A partir de 2022 a taxa de custódia do Tesouro Direto vai diminuir. Mas como será que isso vai afetar o investimento?
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A taxa cairá de 0,25% para 0,20% do valor dos papéis. A informação foi anunciada pelo secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, no último dia 7 de outubro.
Mas será que investir em títulos públicos vai ficar mais barato por conta disso? Isso tornará o tesouro mais rentável?
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Continue lendo este artigo para entender o que é essa taxa, como ela é cobrada e como impacta no investimento!
O que é a taxa de custódia do Tesouro Direto?
A taxa de custódia do Tesouro Direto é como uma espécie de taxa de manutenção. Ela é cobrada para custodiar os títulos públicos em que você investe pelo sistema.
Na prática, esse valor é o que remunera a B3 (a bolsa de valores do Brasil) pelos serviços de:
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- guarda dos títulos
- manutenção do sistema e
- envio de extratos mensais aos investidores
A bolsa de valores recebe o valor da remuneração pelo serviço duas vezes por ano, uma em janeiro e outra em julho.
Esse é o único custo obrigatório para quem investe em títulos do Tesouro. Portanto, se ouvir algum banco ou corretora falar em “custo zero” para essas aplicações, saiba que não é bem assim.
A taxa de custódia é debitada automaticamente da sua conta na corretora. Por isso é importante ter recursos em caixa para que o débito seja realizado.
Além das cobranças semestrais, ela incide sobre o pagamento de juros, a venda do título para terceiros ou o encerramento da posição do investidor.
A forma de cobrança é definida pelo evento que ocorrer primeiro.
As exceções são os investimentos de até R$10 mil no Tesouro Selic, que desde agosto de 2020 são isentos da taxa de custódia.
Qual é a nova taxa de custódia?
Até o final de 2021 a taxa de custódia do Tesouro Direto permanece sendo a mesma dos últimos anos: 0,25% do valor dos papéis. Mas a partir de 1º de janeiro de 2022 será de 0,20%.
A medida foi divulgada pelo secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, no encerramento da Semana do Investidor.
O evento foi promovido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em parceria com a B3 no dia 7 de outubro.
De acordo com o secretário, o objetivo da redução é atender um compromisso firmado entre o Tesouro e a B3 para monitorar as condições de mercado e aproveitar oportunidades para baratear de forma permanente a taxa cobrada pela bolsa de valores.
Quando o Tesouro Direto foi criado, em 2002, os bancos e as corretoras cobravam uma taxa de administração. E a B3 tinha a taxa de custódia, que na época era de 0,5%, segundo informações da Agência Brasil.
Depois de alguns anos as taxas de administração deixaram de existir e a taxa de custódia caiu progressivamente.
Em 2019 ela era de 0,3% e caiu para 0,25%. Agora passa a ser de 0,2%.
Investir no Tesouro Direto vai ficar mais barato em 2022?
Sim, com a redução da taxa de custódia, investir no Tesouro Direto vai ficar mais barato. Inclusive, em nota, o Tesouro Nacional informou que esse é um dos objetivos.
Assim, as aplicações em títulos públicos ficam ainda mais acessíveis. E com a taxa mais barata, pode-se dizer que, consequentemente, o investimento fica também mais rentável.
A redução (de 0,25% para 0,20%) pode parecer pequena, mas ela pesa nos ganhos do investidor.
No fim das contas, a rentabilidade das aplicações tende a ser um pouco maior devido ao desconto ser menor.
E quanto mais dinheiro estiver na aplicação, mais significativo será esse valor. Já que o cálculo da taxa é feito sobre o valor dos papéis.
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