições melhores
Você pode não saber, mas é possível fazer a portabilidade da sua dívida para outro banco. Ao encontrar melhores condições, você pode pressionar o banco a aceitar a sua proposta.
Mesmo assim a instuição bancária não aceitou a sua proposta? Considere levar a sua dívida para outra.
Vale lembrar que nesses casos, a maioria dos bancos não exige a abertura de uma conta corrente.
Os clientes superendividados contam com ajuda de instituições como Núcleos de Superendividamento do Procon. Esse auxílio é oferecido de forma gratuita.
No entanto, os consumidores que não se encaixam no perfil, podem precisar da ajuda de um advogado para concluir o seu acordo.
Feirões também são uma boa alternativa
Existem alguns mutirões que servem unicamente para renegociar dívidas com o banco. Vale lembrar que esse tipo de evento não possui cronograma fixo, e nem todas as instituições financeiras participam dele.
Em uma tentativa de receber pagamentos através de volume ao invés de negociações, os bancos oferecem condições melhores que as padrões.
Contudo, é importante se preparar para não ir com muita sede ao pote, visto que o acordo também pode ser desfavorável nessas situações.
Possuir mais de uma dívida é bastante comum. Entretanto, o grande problema do brasileiro não é ser muito endividado, mas sim, mal endividado.
Na hora de decidir qual dívida pagar primeiro, priorize as que possuem juros mais altos, como é o caso do rotativo do cartão de crédito e o cheque especial.
Essas dívidas tendem a se tornar uma “bola de neve”. Afinal, o valor que você tem que pagar só irá aumentar.
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*Colaboração: Tamires Silva.