Parece que o dólar finalmente começou a perder força em 2022. Depois de constantes altas, com a moeda americana quase chegando aos R$6,00, o dólar voltou a valer menos de R$5,00 aqui no Brasil.
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Para se ter uma ideia, nesta quarta-feira, 23, a moeda chegou a valer R$4,83. Esse foi o menor valor desde 30 de junho de 2021, quando o dólar valia R$4,97.
E essa não é a primeira queda no ano, a moeda norte-americana já acumulou, somente em 2022, uma queda de 11,32%. Se você acha que é pouco, saiba que de acordo com os dados da Economatica, o Brasil é o país no qual o dólar mais se desvalorizou.
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Agora você deve estar se perguntando o que leva a variação do dólar constante que estamos vendo nos últimos meses e anos, certo? Bom, existem muitos fatores que explicam esse fenômeno, tanto nacionais quanto internacionais.
Variação do dólar: o que tem feito a moeda cair nos últimos dias?
Depois de tantas altas do dólar, ver a moeda americana abaixo dos R$5,00 pegou muitos brasileiros de surpresa, não à toa muitos vem estranhando o novo valor. Mas o que está levando a queda do dólar?
A explicação está no alto volume de investimentos estrangeiros que estão chegando ao país. Isso se dá pela alta da taxa Selic que tem atraído cada vez mais investidores para o Brasil.
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Mas é importante deixar claro que o momento não é de comemoração, mas sim de cautela. Vale lembrar que 2022 é o ano de eleição presidencial e isso costuma mexer com o valor da moeda aqui no Brasil.
E por conta disso, o boletim Focus já realizou a previsão do valor do dólar para o ano de 2022: a moeda poderá terminar valendo R$5,30.
O poder de influência do dólar
Os Estados Unidos têm a economia mais forte do mundo. Por isso, o dólar é a moeda mais relevante e é utilizada como base para a maioria das operações comerciais, por exemplo, aquelas realizadas no âmbito do comércio exterior.
Esse critério já evidencia que a moeda americana interfere em vários aspectos do dia a dia dos brasileiros. É o caso do impacto no poder de compra do brasileiro, já que os produtos importados ficam mais caros.
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Da mesma forma, commodities e matérias-primas também têm seu preço aumentado. Como é preciso pagar mais para ter acesso a eles, o valor cobrado pelo item final também se eleva. Esse aspecto é verificado todos os dias no mercado.
Conheça os tipos de dólar
Antes de entender os impactos da variação do dólar, deve-se saber que existem três tipos dessa moeda. São eles:
1 – Comercial
Considerado a cotação real, é aquela usada como base para as operações comerciais, como as de exportação e importação.
É utilizado para outras movimentações, como empréstimos de brasileiros em outros países. Essas transações são registradas no Banco Central.
2 – Turismo
Você, muito provavelmente, fica atento a variação do dólar por causa do dólar Turismo. É a moeda utilizada para viagens ou compras no exterior.
Ela é adquirida em casa de câmbio ou em instituições financeiras. Tem aplicação de juros.
Por isso, é mais cara que a alternativa oficial. Ainda sofre incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e custos logísticos.
Assim, o valor varia de acordo com o estabelecimento em que a operação será realizada.
3 – Paralelo
É a única modalidade não oficial. Foi utilizada no passado, mas atualmente é ilegal.
Sua aplicação é realizada apenas por doleiros e casas de câmbio sem autorização do Banco Central. Por suas características, é o dólar mais caro e sempre deve ser evitado.
Impacto da variação do dólar na economia brasileira
O impacto da alta do dólar na economia brasileira tem sido sentido em vários setores do mercado e pelos consumidores.
1 – Encarecimento das viagens ao exterior
O primeiro impacto da alta do dólar sentido pelo consumidor é o aumento dos preços das viagens ao exterior.
Afinal, o câmbio influencia diretamente os gastos em dólar, preço das passagens e combustíveis, afetando primeiramente a indústria do turismo.
Para quem pretende viajar para fora, é melhor preparar o bolso.
2 – Repasse de variação cambial
Um dos aspectos mais preocupantes da alta do dólar é o repasse da variação cambial para os preços e para a inflação.
Ou seja, se a moeda americana continuar avançando, esse fenômeno pode pesar no bolso do consumidor.
3 – Reajuste de produtos nacionais
Os reajustes de preços causados pela alta do dólar também atingem os produtos nacionais. E, não apenas os itens importados ou que utilizam matérias-primas de fora.
A explicação é que os produtores nacionais preferem exportar para aproveitar a moeda mais cara.
Ao mesmo tempo, os que vendem internamente aumentam suas margens de lucro para compensar o encarecimento dos produtos importados.
4 – Mais competitividade nas exportações
Do lado dos impactos positivos da alta do dólar na economia brasileira está o aumento da competitividade das exportações. No entanto, existe outro lado: muitos custos da indústria também são dolarizados.
Ou seja, seus insumos e investimentos são pagos em dólar. Então, o impacto acaba sendo duplo e pode absorver a alta da moeda americana sem aumentar tanto os lucros dos exportadores.
Com a alta do dólar, muitas pessoas ficam interessadas em investir na moeda. Você sabe como fazer esse processo? Então confira como começar a investir em dólar.