
Em todo o mundo existem mais de 60 Bolsas de Valores. A nossa querida B3, a Bolsa Brasileira, é a maior Bolsa de Valores da América Latina, porém em relação aos pares globais, somos apenas a 18ª Bolsa em valor de mercado.
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As três maiores Bolsas do mundo são a NYSE, mais tradicional dos EUA, a NASDAQ, com ênfase em tecnologia nos EUA, e a Bolsa de Tóquio em terceiro lugar.
As Bolsas de Valores de todo o mundo vêm aumentando de tamanho e força, conforme a riqueza global aumenta. Para se ter uma ideia, em 1980, a soma do valor de mercado de todas as Bolsas do mundo era de 2.5 trilhões de dólares, em comparação com 100 trilhões em 2022.
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A Apple, sozinha, já ultrapassa os 2.7 trilhões de valor de mercado, porém devemos considerá-la uma exceção.
Como funcionam as Bolsas de Valores?
As Bolsas são basicamente um supermercado, porém ao invés de produtos na prateleira, o comprador pode encontrar pedaços de empresas, as ações. Nesse supermercado o investidor pode comprar ações da prateleira de tecnologia, de energia, do setor financeiro, e num universo de empresas basicamente infinito.
Ao comprar este pedaço, o comprador vira um investidor e sócio desta empresa. Se a empresa der resultados positivos, este pedacinho tende a se valorizar, por outro lado, se a empresa der resultados negativos, este pedaço tende a perder valor ou até pode deixar de existir.
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As empresas colocam esses pedaços no mercado com a finalidade de atrair recursos financeiros para seus projetos futuros. Quando uma empresa abre seu capital, ou seja, coloca suas ações no mercado, é quando temos um IPO – Initial Public Offering.
Existe um romantismo enorme sobre a dinâmica das Bolsas de Valores. Muitos filmes retratam o funcionamento das Bolsas no passado, com corretores gritando no telefone como loucos e várias telas com gráficos.
Essa dinâmica ficou no passado, hoje as Bolsas funcionam de forma totalmente eletrônica.
De onde vem o termo ‘Bolsa’?
O conceito de chamar o mercado mobiliário de ‘bolsa’, vem do século XIII. Um vendedor do segmento têxtil na cidade de Bruges, na atual Bélgica, Robert Van der Buerse, reunia comerciantes próximo à sua casa para negociar e realizar trocas de mercadorias e valores.
O termo então vem do sobrenome de Robert, e não do objeto bolsa como muitas pessoas pensam.
As ‘Bolsas’ se mantiveram rústicas por muitos anos. No século XVIII, a primeira Bolsa moderna, onde papéis (ações) começaram a ser negociados, foi criada na Holanda.
Depois de Amsterdã, vieram as Bolsas de Paris e a de Nova York e aos poucos foram nascendo mais bolsas ao redor do mundo.
As Bolsas podem passar por mais transformações?
Com certeza. Hoje em dia, as Bolsas operam em dias de semana, em horário comercial, demandam muitos sistemas e normalmente possuem uma grande empresa que organiza e regula suas operações.
Com o surgimento da tecnologia blockchain existe a possibilidade e a expectativa de que muitas ações sejam tokenizadas, e passem a ser negociadas no blockchain, 24 horas por dia e sete dias por semana.
Isso não necessariamente condena as Bolsas ao desaparecimento, porém de uma forma ou de outra, elas deverão se adequar ao futuro.
Conheça Renato Carvalho, colunista do FinanceOne
Com vasto conhecimento sobre o mercado de moedas digitais, Renato Carvalho é colunista do FinanceOne. Semanalmente, ele traz informações importantes sobre criptomoedas e investimentos. Fique de olho!
Renato é administrador com experiência como executivo do setor de educação internacional e empresas de consultoria empresarial e auditoria “BIG 4”.
Investidor de renda variável desde sua adolescência, produz conteúdo de educação financeira, mostrando o que faz com o seu próprio dinheiro “skin in the game”. Especialista em criptoativos e negócios disruptivos.
É Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Université Libre de Bruxelles (Bélgica) e mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
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