
Copom é a sigla para Conselho de Política Monetária, órgão do Banco Central do Brasil responsável pela definição da Taxa Selic.
A cada 45 dias o Presidente do órgão e seus diretores se reúnem para avaliar a atividade econômica brasileira considerando as expectativas de inflação e balanços de risco.
Normalmente, a reunião dura cerca de dois dias e, em consenso entre todos os membros sobre o cenário macroeconômico, define-se a taxa Selic.
Atualmente, o Copom tem sido bastante acompanhado, justamente pelas seguidas elevações na taxa Selic. No ano de 2021, por exemplo, a taxa básica de juros fechou em 9,25%.
Na última reunião, realizada no último dia 22 de março, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano pela quinta vez consecutiva.
Vale lembrar que a elevação ou queda da Selic possui motivos e embasamento em dados. Então esses números têm relevância e são um reflexo do cenário econômico brasileiro.
Por isso, é extremamente importante acompanhar a evolução desse índice durante esse ano e o que acontecerá ao longo do tempo, já que a elevação reflete diretamente na economia e principalmente em investimentos de renda fixa.
Para entender mais sobre o assunto, continue lendo.
Calendário das próximas reuniões do Copom
Para quem gosta de ficar atento às novidades do mercado financeiro, é importante saber que o Copom já revelou o cronograma de reuniões de 2023. A primeira ocorrerá entre o fim de janeiro e início de fevereiro.
As datas para determinar uma elevação ou queda da taxa Selic são:
31 de janeiro e 1º de fevereiro21 e 22 de março- 2 e 3 de maio
- 20 e 21 de junho
- 1º e 2 de agosto
- 19 e 20 de setembro
- 31 de outubro e 1º de novembro
- 12 e 13 de dezembro
Quem são os membros do Copom?
O Copom é composto por oito diretores mais o presidente do Comitê. São eles: Paulo Souza, Fabio Kanczuk, Roberto Campos Neto, Fernanda Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Otávio Damaso, Maurício Moura, Bruno Serra e Carolina Barros.
Selic a 13,75%: o que isso significa?
Pela quinta vez seguida, a taxa Selic está mantida a 13,75% ao ano por unanimidade do Comitê de Política Monetária (Copom).
O aumento da taxa Selic teve forte influência numa palavra que as pessoas não gostam muito de ouvir, principalmente aquelas mais velhas: inflação. O Brasil passou, durante muitos anos, por problemas de inflação, sendo obrigado a trocar de moeda consecutivas vezes.
Pessoas que viveram esse período se lembram bem como a inflação afetou a vida de todos os brasileiros. Era necessário ir ao supermercado pela manhã, porque na parte da tarde os preços já estavam elevados o suficiente para não conseguir realizar suas compras.

Atualmente, o país vive uma fase mais estável desde a implantação do Plano Real, moeda em circulação até hoje. Por isso, toda vez que há uma elevação na Selic, significa que o Banco Central possui o objetivo de desacelerar a economia, impedindo a inflação de ficar muito alta.
E ao diminuir a Selic, o objetivo é estimular o consumo e aquecer a economia brasileira, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta.
Qual a função da taxa Selic?
Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia, programa em que instituições financeiras de todo o país compram e vendem títulos do Tesouro Nacional. Ou seja, a taxa Selic é justamente a taxa ligada aos juros desse título público federal.
Por isso, a taxa é uma referência econômica de controle da inflação brasileira, refletindo diretamente na situação econômica passada por nosso país.
Gostou do nosso conteúdo? Confira agora qual o impacto da Selic na poupança e nos investimentos de renda fixa.
* Colaboração de Tamires Silva, Mateus Carvalho, Letícia de Jesus e Camila Miranda