O Tesouro Direto Selic (LFT) é um dos investimentos mais seguros do mercado. Essa é uma das modalidades de títulos públicos, antigamente chamada de Letra Financeira do Tesouro (LFT).
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Como o próprio nome já diz, sua rentabilidade está atrelada à variação da Taxa Selic. Se esta taxa sobe, a sua rentabilidade sobe junto.
O investimento possui baixa volatilidade no curto prazo. Ele é uma boa opção para quem precisa fazer uma reserva de emergência ou acredita que possa precisar dos recursos em menos tempo.
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Além disso, o Tesouro Direto Selic possui fluxo de pagamento simples. Ou seja, o investidor faz a aplicação e recebe o valor de face (valor investido somado à rentabilidade) na data de vencimento do título.
O que é Selic?
Entender como funciona a taxa Selic é essencial para que você obtenha sucesso no Tesouro Direto. A taxa básica de juros da economia, também chamada de taxa Selic, corresponde à menor taxa de juros vigente em uma economia.
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Ela funciona como taxa de referência para todos os contratos, como empréstimos, financiamentos e crediários. Ela é definida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) em suas reuniões que ocorrem a cada um mês e meio (45 dias).
A expectativa das instituições financeiras consultadas pelo BC é de que a Selic, taxa básica de juros, seja mantida em 6,5%.
Como comprar?
Para investir no Tesouro Direto Selic é necessário que você abra uma conta em alguma corretora. Pode ser uma corretora independente (que não faz parte de um banco) como também pode ser a corretora do banco onde você possui conta.
As corretoras dos bancos costumam cobrar taxas mais elevadas. O processo de compra é extremamente simples. Normalmente, no site destas corretoras existe uma área restrita para clientes.
No espaço, você pode selecionar o título que deseja comprar e depois confirmar a compra com alguns cliques. O dinheiro é debitado da sua conta na corretora ou na sua conta corrente no banco.
Por fim, basta acessar o site do Tesouro Direto e comprar os títulos de acordo com seus objetivos. No próprio site há orientações de como escolher o melhor título para o seu perfil e seus propósitos.
Qual o valor mínimo para investir?
Por ser um investimento focado em pessoas físicas, seu valor mínimo é bastante acessível, sendo possível iniciar com apenas R$ 30. No entanto, há duas taxas às quais você deve ficar atento.
A primeira é a única taxa obrigatória, chamada Taxa de Custódia, cobrada pela Bolsa de Valores. Ela é de 0,3% ao ano sobre o total do investimento.
A segunda é uma taxa de administração cobrada por algumas corretoras. Nesse caso, o valor varia muito entre as diversas instituições, sendo que algumas já não cobram mais esta taxa. Por isso, vale sempre pesquisar antes.
Quais são os impostos do Tesouro Direto Selic?
Assim como qualquer investimento, o Tesouro Direto Selic desconta o IOF e Imposto de Renda no ato do resgate. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é cobrado apenas quando você resgata o valor antes de completar um mês de aplicação. Portanto, evite ao máximo o saque nos primeiros 30 dias.
Já no Imposto de Renda, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado no Tesouro Selic, menor será a taxa cobrada. Confira a tabela referente à taxa de IR sobre a rentabilidade:
– Até 180 dias – 22,5% de IR;
– Entre 181 e 360 dias – 20% de IR;
– Entre 361 e 720 dias – 17,5% de IR;
– Mais que 720 dias – 15% de IR.
Alguns números do Tesouro Direto
O Tesouro Nacional anunciou recentemente que as vendas de papéis superaram os resgates em R$ 188,88 milhões em junho deste ano. É o primeiro resultado positivo em dez anos.
Em junho, as vendas de títulos somaram R$ 1,35 bilhão. Esse é o valor mais alto desde setembro passado (R$ 1,36 bilhão). Os resgates totalizam R$ 1,16 bilhão, o menor montante desde abril deste ano (R$1,06 bilhão).
Com o resultado de junho, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 1,46% em relação a maio, alcançando R$ 48,83 bilhões.
A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.
Tipos de Tesouro Direto
– Tesouro Selic – Ideal para quem não quer risco algum. Ou para quem quer resgatar o dinheiro em um prazo pequeno (menor que um ano).
– Tesouro prefixado – Ideal para quem tem objetivos a médio prazo (3 a 9 anos) e para quem acredita na conjuntura macroeconômica do Brasil até o seu vencimento. Ou para pessoas que queiram fazer trade esperando a queda das taxas dos títulos e vender antes do prazo de vencimento, mas com um risco menor que nos títulos IPCA+ já que os pré fixados não são tão longos assim.
– Tesouro IPCA – Ideal para quem quer montar a aposentadoria, para quem quer se resguardar de eventuais choques contra inflação (deve esperar até o vencimento para garantir isso) ou para pessoas que queiram tentar ganhar na baixa do prêmio dos títulos, com um risco maior, títulos mais longos (2035, 2045, 2050 c/juros), ou com risco menor em títulos mais curtos (até 2026).
É um investimento seguro?
Títulos públicos são considerados a modalidade de investimento de menor risco possível. Não só em relação à garantia de venda como também em relação à garantia de retorno.
Isso porque a liquidez é diária. Ou seja, você pode fazer o resgate a qualquer momento, mesmo antes do vencimento. No entanto, ao fazer isso, reduz sua chance de rendimentos, pois a garantia de retorno está atrelada ao cumprimento do prazo do vencimento.
Isso não significa que vender o título antes do vencimento represente, automaticamente, uma perda ou um prejuízo. Tudo vai depender das variações das taxas atreladas ao título até o momento da venda.
O Tesouro Direto Selic é uma forma de investimento adequada para quem não quer complicações e nem correr riscos. Ele funciona muito bem como alternativa à poupança, pois tem uma remuneração melhor.