Comprar um imóvel ainda é o sonho de muitos brasileiros. Prova disso é que mesmo com as incertezas e turbulências no cenário pandêmico, as vendas no país aumentaram. Por isso, antes de fechar negócio, entenda quais são as taxas obrigatórias ao comprar um imóvel.
Anúncios
Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Eles apontam que mesmo com a pandemia, o mercado imobiliário brasileiro acumula aumento de 8,4% nas vendas de imóveis novos nos primeiros nove meses de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019.
Isso quer dizer que, mesmo com um cenário econômico instável, as compras de imóveis continuaram sendo feitas.
Anúncios
Preços dos imóveis estão em alta
O preço médio de venda dos imóveis residenciais começou o ano de 2021 com alta de 0,35% em janeiro de acordo com o FipeZap, índice que monitora os anúncios imobiliários on-line em 50 cidades brasileiras.
Comparativamente, a variação mensal do índice superou o comportamento esperado do IPCA/IBGE para o mês (+0,30%), segundo expectativa publicada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil.
Individualmente, as capitais monitoradas pelo Índice FipeZap de Venda Residencial registraram:
Anúncios
- Maceió (+1,82%)
- Manaus (+1,43%)
- Curitiba (+1,15%)
- Vitória (+0,90%)
- Florianópolis (+0,88%)
- Goiânia (+0,74%)
- João Pessoa (+0,72%)
- Brasília (+0,69%)
- Porto Alegre (+0,62%)
- São Paulo (+0,46%)
Em contraste, apenas 3 capitais registraram recuos: Belo Horizonte (-0,53%), Campo Grande (-0,13%) e Fortaleza (-0,13%).
No Rio de Janeiro, outro município importante para o Índice FipeZap, a variação registrada em janeiro de 2021 foi de +0,26%.
Por esse motivo, esteja atento às altas e quedas registradas por cada capital. Afinal de contas, essas altas representam muito no valor final de aquisição de imóvel.
Agora quais são as taxas obrigatórias ao comprar um imóvel?
Comprar um imóvel requer bastante planejamento financeiro. Isso porque você terá que pagar, além do valor anunciado, algumas taxas.
A que mais pesa no bolso, claro, é a do financiamento. Recentemente, a Caixa começou a prever o lançamento de uma nova possibilidade de crédito imobiliário em que não será necessário custear um valor de entrada e com prazo de pagamento de até 35 anos.
Atualmente, a linha de crédito mais divulgada pela Caixa é pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH), pois o mesmo oferece os principais benefícios como maior tempo para pagar, além da possibilidade de utilizar o FGTS para amortização do financiamento.
Destacamos que, para essa linha de crédito, a parcela do financiamento não deve comprometer mais de 30% da renda. E que o imóvel não ultrapasse o valor de 1,5 milhão de reais.
Além disso, quanto mais você puder pagar assim que assinar o contrato, melhores são as condições do financiamento pela Caixa. O recomendado hoje é que quem deseja adquirir um imóvel tenha ao menos 30% do valor a ser pago pelo bem, financiando o restante em suaves prestações.
ITBI
ITBI é a sigla para Imposto de Transmissão de Bens Imóveis. É um tributo municipal pago na aquisição do imóvel. A oficialização do processo de compra e venda só será feita após o seu acerto. Normalmente, a taxa é estipulada entre 2 a 3% do valor da transação.
Sem a confirmação de pagamento do ITBI, o imóvel não pode ser transferido e a documentação não é liberada. Ele está previsto na Constituição Federal e deve ser regulado pelo Município.
O ITBI é normalmente pago pelo comprador. Contudo, as duas partes podem negociar um acordo no qual o vendedor fique responsável pelo pagamento do imposto. Para evitar problemas, o ideal é consultar a legislação da sua cidade.
Taxas cartoriais
Para existir legalmente, todo imóvel precisa ter uma escritura. Nada mais é que um documento que estabelece a origem do bem e também o direito de propriedade sobre ele.
Para que a escritura seja de conhecimento público e sirva como prova de que determinada pessoa é a proprietária do imóvel, é preciso registrar no Cartório de Registro de Imóveis. Nos dois casos — da escritura e do registro — é preciso que a pessoa que está comprando pague os custos cartoriais.
De acordo com as características da negociação, também pode ser necessária a emissão de outros documentos pelo cartório, com custos específicos. Por exemplo, pode haver a necessidade de emitir uma Certidão Negativa de Ônus Reais. Esse documento atesta que um imóvel está livre de qualquer impedimento para a venda.
Corretora
Comprar um imóvel envolve uma série de rotinas burocráticas. Elas são necessárias para dar segurança jurídica à transação.
Um exemplo disso, é a análise da documentação do vendedor, do comprador e do próprio imóvel. Além de elaborar o contrato de compra e venda.
Para que esses serviços sejam prestados de maneira apropriada, é necessária a assessoria de um advogado, que recebe da imobiliária um valor, negociado individualmente com cada profissional.
Por fim, há ainda outros custos que dependem do local e da cidade onde você vive. Por isso, esteja por dentro do assunto e procure locais confiáveis antes de realizar uma transação tão grande como essa.
Gostou do nosso conteúdo? Saiba agora os documentos necessários para a compra de um imóvel.