O investimento em renda fixa é queridinho dos brasileiros. E entre eles a poupança ainda sai ganhando em termos de preferência, embora não seja a aplicação mais rentável.
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Mas isso tem um motivo: a segurança. Por serem investimentos considerados mais conservadores, ou seja, mais seguros, acabam se tornando a escolha da maior parcela dos investidores.
Além do fato de que a maioria não quer correr o risco de perder dinheiro, há ainda um outro fator: a falta de educação financeira. Como muitos não conhecem o mercado, optam por opções mais básicas.
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E, sim, esse raciocínio está correto. Se você é um investidor com perfil mais conservador, deve mesmo priorizar essa aplicação. Principalmente se não tem muito conhecimento sobre investimentos.
Mas você sabia que mesmo os investimentos em renda fixa não são isentos de risco? Sim, é possível perder dinheiro com essas aplicações também.
Embora seja um risco bem menor em relação a outras aplicações (não precisa ficar preocupado), é importante entender como isso pode acontecer para evitar perdas, principalmente em um cenário de crise como o atual.
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+ Entenda como diversificar investimentos em renda fixa e as vantagens!
Investimento em renda fixa: entenda os riscos
Sim, a renda fixa oferece maior segurança, mas isso não quer dizer risco zero. E isso vale tanto para títulos pré-fixados, quanto para os pós-fixados.
Pode acontecer de o investidor ganhar menos do que o esperado ou realmente perder dinheiro.
Principalmente para créditos privados, que também vamos abordar neste artigo, é necessário cautela. Pode existir até o risco de se ter problemas para receber, mas esses são casos de exceção.
Para evitar perdas e rentabilidades mais baixas, é importante entender como essas aplicações funcionam e como são seus critérios de remuneração.
A partir disso, você conseguirá tomar atitudes para não perder dinheiro.
Pré-fixados
Nesse tipo de aplicação de renda fixa, o investidor já sabe quanto receberá no vencimento. Ou seja, no momento em que compra o título, já sabe qual será a rentabilidade.
Isso é uma vantagem para investidores mais conservadores, mas é justamente aí que é necessário ter cautela. Porque a rentabilidade prevista só é garantida se o prazo da aplicação for respeitado.
Isso acontece por causa do que se chama de marcação a mercado. Quando o título é vendido antes do fim do prazo, o investidor fica sujeito a uma flutuação da taxa de juros que pode ser vantajosa ou não.
Ou seja, o título será avaliado pelo valor de mercado, que é determinado pela taxa de juros vigente no momento da venda.
Pode ser que entre a compra e a venda do título, essa taxa tenha subido (e o investidor perderá dinheiro) ou caído (e o investidor ganhará mais dinheiro).
Por conta disso, antes de comprar um título prefixado ou atrelado à inflação, é fundamental definir com prudência o tempo pelo qual pretende deixar o dinheiro na aplicação.
Inclusive levando imprevistos em conta. Por isso prefixados não são os mais recomendados para reservas de emergência, por exemplo.
Pós-fixados
Nos títulos pós-fixados, mesmo sendo renda fixa, não é possível saber de antemão quanto irá receber ao final do prazo da aplicação. Isso porque a rentabilidade é atrelada a um indicador financeiro, como a Taxa Selic.
E as oscilações desses indicadores vão interferir nessa rentabilidade, obviamente. Ou seja, o investidor não deixará de receber o percentual informado, mas poderá ter um ganho maior ou menor conforme a Selic (indicador financeiro) suba ou desça.
De qualquer forma, o retorno será positivo. Neste tipo de título, o risco estaria na saúde financeira do emissor: o próprio governo, no caso de títulos do Tesouro Direto; ou uma instituição financeira, no caso de um CDB ou poupança, por exemplo.
Isso é o que se chama de risco de crédito: quando o emissor do título não consegue cumprir com suas obrigações.
No caso do título público (Tesouro Direto), por exemplo, o risco é muito remoto. O investidor só não recebe se o país quebrar.
E a poupança, CDBs, LCIs e LCAs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC):se a instituição, o FGC indeniza o investidor em até R$250 mil em cada instituição financeira e em até R$1 milhão no total por CPF.
Crédito privado também é investimento em renda fixa
Se você é um investidor iniciante, provavelmente não está na hora de embarcar nesse tipo de aplicação sem antes estudar o mercado.
Também é um tipo de investimento em renda fixa, mas pode trazer um pouco mais de risco em relação aos outros dois.
Acontece que nessa modalidade, o investidor empresta dinheiro para uma empresa não financeira (não para o governo ou bancos). Alguns exemplos são a debênture incentivada, o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio).
Esses títulos também podem ser prefixados, pós-fixados ou atrelados à inflação. E nesta situação o risco também está no risco de crédito. Ou seja, na possibilidade de a empresa quebrar e não pagar.
Porém, aqui não há a proteção do FGC. Sendo assim, é uma aplicação bem mais arriscada na qual é fundamental estar ciente da capacidade de pagamento da empresa que emite o título.
Portanto, investimentos em renda fixa possuem seus riscos e é possível até mesmo perder dinheiro se não estiver bem informado.
Porém é inegável que, se comparados a outras aplicações, eles ainda são os mais indicados para investidores com perfil conservador.
Risco há. Mas nada que não possa ser driblado com educação financeira e um planejamento financeiro adequado.
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