Veja como a alta da inflação influencia no dia a dia

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Antes de explicarmos como a inflação influencia no seu dia a dia, vamos esclarecer o que é esse termo tão falado. Talvez, você até já saiba e sinta os efeitos no bolso, mas vamos te ajudar a compreender melhor.

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A inflação é muito associada aos “produtos mais caros” e, basicamente, é isso que acontece. Com a desvalorização, os preços sobem porque o mesmo dinheiro de antes, agora, tem menos valor.

Na economia, o conjunto dessas categorias é chamado de “cesta de produtos”. Ela inclui despesas relacionadas à alimentação, moradia, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação, entre outros.

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No Brasil, existem quatro tipos de índices para medir o índice. Isso porque a inflação não atinge todos os consumidores da mesma forma.

1 – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este índice considera os preços de bens adquiridos por famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas.

2 – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): semelhante ao IPCA, este índice considera a inflação para famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos.

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3 – Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M): medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), este índice considera preços do comércio atacadista, varejista e da construção civil. Os dados são recolhidos entre o dia 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

4 – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI): semelhante ao IGP-M, este índice mede a variação de preços desde as matérias-primas agrícolas e industriais até de bens e serviços para o consumidor final. A diferença está na data de recolhimento, que acontece entre o primeiro e último dia do mês.

Qual foi a inflação de 2021 e como será em 2022?

O IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou o ano de 2021 em alta de 10,16%, acima dos 5,45% do ano anterior. Vale ressaltar que este índice é o que mede a inflação entre as famílias com menor rendimento. 

E por mais que, em dezembro, o índice tenha desacelerado para 0,73%, mesma variação do IPCA, a inflação ainda segue alta. O resultado ficou 0,11 p.p. abaixo do registrado no mês anterior (0,84%).

Para este ano, os analistas estimam que a inflação deve ser de 6,59%. Vale ressaltar que essa já é a décima alta semanal consecutiva das previsões. Caso isso aconteça de fato, este será o segundo ano consecutivo de descumprimento consecutivo da meta de inflação pelo Banco Central.

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Vale ressaltar ainda que já existe uma expectativa do mercado para a inflação do ano de 2023, que era de 3,70% e subiu para 3,75%.

E é claro que os principais vilões da inflação 2021 foram a energia elétrica, os alimentos e combustíveis. Esses foram os setores que mais tiveram aumentos durante todo o ano passado, fazendo os brasileiros sentirem o peso nos bolsos. 

Para se ter uma ideia, esses três grupos respondem por cerca de 79% do IPCA de 2021.

Já agora em 2022, os vilões da inflação tem sido os alimentos. E é até difícil escolher quais são os principais, já que mês após mês eles vêm se revezando fazendo com que os brasileiros tenham que ficar substituindo os alimentos na hora da compra.

Mas os produtos que mais temos reparado que não saem da lista dos que mais subiram de preços por conta da inflação foram: tomate, cenoura, combustível, melancia e mamão.

Quais as causas para o aumento da inflação?

Existem diversos fatores que podem ocasionar a inflação de preços em um país. Uma das principais causas é a desvalorização da moeda, que ocorre principalmente quando o governo imprime mais dinheiro sem possuir o lastro necessário.

Porém existem diversos outros fatores. Uma delas decorre de uma diferença entre oferta e demanda.

Produtos expostos em um supermercado e tomates em caixotes
A alimentação tem sido um dos principais vilões da inflação desde o ano passado

Um exemplo é quando existe uma procura muito maior por produtos e serviços do que os produtores e prestadores podem atender. Ou até mesmo uma falta de produtos e serviços ou por falta de matéria prima.

Não apenas a falta da matéria prima, mas também outros motivos podem surgir que acabam dificultando a produção, como obstáculos fiscais ou físicos para os prestadores de serviços ou produtores.

Outro caso é quando a infraestrutura para as atividades econômicas não está correta. Por exemplo, a falta de mão de obra especializada ou até mesmo por questões climáticas, como uma quebra de uma safra.

Esses problemas fazem com que a produção seja encarecida e essa alta nos custos deve ser repassada ao consumidor final.

Também podemos citar a alta do dólar como um fator que influência para a inflação. Afinal, sua variação pode elevar todos os preços dos produtos importados, ou até mesmo produtos nacionais que possuem algum derivado ou componente importado.

Por fim, podemos citar a elevação de tarifas públicas, a alta de impostos, aumento da luz e água, novas regulamentações tributárias e a correção monetária conhecida como indexação.

Por que a alta da inflação afeta o seu bolso?

Já vimos que a alta da inflação é sinônimo de elevação de preços. Ou seja, o resultado pode não ser positivo para quem vive de salário e não vê a sua renda aumentar.

Exemplo: se um profissional ganha hoje o mesmo que ganhava há três anos, ele perdeu poder de compra, porque as coisas estão mais caras.

Em outras palavras, a inflação faz com que o seu dinheiro perca valor, já que ele não acompanha as altas dos preços.

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