Um novo golpe que está sendo aplicado por estelionatários anuncia vendas falsas utilizando o nome da Receita Federal. O órgão emitiu um alerta para prevenir os cidadãos.
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Os golpistas veiculam anúncios na Internet de produtos apreendidos pela alfândega com preços muito abaixo do mercado e usam o nome da Receita para dar uma falsa impressão de credibilidade.
No entanto, as alfândegas não comercializam mercadorias.
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“Essas unidades são responsáveis por gerir e executar atividades de controle aduaneiro, de atendimento e orientação ao cidadão e as relativas ao combate aos ilícitos tributários e aduaneiros, inclusive à contrafação, à pirataria, ao tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, ao tráfico internacional de armas de fogo e munições e à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores, observadas as competências específicas de outros órgãos.”
Os anúncios têm sido veiculados nos mais diversos canais digitais: e-mails, mensagens de celular, páginas e sites na internet. Segundo a Receita, o número desses crimes tem aumentado.
Como não cair no golpe de vendas falsas da Receita Federal?
A Receita Federal não comercializa mercadorias, portanto qualquer anúncio de venda em seu nome ou das unidades de controle aduaneiro (as alfândegas) é falso.
A melhor forma de se prevenir contra o golpe das vendas falsas em nome da Receita Federal é evitar clicar e comprar em anúncios suspeitos. Ou seja, aqueles que:
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- Anunciam produtos com preço muito inferior ao prática no mercado
- Usam o nome da Receita Federal ou das alfândegas para comercializar mercadorias
- Links suspeitos enviados por SMS ou e-mail
Os anúncios são veiculados como se fossem publicidades, mas os criminosos “usam de forma ilícita o nome das unidades da Receita Federal responsáveis pelas atividades de controle aduaneiro” na tentativa de simular veracidade na aplicação do golpe.
Golpe do IOF também recebe alerta da Receita
Além do golpe das vendas falsas em nome da Receita Federal, outra armadilha recebeu um alerta do fisco: o golpe do falso IOF.
Nele, os criminosos se passam por instituições financeiras e cobram IOF antecipado por PIX como condição para liberação de empréstimos.
IOF — Imposto sobre Operações Financeiras — é o imposto federal cobrado em todas as operações financeiras de crédito e de câmbio. Em empréstimos, ele é sempre embutido nas parcelas de pagamento e não cobrado separadamente.
Em um dos casos mais graves, a vítima chegou a pagar R$2.852,45 para os criminosos, como condição para liberação de um crédito de R$150 mil.
Por isso é importante saber que nenhum banco, corretora ou empresa de crédito pede pagamento antecipado para liberar empréstimos. Seja de um tributo ou de adiantamento de uma parcela. Esse tipo de condição geralmente é oferecida por golpistas.
No caso do IOF, o tributo é quitado por meio de um Darf — Documento de Arrecadação de Receitas Federais —, pago pela própria instituição que concede o empréstimo ao governo. Para o tomador do empréstimo, o imposto está embutido nas parcelas de pagamento.
+ 5 dicas para evitar golpes com empréstimo pela internet. Fique atento!
O que fazer se cair em um golpe na internet?
Seja o golpe das vendas falsas em nome da Receita Federal ou qualquer outro, a principal orientação é que a vítima procure a polícia o mais rápido possível para registrar um Boletim de Ocorrência.
Não existe mistério, basta comparecer à delegacia mais próxima. Leve um documento de identidade e todas as provas que consiga para demonstrar o crime: prints, extratos de pagamento, etc.
Também pode ser interessante anotar as datas e, se possível, ter registros de ligações telefônicas — caso elas tenham acontecido. O link da propaganda enganosa é outra prova que você pode apresentar.
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