Copom é a sigla para Conselho de Política Monetária, órgão do Banco Central do Brasil responsável pela definição da Taxa Selic.
A cada 45 dias o Presidente do órgão e seus diretores se reúnem para avaliar a atividade econômica brasileira considerando as expectativas de inflação e balanços de risco.
Normalmente, a reunião dura cerca de dois dias e, em consenso entre todos os membros sobre o cenário macroeconômico, define-se a taxa Selic.
Atualmente, o Copom tem sido bastante acompanhado, justamente pelas seguidas elevações na taxa Selic. No ano de 2021, por exemplo, a taxa básica de juros fechou em 9,25%.
Durante a última reunião do ano de 2022, realizada no último dia 3 de agosto, o Copom elevou a taxa Selic para 13,75% ao ano.
Vale lembrar que a elevação ou queda da Selic possui motivos e embasamento em dados. Então esses números possuem relevância e são um reflexo do cenário econômico brasileiro.
Por isso, é extremamente importante acompanhar a evolução desse índice durante esse ano e o que acontecerá ao longo do tempo, já que a elevação reflete diretamente na economia e principalmente em investimentos de renda fixa.
Além disso, com uma taxa mais alta, mais capital estrangeiro entra no Brasil para ganhos mais altos em investimentos seguros, o que acaba fazendo a cotação do dólar baixar.
Para entender mais sobre o assunto, continue lendo.
Selic a 13,75%: o que isso significa?
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu por unanimidade elevar a taxa Selic de 13,25% ao ano para 13,75% ao ano. Ou seja, um aumento de 0,5 ponto percentual.
Com o décimo segundo aumento seguido na taxa básica de juros da economia, a Selic chega ao maior patamar desde janeiro de 2017.
O aumento da taxa Selic possui forte influência numa palavra que as pessoas não gostam muito de ouvir, principalmente aquelas mais velhas: inflação. O Brasil passou, durante muitos anos, por problemas de inflação, sendo obrigado a trocar de moeda consecutivas vezes.
Pessoas que viveram esse período se lembram bem como a inflação afetou a vida de todos os brasileiros. Era necessário ir ao supermercado pela manhã, porque na parte da tarde os preços já estavam elevados o suficiente para não conseguir realizar suas compras.
Atualmente, o país vive uma fase mais estável desde a implantação do Plano Real, moeda em circulação até hoje. Por isso, toda vez que há uma elevação na Selic, significa que o Banco Central possui o objetivo de desacelerar a economia, impedindo a inflação de ficar muito alta.
E ao diminuir a Selic, o objetivo é estimular o consumo e aquecer a economia brasileira, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta.
Por fim, durante o ano de 2022, o Copom possui mais três reuniões agendadas para definir a taxa básica de juros.
Qual a função da taxa Selic?
Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia, programa em que instituições financeiras de todo o país compram e vendem títulos do Tesouro Nacional. Ou seja, a taxa Selic é justamente a taxa ligada aos juros desse título público federal.
Por isso, a taxa é uma referência econômica de controle da inflação brasileira, o que reflete diretamente na situação econômica passada por nosso país.
Calendário de próximas reuniões do Copom
Como mencionado, o Comitê possui quatro reuniões previstas até o fim do ano. A próxima reunião do Copom para definir a Selic será nos dias 20 e 21 de setembro de 2022.
As datas para determinar uma elevação ou queda da taxa Selic são:
15 e 16 de março;3 e 4 de maio;14 e 15 de junho;2 e 3 de agosto;- 20 e 21 de setembro;
- 25 e 26 de outubro;
- 6 e 7 de dezembro.
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, as expectativas mantiveram-se em 13,75% ao ano para 2022. Para 2023, no entanto, a projeção saiu de 9,00% para 11%.
Membros do Copom
O Copom é composto por oito diretores mais o presidente do Comitê. São eles: Paulo Souza, Fabio Kanczuk, Roberto Campos Neto, Fernanda Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Otávio Damaso, Maurício Moura, Bruno Serra e Carolina Barros.
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* Colaboração de Tamires Silva e Mateus Carvalho