Se você já viajou para fora do Brasil ou fez uma compra internacional, é provável que entenda o básico sobre as variações cambiais que uma moeda sofre em relação a outra. Dito isso, quando voltamos as atenções para os tipos de investimento disponíveis no mercado, o fundo cambial segue a mesma lógica.
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Em tempos de dólar alto, proteger as reservas por meio de um investimento seguro é o desejo de muitos investidores. Por isso, os fundos cambiais se destacam como uma alternativa interessante para quem deseja fugir das oscilações de moedas fortes.
Procurando uma boa opção de investimento para diversificar a carteira? Então, acompanhe o texto a seguir e saiba como funciona um fundo cambial, suas principais características e como investir nesses ativos.
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O que são fundos cambiais?
O fundo cambial é um tipo de investimento que se baseia em ativos atrelados a moedas estrangeiras para rentabilizar mensalmente. Para que seja considerado cambial, o fundo precisa ser formado por 80% de ativos como dólar, euro ou real. Os outros 20% podem ser aplicados em fundos de renda fixa ou títulos.
Sendo um fundo de investimento, o modelo cambial também exige a captação de recursos, que é feita por aplicação coletiva, ou seja, quando diversos investidores colocam o seu capital no serviço financeiro. O fundo cambial é gerido por instituições financeiras e é composto de acordo com a escolha do gestor responsável.
Antes de investir, você deve avaliar o seu perfil de investidor para decidir se a opção é mesmo condizente com as suas características como investidor. Isso porque o fundo cambial é mais recomendado para perfis moderados e arrojados, já que segue a variação monetária de moedas estrangeiras.
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Como funciona o fundo cambial
Ao investir em fundo cambial, os cotistas podem fazer aplicações constantes, além de saques a qualquer momento – ou seja, é um fundo aberto. Para isso, é preciso aumentar ou diminuir a emissão de cotas.
A tributação desses fundos varia conforme o prazo médio dos ativos que o compõem: até 22,5% para prazo de até 180 dias e 15% quando ultrapassar 720 dias. Vale destacar, ainda, que todos os fundos cambiais estão sujeitos ao come-cotas – uma antecipação semestral do Imposto de Renda.
Quem pode investir em fundo cambial?
Esse tipo de investimento é indicado principalmente para quem deseja proteger seus recursos contra flutuações fortes – como acontece com o dólar. Ou seja, é uma boa estratégia para brasileiros que queiram se aproveitar das fortes variações positivas das moedas estrangeiras.
Até pouco tempo atrás, investir em fundos cambiais era alternativa para um seleto grupo, mas hoje eles são acessíveis para diferentes perfis de investidores. Há opções no mercado com aplicações mínimas de R$500, com vantagens semelhantes às aplicações mais robustas.
Os fundos cambiais também são uma ótima oportunidade para o investidor fazer hedge da carteira, já que o dólar costuma ter uma correlação negativa quando comparado ao desempenho da Bolsa de Valores brasileira.
Como investir em fundos cambiais?
Agora que você já sabe o que é um fundo cambial, é importante ainda que saiba como investir com segurança. Como dito anteriormente, analisar o seu perfil de investidor, bem como as taxas envolvendo esse tipo de ativo é essencial na hora de escolher o melhor fundo.
A aplicação em fundos cambiais é feita por meio de instituições ou corretoras de valores, que atrelam o fundo a um gestor competente. Dessa forma, os ativos são escolhidos de acordo com a especialidade do responsável, e mudam conforme o momento ideal para aplicação.
Lembre-se que, assim como outros investimentos de renda variável, este também está sujeito a oscilações negativas e pode sofrer com o cenário geopolítico e econômico global. Por isso, estude bem os fundos antes de investir e conheça as regras por trás de cada instituição.
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