Entenda o que é Taxa Referencial e qual impacto nos investimentos

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Moedas empilhadas em cima de um gráfico
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Você sabe o que é Taxa Referencial? Muitas pessoas não conhecem esse termo, mas ele é bastante importante no mundo dos investimentos.

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Também conhecida como TR, esta taxa se configura como uma taxa de juros de referência, ou seja, um indicador geral da economia brasileira.

No entanto, nem todos sabem para que a TR serve, como é calculada e de que maneira afeta os investimentos. Portanto, para sanar todas essas dúvidas, preparamos este guia completo sobre a taxa.

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Neste artigo, você descobrirá tudo o que você precisa saber sobre a Taxa Referencial: histórico, fórmula para cálculo e os impactos na rentabilidade de investimentos.

Além disso, também conhecerá alternativas para aplicações atreladas à TR. Confira!

O que é Taxa Referencial (TR)?

Em 1991, a economia brasileira passava por uma situação crítica de alta generalizada de preços, conhecida como hiperinflação.

Diante disso, a Taxa Referencial foi criada como medida de proteção do poder de compra do cruzeiro (moeda da época). O objetivo era servir como referência para as demais taxas do país.

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Para isso, a TR era medida todos os dias e, após um mês, o governo sabia qual era a inflação acumulada daquele período. Ou seja, como a taxa refletia o acúmulo das variações dos preços, era usada como um referencial para a atualização do valor do dinheiro.

Dessa forma, a Taxa Referencial era uma solução para que a população não perdesse poder de compra da noite para o dia. Entretanto, não foi capaz de conter a alta dos preços.

Em 1994, a inflação atingiu o pico histórico de 2474% ao ano. Só houve melhora no cenário depois da implementação do Plano Real, que ocorreu no mesmo ano.

Com isso, a partir de 1995, a TR passou a perder valor e, depois de alguns anos, a taxa Selic assumiu o papel de controlar a inflação e ocupou o posto de referência para a economia brasileira.

Assim, em 2017, baseada em sua própria fórmula de cálculo, o rendimento mensal da Taxa Referencial foi nulo. Desde então, até o momento atual, seu valor acumulado é de 0% ao ano.

Embora tenha perdido relevância para a Selic, a TR continua fazendo parte do cálculo de alguns ativos financeiros – e você descobrirá quais são eles a seguir.

Para que serve a Taxa TR?

Atualmente, a Taxa Referencial é um dos fatores que estabelecem a rentabilidade de títulos de capitalização, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), caderneta de poupança e investimentos relacionados a fundos imobiliários.

A taxa não possui mais impacto para o cálculo de juros. Entretanto, continua sendo um indexador essencial do Banco Central (BC) para estes investimentos.

Como calcular a Taxa Referencial?

O valor é da TR é obtido por meio da fórmula a seguir:

TR = 100 x [ (1 + TBF)/R) – 1]

Para encontrar o valor de R, usado na fórmula acima, é necessário fazer a conta da fórmula abaixo:

R = a+b x TBF

Considere:

R: redutor
a: 1,005 (valor fixo definido na criação da TR)
b: depende do valor da Tarifa Básica Financeira (TBF), que é divulgado mensalmente pelo Banco Central.

Contudo, é importante dizer que por convenção do Banco Central, o valor da TR nunca é negativo. Caso o cálculo dê um valor negativo, é considerado o valor zero.

Calculadora financeira e caneta em cima de um papel com valores numéricos
A Taxa Referencial (TR) é um dos principais parâmetros para alguns investimentos

Como a TR afeta os investimentos e financiamentos?

A Taxa Referencial está atrelada, principalmente, a alguns investimentos, como a poupança e financiamentos, em especial os imobiliários. Veja abaixo como ela influencia cada um deles.

1 – Poupança

O rendimento da poupança é 70% da Selic mais a Taxa Referencial, que é zero. Além disso, a poupança só rende no aniversário, ao final de 2 mês do depósito.

É por isso que ela não é um investimento muito atraente. Temos outras opções no mercado que dão mais rentabilidade. Vamos citar algumas ao fim desse texto.

+ Poupança em 2022: vale a pena investir?

2 – FGTS

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nada mais é do que uma conta na Caixa onde o empregador deposita o equivalente a 8% do salário do funcionário todo mês.

O dinheiro é um direito do funcionário e pode ser usado em algumas ocasiões. Principalmente em caso de demissão sem justa causa. E, esse valor rende, por lei, 3,0% ao ano, mais a TR, que é igual a zero. Bem pouco, não é mesmo?

3 – Títulos de Capitalização

Os títulos de capitalização são aplicações bastante oferecidas pelos bancos tradicionais. Elas rendem o valor da taxa referencial sobre o período em que o dinheiro ficou aplicado.

4 – Financiamento Imobiliário

Muitos financiamentos imobiliários também são corrigidos pela TR. Em especial os imóveis do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), da Caixa Econômica Federal.

5 – Títulos públicos

Você viu que a TR foi importante para a correção monetária durante o período inflacionário do início dos anos 1990. Assim, por muitos anos, a taxa foi utilizada como indicador geral da economia brasileira.

Logo, ela também era usada como indexador de alguns títulos públicos, conhecidos como NTN-H e NTN-P. Contudo, esses títulos foram descontinuados e não estão mais disponíveis para negociação na plataforma do Tesouro Direto.

Mesmo assim, ainda há investidores que possuem esses produtos em suas carteiras — principalmente aqueles que aproveitaram a chance de realizar aplicações a longo prazo.

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