Na última semana, a Petrobras elevou o preço do querosene da aviação, conhecido como QAV, em cerca de 11% se comparado com o último mês de maio. Já no acumulado do ano, o QAV teve uma alta de 60%. Isso pressiona os custos das companhias aéreas e, por consequência, as passagens aéreas podem ficar mais caras.
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Além disso, o preço do QAV no Brasil também pode chegar a 40% a mais se comparado com o preço médio global.
“A valorização do dólar em relação ao real também é um desafio cotidiano, já que metade dos custos do setor são dolarizados”, disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz.
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Em nota, de acordo com o site G1, a Petrobras informou que os preços de venda de querosene de aviação às companhias distribuidoras são ajustados mensalmente e que o reajuste médio implementado em 1º de junho foi de 11,4%.
Mas será que os preços das passagens podem aumentar? A resposta para essa dúvida é: provavelmente sim! Se você estiver planejando uma viagem, a nossa dica é planejar o quanto antes.
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Preço das passagens pode subir ainda mais
A nova pressão de custos das empresas de aviação pode gerar novos reajustes nos preços das passagens aéreas, os quais já haviam aumentado nos últimos meses.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as passagens de avião tiveram alta de 18,40% no mês de maio — essa foi a maior variação entre os itens pesquisados na composição do IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial do país.
Além disso, em 1 ano as passagens quase que dobraram de preço: a alta foi de aproximadamente 89%, perdendo apenas para a alta dos preços da cenoura, que foi de 146%.
A falência da companhia Avianca Brasil, que foi decretada em 2020, também “ajudou” para que os preços das passagens aéreas subissem, uma vez que há pouca concorrência de companhias aéreas no Brasil. Atualmente, o país conta apenas com três empresas aéreas nacionais: a Gol, Latam e Azul.
O aumento das passagens pode levar, inclusive, aos viajantes optarem por outros meios de transporte, como o ônibus e o carro, por exemplo.
Despacho de bagagens pode voltar a ser gratuito
O Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram a volta do despacho gratuito de bagagens no Brasil. Agora, a MP depende da sanção do presidente Jair Bolsonaro. Vale lembrar que o governo já indicou ser contra.
A MP permite que os passageiros despachem bagagem em avião de forma gratuita para malas de até 23 quilos em voos nacionais e de até 30 quilos em voos internacionais.
A proposta já havia sido aprovada na Câmara, mas retornou para análise dos deputados após mudanças no texto na votação do Senado.
Se sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o texto vai alterar o Código de Defesa do Consumidor para inclusão de práticas abusivas caso as companhias aéreas cobrem pelas bagagens.
O prazo de vigência da Medida Provisória é de 60 dias que podem ser prorrogados por mais 60 dias. Por isso, se o texto não for aprovado até 1º de junho, a MP deixa de valer.
Companhias aéreas são contra a MP
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas, que representa empresas como Latam e Gol, se manifestou dizendo que a MP é positiva para o setor, mas discorda da não cobrança pela bagagem nos voos.
A Azul, que não faz parte da associação, também é contrária à mudança e diz que o fim da cobrança vai contra “as medidas de desburocratização e simplificação do ambiente de negócios na aviação”.
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