Saiba como a alta do dólar vai impactar seu bolso e investimento

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A alta do dólar vai impactar o seu bolso e o seu investimento. Isso porque a moeda recentemente bateu o recorde nominal histórico sobre o real.

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A moeda norte-americana está cotada acima dos R$5,30. Veja a cotação diária do dólar!

O avanço do dólar, nas últimas semanas, acontece em meio a temores de recessão global. Os aumentos nos juros podem deixar a taxa de inflação central global em cerca de 5% em 2023. É quase o dobro da média de cinco anos antes da pandemia, segundo o estudo da ONU.

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Aliado a isso, aqui no Brasil existe um temor de descontrole fiscal por parte do governo federal. O que foi ampliada após a aprovação da PEC dos Benefícios, que aumenta os gastos do governo em cerca de R$41 bilhões fora do teto de gastos.

E, claro, da corrida eleitoral. Segundo especialistas, os riscos fiscais existem tanto com a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quanto do atual presidente, Jair Bolsonaro.

Como a alta do dólar impacta a vida do brasileiro?

Um dos principais impactos da alta do dólar é que os produtos importados devem ficar mais caros. No entanto, não são os únicos.

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As viagens internacionais também. Afinal, o dólar para o turismo seguiu a alta.

Além da compra da moeda, as hospedagens e as passagens aéreas passam a custar mais para quem pretende viajar.

1 – Alta da inflação

Os brasileiros das classes mais baixas são os primeiros a sentir os impactos da alta do dólar. Uma vez que esse movimento puxa a inflação do país para cima.

Isso acontece porque boa parte das matérias-primas brasileiras são importadas. E, como consequência da alta do dólar, diversos itens do cotidiano sofrem aumento de preço.

É o caso da gasolina, pão e até mesmo macarrão. Os itens que são produzidos dentro do país também sofrem um acréscimo. Como por exemplo, o café, soja, açúcar, carne e milho.

Com o dólar em alta, vender o produto mais caro dentro do próprio Brasil faz com que o produtor receba mais por ele do que ao exportá-lo.

Contudo, é claro que há também um aumento nas exportações, o que auxilia no equilíbrio da balança comercial para o País.

2 – Encarecimento de viagens ao exterior

Com o dólar em alta, este tipo de viagem fica ainda mais cara. Portanto, a possibilidade de que ela realmente aconteça se torna menor.

Qual a influência nos seus investimentos?

A poupança, investimento mais popular, não sofre consequências diretas com a variação do dólar.

No entanto, isso não quer dizer que ela seja uma boa aplicação para quem pretende lucrar com o dinheiro investido. Pelo contrário, uma vez que seus rendimentos são mínimos.

Contudo, já quem investe em fundos cambiais, por exemplo, é afetado diretamente. Esse tipo de investimento geralmente tem rendimento prefixado, somado à variação cambial.

Isso significa que quando o dólar cai, o fundo tende a perder rentabilidade. A Renda Fixa também é impactada, ainda que não diretamente.

Quando o dólar está mais baixo, por exemplo, a inflação tende a ficar mais controlada. Com isso, a expectativa de juros cai, afetando negativamente a rentabilidade de aplicações como CDB, Tesouro Selic.

Além do Tesouro IPCA+, LCI, LCA, entre outros. Porém, o contrário ocorre com os ativos prefixados, como o Tesouro Prefixado ou mesmo CDBs prefixados.

Essas aplicações continuam pagando sempre o mesmo rendimento, mesmo que o dólar caia. Por outro lado, deixam de se beneficiar na subida do dólar e das taxas de juros.

Quem investe na bolsa de valores, como fica?

Os investidores que negociam ações também percebem o impacto da variação do dólar. Porém, as consequências nem sempre são óbvias.

De modo geral, quando o dólar cai e a economia brasileira ganha força, há uma certa tendência de que os papéis das empresas nacionais apresentem melhor desempenho.

Isso, porém, não é regra. As companhias exportadoras, por exemplo, costumam sofrer nesses momentos de queda da moeda americana.

Por outro lado, empresas importadoras tendem a se beneficiar da queda do dólar e sofrer com as altas.

Já os fundos multimercados muitas vezes são procurados pelos investidores que querem se proteger nos diversos cenários.

Esses fundos possuem uma variedade grande de ações, títulos públicos, moedas e commodities.

Seu objetivo é render mais que a Renda Fixa e sofrer menos com a variação do cenário econômico, incluindo a variação do dólar.

Notas de dólar com um gráfico ao fundo
A cotação do dólar tem operado em alta no Brasil

Melhores aplicações com dólar alto

O dólar subiu e, agora, onde investir? Veja alguns ativos onde colocar seu dinheiro para render mais.

Fundos Cambiais

Os fundos cambiais são investimentos diretamente indexados às variações do câmbio. Assim, quando a cotação do dólar sobe, as taxas de remuneração dessa aplicação ficam mais atrativas.

Fundos Multimercados

Já os fundos multimercados aplicam em variados tipos de ativos – como ações, commodities, moedas e títulos públicos. Portanto, eles tendem a equilibrar melhor os impactos negativos da alta do dólar e absorver os efeitos positivos do preço maior.

Ações

Sociedades anônimas que exportam conseguem maiores margens de lucro durante o período de cotação elevada da moeda americana. Assim, além da tendência à valorização das ações, o pagamento de dividendos pode ser mais atrativo do que o daquelas que não exportam.

Renda Fixa

Por fim, investimentos em ativos de renda fixa indexados à inflação, taxa Selic e CDI podem ter uma melhora durante a alta do preço do dólar.

Vale observar que o aumento da remuneração não necessariamente significa crescimento da rentabilidade. Assim, avalie cuidadosamente a relação com a inflação e a taxa de juros da renda fixa.

Portanto, qual seria a boa notícia?

A moeda estrangeira em alta favorece as exportações. Portanto, os produtos brasileiros vendidos no exterior ficam mais competitivos e mais baratos nos países onde estão sendo vendidos.

A longo prazo, essas companhias podem investir mais e aumentar as contratações.

A alta do dólar também favorece as empresas de turismo doméstico. Ou seja, empresas que vendem para o mercado interno.

Projeção do dólar

O último Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, trouxe alteração para o cenário da moeda norte-americana em 2022 e 2023.

A mediana das expectativas para o câmbio no fim de período este ano passou de R$5,09 para R$5,20.

Para 2023, a estimativa para o câmbio também subiu de R$5,05 para R$5,20. Já para 2024, a expectativa é de R$5,10.

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