É melhor investir no CDB ou na poupança? Confira qual dos dois vale mais a pena!

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investidor analisando ações
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Se você está pensando em investir, mas não sabe onde deve aplicar o seu dinheiro ou está na dúvida entre CDB, ou poupança, saiba que isso é normal.

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A taxa básica de juros do Brasil saltou para 13,75% ao ano. A mudança de cenário levou muitos investidores a repensar a distribuição de suas carteiras de investimentos, pois a alta dos juros favorece a renda fixa.

“Muitas aplicações de renda fixa têm sua rentabilidade atrelada à Selic e, por isso, ficaram mais atrativas nos últimos meses. Com isso, muitos investidores perceberam que não precisavam se expor tanto à volatilidade da renda variável para obter bons rendimentos”, afirma Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank.

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Mas para entender qual dos dois é o melhor para você, é preciso levar em consideração diversos fatores. As perguntas mais comuns são: qual é o mais rentável? E o mais seguro? Qual trará retorno mais rápido?

Vamos começar do começo! Entendendo o que significa cada um desses termos! Vamos lá?

O que é CDB e poupança?

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título que as instituições financeiras emitem para capitalizar.

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Ou seja, é a forma pela qual os bancos conseguem dinheiro para financiar as atividades de crédito.

Por isso, ao investir no CDB, a pessoa está efetuando um “empréstimo” para a instituição bancária em troca de uma rentabilidade diária.

Desse modo, os bancos emitem o título, o qual o investidor compra e recebe os juros que podem ser prefixados ou pós-fixados.

Já a poupança é uma parte da renda que não é gasta pela pessoa, guardada para ser utilizada posteriormente para uma emergência, por exemplo. Esse tipo de investimento é o favorito dos brasileiros, mesmo não rendendo muito.

Isso porque a poupança é reconhecida por ser uma aplicação de baixo risco e alta liquidez.

Além de poder ser realizada de forma fácil: apenas com um depósito no banco. O valor da taxa que rende nesse tipo de investimento é fixo e definido pelo Governo Federal.

CDB ou poupança: descubra qual investimento é o melhor

Agora que você já sabe o que significam os dois tipos de investimento, está na hora de saber qual é o melhor: CDB ou poupança?

Para começar, vamos analisar qual dos dois rende mais e depois ver as vantagens e desvantagens de cada um. Dessa forma, será possível saber qual é o melhor tipo de investimento para você.

Rendimento do CDB

O rendimento do Certificado de Depósito Bancário (CDB) varia conforme a corretora e o banco de investimentos no qual você aplicará o seu dinheiro. Existem diferentes títulos com vários vencimentos e formas de remuneração.

É importante frisar que quanto maior for a duração da aplicação, maior será a valorização que o banco irá oferecer. Os CDBs prefixados têm um percentual de valorização estabelecido no ato da compra.

Outra informação importante é que os títulos estão atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e dependem da referência do CDB, que normalmente segue perto do valor da Selic.

Rendimento da poupança

O rendimento da poupança é baixo e está diretamente ligado à inflação. Além disso, o lucro desse tipo de investimento é calculado de acordo com a taxa Selic, que dita os juros básicos da economia.

+ Descubra qual impacto da Selic na poupança

Desde 2012, o cálculo do rendimento da poupança é realizado da seguinte forma:

  • Se a Selic for menor que 8,5% ao ano, a poupança renderá 70% da taxa + a Taxa Referencial (TR);
  • Caso a Selic esteja maior que 8,5%, ela renderá 0,5% mais a TR ao mês.

Além disso, a poupança tem um aniversário mensal de rendimento: se o aniversário da aplicação do dinheiro é todo dia X, e você precisa retirar a quantia um dia antes do aniversário, perderá quase um mês de rendimento.

Vantagens e desvantagens do CDB e da poupança 

Vantagens do CDB

Prazo para resgate: alguns CDBs têm prazos pequenos para o resgate, como por exemplo de um mês.

Existem também opções sem prazo de carência, com juros um pouco menores. Além disso, o período de carência é menor do que Letras de Crédito.

Margem de garantia: os títulos de renda fixa podem servir como margem de garantia para operação em contratos futuros da Bolsa de Valores.

Isso serve para realizar negociações de derivativos, como por exemplo, o dólar futuro e contratos agrícolas.

Garantido pelo FGC: o CDB é tão seguro quanto a poupança, isso porque os investimentos têm a mesma proteção do Fundo Garantidor de Crédito.

Este se compromete em bancar o saldo de investimentos para valores de até R$250 mil por CPF da instituição financeira.

Homem sentado usando uma calculadora
Saiba qual é o melhor rendimento entre CDB e poupança

Desvantagens do CDB

Imposto de Renda: é cobrado de acordo com uma tabela regressiva, com premiações de quem consegue manter o investimento por mais tempo. A alíquota máxima é de 22,5% para aplicações inferiores a 180 dias. E mínima de 15% para superiores a 720 dias.

Prazo de carência: os títulos do CDB têm prazo de carência, entre um mês e 60 meses. Dentro desse período não é permitido que seja realizado o resgate do título e convertê-lo para dinheiro.

IOF: é importante não realizar o resgate antes de completar 30 dias do dinheiro investido. Isso permite que não haja a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Todo CDB é bom?

Essa é uma pergunta importante a ser feita e respondida. E a resposta é não, sem muito rodeio ou ilusão. Afinal, em qualquer investimento podem haver opções não muito atrativas.

E no caso do CDB, também. Alguns não são tão atraentes assim e você possivelmente nem chegará a vê-los nos principais mercados.

Além das corretoras, os bancos também podem oferecer CDB. E este é um fator importante a ser avaliado e analisado com cuidado e cautela.

Afinal, o seu banco é uma empresa financeira de grande porte, que provavelmente não sentirá dificuldades na captação de recursos, e, por isso, não terá que pagar muito em troca deles.

Vale lembrar que o CDB tem três tipo de rendimento:

  • prefixado (taxa fixa mensal)
  • pós-fixado (indexado a um indicador)
  • híbrido (combina os dois)

Vantagens da poupança

Baixo custo: a poupança não tem custo nem taxas administrativas, além de não pagar Imposto de Renda. Porém, a possibilidade de valorização é inferior à inflação oficial.

Facilidade: o investidor pode realizar um depósito quando quiser, assim como fazer o saque a qualquer dia. Esse é um dos fatores que mais chama a atenção dos brasileiros na hora de escolher a poupança como investimento.

Isenção de Imposto de Renda: os rendimentos obtidos com esse tipo de investimento não têm incidência no Imposto de Renda. Dessa forma, a valorização que você terá é a mesma que terá de ganho ao sacar o dinheiro.

Garantido pelo FGC: tem o aval do Fundo Garantidor de Crédito, composto por uma associação não governamental que reúne bancos e corretoras do país. Além disso, o fundo garante o pagamento de saldos de investimentos de até R$250 mil por CPF por instituição financeira.

Desvantagens da poupança

Inflação: apesar de ser prática e segura, a poupança não consegue superar a inflação. Por isso, é importante tomar cuidado na hora de investir o seu dinheiro nela.

Remuneração: ela ocorre uma vez no mês, no aniversário do depósito. Por isso, quem decide resgatar o dinheiro antes dessa data pode acabar perdendo todo o rendimento dos últimos dias.

Rendimento: é considerado pequeno e tem o cálculo de valorização calculado da seguinte forma: 0,5% ao mês mais a variação da TR. Esta é uma taxa complexa que não costuma ser muito atraente para quem investe.

Poupança ainda é investimento mais popular entre os mais ricos

De acordo com uma pesquisa realizada pelo C6 Bank em parceria com o Ipec (antigo Ibope), o CDB se tornou o investimento queridinho dos investidores das classes A e B.

A pesquisa ouviu mil entrevistados dessas classes com acesso à internet, entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro.

Segundo os resultados, 22% dos entrevistados das classes A e B disseram tem recursos aplicados em CDBs, contra 28% que mantém investimentos na poupança.

O resultado apresenta um avanço do CDB, visto que até bem pouco tempo reinava como investimento preferido entre brasileiros de todas as classes sociais.

Além desses, foram citados investimentos em fundos de investimentos (16%), ações (14%), Tesouro Direto (13%) e LCI/LCA (9%) e debêntures (1%).

Outros investimentos melhores que a poupança

Você já percebeu que investir em poupança não é o ideal. Além do CDB existem outros tipos de investimento que você pode fazer para que o seu dinheiro renda. Conheça a seguir.

LCI e LCA

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são emitidas por bancos, porém contam com a isenção de imposto de renda.

Lembre-se que cada título de investimento é único e o rendimento reflete o que o emissor pode pagar relativo ao tempo de investimento e liquidez.

Por isso, as Letras de Crédito funcionam e rendem de forma parecida com os CDB’s, sendo a maior diferença entre eles a isenção de impostos.

Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são como condomínios agregando o capital de diversos investidores e que são disponibilizados a um gestor. O administrador e sua equipe reúnem esse patrimônio e aplicam em produtos financeiros.

Seguindo sempre uma estratégia e dando o monitoramento profissional que poucas pessoas sozinhas não conseguiriam dar.

Para esse serviço é cobrada uma taxa de administração. A vantagem é que o rendimento costuma ser maior que os produtos tradicionais.

Tesouro direto

O Tesouro Selic é considerado um dos maiores concorrentes da poupança, já que oferece mais rentabilidade e liquidez diária.

A diferença entre eles dois está no emissor, isso porque o tesouro direto é emitido pelo próprio Banco Central. Tendo assim, uma maior segurança institucional do mercado.

Viu, só? Conhecer bem um investimento é muito importante para não perder dinheiro -ou, em alguns casos, deixar de ganhar!

Por isso, saber comparar dois tipos de aplicações é essencial para conhecer as melhores opções do mercado financeiro.

Agora que você já entendeu a diferença entre CDB ou poupança, estude qual opção é a melhor para você! Assim, você consegue tomar uma decisão segura.

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*Colaboração: Camila Miranda e Letícia de Jesus

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